Qual é a conexão da vitamina D com a depressão e a ansiedade ?

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Qual é a conexão da vitamina D com a depressão e a ansiedade ?
A vitamina D desempenha um papel crucial na saúde mental, além de suas funções bem estabelecidas na manutenção da saúde óssea e do sistema imunológico. A sua síntese ocorre principalmente pela exposição da pele à luz solar, mas também pode ser obtida através de certos alimentos e suplementos.

Um dos aspectos mais relevantes da vitamina D na saúde mental é sua influência na regulação de neurotransmissores, especialmente a serotonina, que é frequentemente chamada de "hormônio da felicidade". A serotonina é fundamental para o controle do humor, e níveis adequados desse neurotransmissor estão associados a sentimentos de bem-estar e felicidade. A vitamina D atua na biossíntese da serotonina, e estudos sugerem que a deficiência dessa vitamina pode levar a uma diminuição nos níveis de serotonina, aumentando assim o risco de condições como depressão e ansiedade.

Além disso, a deficiência de vitamina D tem sido associada a um maior risco de transtornos de humor, incluindo depressão maior e transtorno afetivo sazonal. Pesquisas indicam que pessoas com níveis baixos de vitamina D podem apresentar sintomas de depressão mais severos e estudos indicam que a suplementação de vitamina D pode levar a melhorias significativas nos sintomas de depressão em indivíduos deficientes.

Outro mecanismo pelo qual a vitamina D pode afetar a saúde mental é seu papel na modulação da inflamação. A inflamação crônica tem sido implicada em várias condições psiquiátricas, e a vitamina D possui propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir essa inflamação. Portanto, manter níveis adequados de vitamina D não só pode ajudar a prevenir distúrbios de humor, mas também pode ser uma estratégia complementar no tratamento de condições já existentes.

Por fim, a vitamina D também está envolvida na neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar em resposta a novas experiências. Isso é fundamental para a aprendizagem e a memória, e pode influenciar a forma como lidamos com o estresse e as emoções.

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A deficiência de vitamina D pode estar relacionada à depressão e à ansiedade, pois ela regula neurotransmissores como serotonina e dopamina, reduz a inflamação no cérebro e protege as células nervosas. Manter níveis adequados de vitamina D pode ajudar a prevenir ou tratar esses transtornos. Agende uma consulta para avaliar seus níveis!
Com base em evidência nível 1A — que corresponde a revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados, ou seja, o mais alto grau de confiabilidade em medicina baseada em evidências — a deficiência de vitamina D tem, sim, uma associação significativa com sintomas de depressão, mas a relação com ansiedade e outras funções cognitivas ainda está sendo investigada com mais cautela.

Uma revisão sistemática e meta-análise publicada em 2018 no British Journal of Psychiatry (Vellekkatt & Menon) concluiu que a suplementação de vitamina D mostrou-se eficaz na redução de sintomas depressivos, especialmente em pessoas com deficiência prévia — esse estudo se apoia em nível de evidência 1A. Outro exemplo é a revisão publicada no Journal of Affective Disorders (2019), que também reforça que há melhora significativa dos sintomas depressivos com a correção da hipovitaminose D.

Por outro lado, quando falamos de ansiedade, os resultados ainda são mistos. Alguns estudos mostram tendência à melhora, mas não há evidência 1A consistente ainda para afirmar que a vitamina D trata ou previne transtornos ansiosos de forma direta.

Quanto às funções cognitivas e neurodegeneração (como Alzheimer), as evidências são mais observacionais até o momento — sugerem associação, mas ainda não atingem o nível de evidência 1A em termos de causalidade e eficácia de suplementação.

Resumindo com base no que temos de mais robusto até agora:
Há evidência 1A de que a deficiência de vitamina D contribui para sintomas depressivos e que a suplementação pode ajudar a tratá-los, especialmente quando os níveis estão baixos. Para ansiedade e declínio cognitivo, a relação ainda não é conclusiva no mais alto nível de evidência, embora existam fortes indícios observacionais.

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