Qual a importância da atenção compartilhada e a da atenção dividida ?
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Qual a importância da atenção compartilhada e a da atenção dividida ?
Oi, tudo bem? Essa é uma pergunta muito boa — e, de certo modo, essencial para entender como o cérebro organiza o contato com o mundo e com as pessoas. A atenção compartilhada e a atenção dividida são parecidas apenas no nome, mas cumprem papéis bem diferentes, especialmente quando pensamos em desenvolvimento, aprendizagem e funcionamento cognitivo em pessoas com e sem autismo.
A atenção compartilhada é uma habilidade social e emocional. Ela acontece quando duas pessoas concentram a atenção no mesmo objeto, evento ou estímulo — como quando uma criança olha para onde o adulto aponta ou quando duas pessoas observam algo e trocam olhares sobre isso. É um tipo de “sincronia mental”, que cria vínculo, facilita a comunicação e ensina o cérebro a entender que o outro também tem intenções, pensamentos e foco. No autismo, essa habilidade pode se desenvolver de forma diferente, o que impacta a leitura de sinais sociais e a coordenação emocional com o outro.
Já a atenção dividida é uma função executiva, ligada ao processamento cognitivo. Ela envolve a capacidade de fazer (ou alternar rapidamente entre) mais de uma tarefa ao mesmo tempo — por exemplo, cozinhar enquanto conversa. Esse tipo de atenção depende fortemente da memória de trabalho e da flexibilidade cognitiva, que são processos gerenciados pelo córtex pré-frontal. Em pessoas autistas, essa função tende a exigir mais esforço, porque o cérebro costuma trabalhar de maneira mais focada e menos dispersa.
Em termos de neurociência, poderíamos dizer que a atenção compartilhada constrói conexão — com o outro e com o ambiente —, enquanto a atenção dividida constrói coordenação — entre tarefas e estímulos. As duas são importantes, mas em contextos diferentes: a primeira favorece o aprendizado social e o vínculo afetivo; a segunda, a autonomia e a funcionalidade no cotidiano.
Talvez valha refletir: em quais situações você sente que consegue “estar junto” emocionalmente, mesmo que não esteja fazendo mais de uma coisa? E quando tentar dividir a atenção começa a gerar tensão, em vez de fluidez?
Compreender essas duas formas de atenção ajuda a olhar para o funcionamento do cérebro de forma mais compassiva — percebendo que o que às vezes é visto como “dificuldade” pode, na verdade, ser apenas uma maneira singular de se conectar e de se concentrar. Caso queira, posso te ajudar a aprofundar isso de um jeito mais personalizado.
A atenção compartilhada é uma habilidade social e emocional. Ela acontece quando duas pessoas concentram a atenção no mesmo objeto, evento ou estímulo — como quando uma criança olha para onde o adulto aponta ou quando duas pessoas observam algo e trocam olhares sobre isso. É um tipo de “sincronia mental”, que cria vínculo, facilita a comunicação e ensina o cérebro a entender que o outro também tem intenções, pensamentos e foco. No autismo, essa habilidade pode se desenvolver de forma diferente, o que impacta a leitura de sinais sociais e a coordenação emocional com o outro.
Já a atenção dividida é uma função executiva, ligada ao processamento cognitivo. Ela envolve a capacidade de fazer (ou alternar rapidamente entre) mais de uma tarefa ao mesmo tempo — por exemplo, cozinhar enquanto conversa. Esse tipo de atenção depende fortemente da memória de trabalho e da flexibilidade cognitiva, que são processos gerenciados pelo córtex pré-frontal. Em pessoas autistas, essa função tende a exigir mais esforço, porque o cérebro costuma trabalhar de maneira mais focada e menos dispersa.
Em termos de neurociência, poderíamos dizer que a atenção compartilhada constrói conexão — com o outro e com o ambiente —, enquanto a atenção dividida constrói coordenação — entre tarefas e estímulos. As duas são importantes, mas em contextos diferentes: a primeira favorece o aprendizado social e o vínculo afetivo; a segunda, a autonomia e a funcionalidade no cotidiano.
Talvez valha refletir: em quais situações você sente que consegue “estar junto” emocionalmente, mesmo que não esteja fazendo mais de uma coisa? E quando tentar dividir a atenção começa a gerar tensão, em vez de fluidez?
Compreender essas duas formas de atenção ajuda a olhar para o funcionamento do cérebro de forma mais compassiva — percebendo que o que às vezes é visto como “dificuldade” pode, na verdade, ser apenas uma maneira singular de se conectar e de se concentrar. Caso queira, posso te ajudar a aprofundar isso de um jeito mais personalizado.
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A atenção compartilhada é importante para interagir e colaborar com outras pessoas, percebendo e respondendo a sinais sociais ou contextos comuns. A atenção dividida é essencial para realizar multitarefas, mantendo e processando informações de duas ou mais fontes ao mesmo tempo. Ambas contribuem para a adaptação em situações sociais e cognitivas, mas pessoas com TEA podem apresentar desafios específicos em cada uma, afetando aprendizado e funcionamento diário.
A atenção compartilhada e a atenção dividida cumprem funções diferentes e complementares no funcionamento psíquico e cognitivo. A importância de cada uma depende do contexto de desenvolvimento, da idade e das demandas do ambiente.
A atenção compartilhada é um dos pilares do desenvolvimento humano, especialmente na infância, mas continua sendo essencial ao longo da vida.
Do ponto de vista neurológico, emocional e relacional, a atenção compartilhada contribui para a construção do vínculo e da segurança emocional; organiza a regulação emocional (o adulto ajuda a criança a regular estados internos); é base para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação; favorece a aprendizagem com sentido; contribui para o desenvolvimento da empatia e da cognição social.
A atenção dividida, por sua vez, é uma habilidade funcional importante, sobretudo em contextos de maior maturidade cognitiva.
Do ponto de vista neurológico e cognitivo, a atenção dividida permite lidar com múltiplas demandas do cotidiano, sustenta atividades complexas (ex.: estudar, trabalhar, dirigir), está relacionada às funções executivas (planejamento, organização, flexibilidade, favorece autonomia e produtividade.
Em resumo, a atenção compartilhada vem primeiro e sustenta todo o resto. A atenção dividida se constrói sobre uma base de regulação emocional e vínculo.
A atenção compartilhada é um dos pilares do desenvolvimento humano, especialmente na infância, mas continua sendo essencial ao longo da vida.
Do ponto de vista neurológico, emocional e relacional, a atenção compartilhada contribui para a construção do vínculo e da segurança emocional; organiza a regulação emocional (o adulto ajuda a criança a regular estados internos); é base para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação; favorece a aprendizagem com sentido; contribui para o desenvolvimento da empatia e da cognição social.
A atenção dividida, por sua vez, é uma habilidade funcional importante, sobretudo em contextos de maior maturidade cognitiva.
Do ponto de vista neurológico e cognitivo, a atenção dividida permite lidar com múltiplas demandas do cotidiano, sustenta atividades complexas (ex.: estudar, trabalhar, dirigir), está relacionada às funções executivas (planejamento, organização, flexibilidade, favorece autonomia e produtividade.
Em resumo, a atenção compartilhada vem primeiro e sustenta todo o resto. A atenção dividida se constrói sobre uma base de regulação emocional e vínculo.
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