Posso engravidar tomando carbamazepina três vezes ao dia? Quero tanto engravidar

7 respostas
Posso engravidar tomando carbamazepina três vezes ao dia? Quero tanto engravidar
Dr. Fábio Duarte
Neurologista, Neurofisiologista
Caruaru
Boa noite.
Primeiramente é importante saber as características das suas crises para decidir qual a melhor medicação para combatê-las. Muitas drogas antiepilépticas (carbamazepina é uma delas) podem ser prejudiciais ao feto ( mas nem sempre). Dependendo do seu tipo de crise, pode-se substituir, aos poucos, seu medicamento por outro que seja eficaz e mais seguro na gestação. Um exemplo seria a lamotrigina. Portanto, seu médico deve avaliar as suas peculiaridades e administrar um medicamento que possa ser usado com segurança. Assim poderá engravidar com menos riscos à gestação.
Um abraço e sucesso na realização de seu sonho.

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Dr. Thiago Reis
Psiquiatra
Teresina
Carbamazepina é uma medicação que se evita na gravidez pela relativamente alta chance de causar alguma má formação importante. Não quer dizer que vá ocorrer, mas devido ao risco geralmente se tenta substituição por outro medicamento considerado mais seguro e, considerando o risco da retirada abrupta da carbamazepina, essa troca é feita com orientação médica
Dra. Julia Peruchi Madalena
Psiquiatra
Rio de Janeiro
olá, não é recomendado que se engravide usando esta medicação. Há risco de má formação do bebê. Por isso é importante comunicar ao seu médico sua intenção de engravidar, para que ele introduza uma medicação que possa ser usada na gestação ( mas é importante fazer isso antes mesmo de engravidar, pra evitar riscos para o bebê).
Espero ter ajudado!
Dra. Lilian Muniz
Psiquiatra, Generalista
Rio de Janeiro
Olá, não é recomendado, o uso de carbamazepina pode estar associado a um maior risco de problemas para o bebê, como defeitos congênitos e problemas de desenvolvimento. Fundamental consultar o seu médico para uma outra opção de medicação se há o desejo de engravidar, pesando prós e contras.
Dra. Paula Rambo Kochhann
Psiquiatra, Médico clínico geral
Rio de Janeiro
Respondendo a tua pergunta: A carbamazepina está associada ao aumento do risco de defeitos no tubo neural e a outras anomalias congênitas. O uso em mulheres em idade reprodutiva deve levar em consideração os potenciais riscos ao feto. Em casos de mulheres com história de crises convulsivas, avaliar a relação risco-benefício do tratamento, pois as convulsões também podem causar danos ao feto. Se a substância foi continuada, realizar testes para detecção precoce de defeitos congênitos e iniciar suplementação com folato desde o início da gestação. No tratamento de Transtorno Bipolar, preferencialmente a medicação deve ser descontinuada , e outras opções de tratamento devem ser consideradas. De qualquer forma, conversa com o seu médico sobre isso. Espero ter ajudado. :)
Dra. Fernanda Souza de Abreu Júdice
Psiquiatra, Médico perito, Médico clínico geral
Rio de Janeiro
Entendo muito bem o quanto esse desejo é importante para você, e também a preocupação que surge ao tomar um medicamento como a carbamazepina. Essa medicação é bastante eficaz para controlar crises e estabilizar o humor, mas tem efeitos que precisam ser avaliados com cuidado quando se pensa em gravidez.

A carbamazepina pode aumentar o risco de algumas complicações durante a gestação, como malformações no bebê, principalmente se usada nos primeiros meses. Por isso, não é simplesmente uma questão de “pode ou não pode” engravidar tomando o remédio, mas sim de fazer um acompanhamento médico muito próximo, planejando a gestação da melhor forma possível.

Seu médico poderá avaliar a possibilidade de ajustar a dose, substituir por outro medicamento mais seguro ou orientar sobre o momento ideal para interromper a carbamazepina antes da gravidez, sempre buscando proteger sua saúde e a do bebê.

Não desanime por isso — com o acompanhamento adequado, muitas mulheres conseguem engravidar e ter uma gestação saudável mesmo usando medicações para controlar condições neurológicas ou psiquiátricas.

Se quiser, posso ajudar a organizar esse processo com você, explicando os cuidados necessários e acompanhando seu tratamento para que esse sonho seja alcançado da forma mais segura. Estou aqui para apoiar você nessa jornada
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
A carbamazepina é um medicamento anticonvulsivante e estabilizador do humor amplamente utilizado em condições como epilepsia, transtorno bipolar e dor neuropática, mas seu uso durante a gestação requer cuidados especiais, pois pode aumentar o risco de malformações fetais se não houver acompanhamento médico adequado. A boa notícia é que é possível engravidar tomando carbamazepina, porém somente sob supervisão médica, com planejamento prévio da gestação e ajustes no tratamento antes da concepção. A carbamazepina não impede a ovulação nem a fertilidade, mas ela atua como indutor enzimático, podendo reduzir a eficácia de anticoncepcionais orais — o que significa que, em mulheres férteis, a gravidez pode ocorrer espontaneamente. O ponto de atenção está na segurança do bebê durante a gestação, já que o uso desse medicamento no início da gravidez pode aumentar o risco de: • Defeitos do tubo neural (como espinha bífida); • Alterações craniofaciais leves; • Malformações cardíacas (em menor frequência); • Déficits cognitivos discretos, se não houver suplementação adequada. Para reduzir esses riscos, é essencial que o neurologista e o obstetra façam um planejamento conjunto, adotando medidas preventivas, como: 1⃣ Uso de ácido fólico em doses altas (5 mg/dia) — deve ser iniciado pelo menos 3 meses antes da concepção e mantido no primeiro trimestre, pois diminui significativamente o risco de malformações. 2⃣ Monitorização dos níveis séricos de carbamazepina, pois durante a gestação há alterações hormonais e metabólicas que podem exigir ajuste da dose. 3⃣ Evitar suspender a medicação por conta própria, já que crises convulsivas ou descompensações emocionais durante a gravidez podem ser muito mais perigosas para o bebê do que o uso controlado do medicamento. 4⃣ Avaliar, junto ao neurologista, a possibilidade de troca para outro anticonvulsivante mais seguro (como lamotrigina, por exemplo), dependendo do seu diagnóstico e histórico de resposta clínica. Em resumo: sim, você pode engravidar tomando carbamazepina, mas a gestação precisa ser planejada e acompanhada cuidadosamente por um neurologista e obstetra de alto risco, com suplementação de ácido fólico e monitorização rigorosa. Nunca interrompa o medicamento por conta própria, pois isso pode colocar sua saúde e a do bebê em risco. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, epilepsia feminina e saúde neuroemocional da mulher, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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