Por que os interesses em mulheres autistas são muitas vezes considerados "comuns"?
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Por que os interesses em mulheres autistas são muitas vezes considerados "comuns"?
Os interesses de mulheres autistas são muitas vezes considerados “comuns” porque elas tendem a se engajar em atividades socialmente aceitas ou populares, como livros, séries, moda ou animais, em vez de interesses tipicamente percebidos como intensos ou excêntricos (como matemática, trens ou tecnologia), mais frequentes em homens autistas. Isso pode mascarar o autismo, já que o interesse parece “normal” para o contexto social, mesmo que seja vivido com intensidade, profundidade e foco característicos do espectro autista.
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Oi, que ótima pergunta. Ela traz um olhar importante sobre algo que costuma passar despercebido — especialmente quando falamos de mulheres autistas.
Os interesses de mulheres no espectro costumam ser vistos como “comuns” porque, muitas vezes, não destoam tanto dos padrões sociais esperados para o gênero. Enquanto meninos autistas podem se interessar intensamente por temas tidos como “específicos” (como trens, astronomia, sistemas ou coleções), as meninas podem mergulhar com a mesma intensidade em assuntos socialmente aceitos — como animais, literatura, maquiagem, cultura pop ou relacionamentos. A diferença não está no tema em si, mas na profundidade e intensidade emocional com que se conectam a ele.
A neurociência ajuda a entender isso melhor: o cérebro autista tende a funcionar com hiperfoco e processamento detalhado, o que faz com que determinados assuntos se tornem uma espécie de “porto seguro”, um lugar previsível e controlável em meio a um mundo caótico. No caso das mulheres, esse hiperfoco pode se misturar com a necessidade social de camuflagem — a tentativa, muitas vezes inconsciente, de parecer “dentro da norma”. Assim, seus interesses acabam parecendo comuns, mesmo quando são vividos de forma intensa e profunda.
Você já reparou se há temas que te absorvem de um jeito que o tempo parece parar? Ou se, quando fala sobre algo que ama, sente que os outros não compreendem a intensidade com que aquilo te afeta? Explorar isso em terapia pode revelar muito sobre como o seu cérebro encontra conforto, identidade e regulação emocional.
Essas diferenças sutis são parte do que torna a experiência autística feminina tão única — e, justamente por isso, merece ser compreendida com sensibilidade, sem rótulos apressados. Caso precise, estou à disposição.
Os interesses de mulheres no espectro costumam ser vistos como “comuns” porque, muitas vezes, não destoam tanto dos padrões sociais esperados para o gênero. Enquanto meninos autistas podem se interessar intensamente por temas tidos como “específicos” (como trens, astronomia, sistemas ou coleções), as meninas podem mergulhar com a mesma intensidade em assuntos socialmente aceitos — como animais, literatura, maquiagem, cultura pop ou relacionamentos. A diferença não está no tema em si, mas na profundidade e intensidade emocional com que se conectam a ele.
A neurociência ajuda a entender isso melhor: o cérebro autista tende a funcionar com hiperfoco e processamento detalhado, o que faz com que determinados assuntos se tornem uma espécie de “porto seguro”, um lugar previsível e controlável em meio a um mundo caótico. No caso das mulheres, esse hiperfoco pode se misturar com a necessidade social de camuflagem — a tentativa, muitas vezes inconsciente, de parecer “dentro da norma”. Assim, seus interesses acabam parecendo comuns, mesmo quando são vividos de forma intensa e profunda.
Você já reparou se há temas que te absorvem de um jeito que o tempo parece parar? Ou se, quando fala sobre algo que ama, sente que os outros não compreendem a intensidade com que aquilo te afeta? Explorar isso em terapia pode revelar muito sobre como o seu cérebro encontra conforto, identidade e regulação emocional.
Essas diferenças sutis são parte do que torna a experiência autística feminina tão única — e, justamente por isso, merece ser compreendida com sensibilidade, sem rótulos apressados. Caso precise, estou à disposição.
Mulheres autistas costumam apresentar maior motivação para interações sociais e manter amizades tradicionais do que homens autistas isso quando não apresenta deficiência intelectual(DI). Essa diferença, muitas vezes, contribui para que seus sinais comportamentais passem despercebidos. Contribuindo para a camuflagem social o que muitas vezes contribui para o diagnóstico tardio ou até ausencia dele. Tendo prejuízos emocionais e profissionais.
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