Quais são os tratamentos que podem ajudar a aliviar o sofrimento da dismorfia em mulheres autistas?
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Quais são os tratamentos que podem ajudar a aliviar o sofrimento da dismorfia em mulheres autistas?
Oi, tudo bem? Essa é uma questão muito delicada e, ao mesmo tempo, essencial — porque o sofrimento ligado à dismorfia corporal em mulheres autistas costuma ser profundo, mas nem sempre compreendido na sua complexidade. O tratamento precisa ir além da aparência ou do comportamento visível; ele deve alcançar a forma como o cérebro e o corpo se relacionam, especialmente em um sistema nervoso que processa estímulos e emoções de maneira mais intensa.
O primeiro passo costuma ser o trabalho psicoterapêutico em um ambiente seguro, no qual a pessoa possa compreender as origens dessa autopercepção distorcida. Em mulheres autistas, isso envolve lidar com a autocrítica, o perfeccionismo e a dificuldade em integrar a imagem corporal com o senso de identidade. Não se trata apenas de “gostar do corpo”, mas de se reconhecer nele. Já parou para pensar se a relação com o corpo vem mais do olhar dos outros ou da própria sensação de estar nele? Essa reflexão pode ser um ponto de partida importante.
A terapia cognitivo-comportamental adaptada para o espectro, a terapia dos esquemas e as abordagens baseadas em aceitação e mindfulness costumam ajudar muito nesse processo, pois ensinam o cérebro a diferenciar o que é uma percepção real do que é um ruído emocional amplificado. Às vezes, pequenas práticas de consciência corporal — como respiração guiada, relaxamento ou contato com texturas agradáveis — ajudam o sistema nervoso a reduzir o estado de hiperalerta, tornando o corpo um lugar menos ameaçador.
Em alguns casos, o acompanhamento com psiquiatra pode ser necessário, principalmente se houver sintomas de ansiedade intensa, depressão ou compulsões associadas. O cuidado interdisciplinar é fundamental: mente e corpo não funcionam em caixas separadas. Quando o olhar clínico enxerga essa integração, o tratamento deixa de ser sobre “corrigir” e passa a ser sobre pertencer a si mesma. Se fizer sentido, podemos conversar mais sobre formas de tornar esse processo mais leve e individualizado.
O primeiro passo costuma ser o trabalho psicoterapêutico em um ambiente seguro, no qual a pessoa possa compreender as origens dessa autopercepção distorcida. Em mulheres autistas, isso envolve lidar com a autocrítica, o perfeccionismo e a dificuldade em integrar a imagem corporal com o senso de identidade. Não se trata apenas de “gostar do corpo”, mas de se reconhecer nele. Já parou para pensar se a relação com o corpo vem mais do olhar dos outros ou da própria sensação de estar nele? Essa reflexão pode ser um ponto de partida importante.
A terapia cognitivo-comportamental adaptada para o espectro, a terapia dos esquemas e as abordagens baseadas em aceitação e mindfulness costumam ajudar muito nesse processo, pois ensinam o cérebro a diferenciar o que é uma percepção real do que é um ruído emocional amplificado. Às vezes, pequenas práticas de consciência corporal — como respiração guiada, relaxamento ou contato com texturas agradáveis — ajudam o sistema nervoso a reduzir o estado de hiperalerta, tornando o corpo um lugar menos ameaçador.
Em alguns casos, o acompanhamento com psiquiatra pode ser necessário, principalmente se houver sintomas de ansiedade intensa, depressão ou compulsões associadas. O cuidado interdisciplinar é fundamental: mente e corpo não funcionam em caixas separadas. Quando o olhar clínico enxerga essa integração, o tratamento deixa de ser sobre “corrigir” e passa a ser sobre pertencer a si mesma. Se fizer sentido, podemos conversar mais sobre formas de tornar esse processo mais leve e individualizado.
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O sofrimento da dismorfia corporal em mulheres autistas pode ser aliviado com psicoterapia individualizada, como a Terapia Cognitivo-Comportamental adaptada ao TEA, focando em percepção corporal, autocompaixão e manejo da ansiedade. Suporte ocupacional e estratégias de regulação sensorial, atividades que promovam consciência corporal e autoestima, além de apoio médico ou nutricional quando necessário, ajudam a reduzir o impacto do sofrimento sem tentar forçar mudanças irreais na aparência.
O tratamento da dismorfia corporal em mulheres autistas envolve uma abordagem integrada: psicoterapia (especialmente TCC adaptada), para trabalhar a relação com o corpo e reduzir a ruminação, estratégias de regulação emocional e sensorial, psicoeducação sobre autismo e imagem corporal, quando necessário, acompanhamento psiquiátrico.
O foco é diminuir o sofrimento, não corrigir o corpo, respeitando as particularidades do autismo.
O foco é diminuir o sofrimento, não corrigir o corpo, respeitando as particularidades do autismo.
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