Qual é o papel do aconselhamento psicológico no Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) ?
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Qual é o papel do aconselhamento psicológico no Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) ?
O aconselhamento psicológico no LES tem o papel de oferecer suporte emocional, orientar sobre estratégias práticas para lidar com sintomas e promover alívio em momentos de estresse ou frustração. Ele ajuda o paciente a compreender e aceitar os limites da doença, reduzindo sofrimento imediato.
Para um trabalho mais profundo e duradouro, a psicoterapia psicanalítica permite elaborar o impacto emocional da doença e fortalecer recursos internos. Posso te acompanhar nesse processo!
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O lúpus é uma doença crônica, imprevisível e que afeta múltiplos sistemas, o que gera uma carga emocional e social imensa. O aconselhamento atua em várias frentes:
1. Gestão do Impacto Emocional e Crises
Aceitação do Diagnóstico: Ajudar o paciente a processar o choque, o medo e a tristeza que acompanham o recebimento de um diagnóstico de doença crônica e incurável.
Luto e Perda de Identidade: Lidar com o luto pela perda da saúde e, muitas vezes, da vida que levavam antes (carreira, hobbies, energia).
Incerteza Crônica: O lúpus é imprevisível. A terapia ajuda a desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade gerada pela incerteza de quando será a próxima crise (flare).
2. Controle de Fatores Desencadeantes (Gatilhos)
O estresse psicológico e emocional é um gatilho biológico comprovado que pode levar a um aumento da atividade da doença (crises).
Gerenciamento do Estresse: Aprender técnicas de relaxamento e mindfulness para diminuir a resposta do corpo ao estresse, o que pode reduzir o risco de inflamação.
Estabelecimento de Limites: Aprender a dizer "não" para atividades que possam levar à exaustão física ou emocional, respeitando o novo limite de energia imposto pela doença.
3. Enfrentamento da Fadiga e Dor Crônica
A terapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pode ser muito eficaz para alterar a percepção e a forma como o paciente lida com os sintomas mais debilitantes.
Técnicas de Pacing: Ajuda a planejar o dia e dosar a energia (o pacing) para evitar o esgotamento extremo que é comum na fadiga lúpica.
Reestruturação Cognitiva: Mudar pensamentos negativos associados à dor e à fadiga que perpetuam um ciclo de desespero e inatividade.
4. Apoio Social e Imagem Corporal
Questões de Autoestima: Lidar com as mudanças físicas causadas pela doença ou pelo tratamento (ganho de peso por corticoides, alopecia, erupções cutâneas) e trabalhar a autoaceitação.
Comunicação: Ajudar o paciente a comunicar sua condição, suas necessidades e seus limites para a família, amigos e empregadores, reduzindo o isolamento social.
5. Tratamento de Comorbidades
Pacientes com lúpus têm um risco significativamente maior de desenvolver condições de saúde mental.
Depressão e Ansiedade: A terapia é o tratamento de primeira linha para a depressão e a ansiedade, que são muito comuns em pacientes com doenças crônicas.
Apoio a Problemas Cognitivos: Embora não trate a "névoa cerebral" diretamente, o terapeuta pode ajudar o paciente a desenvolver estratégias compensatórias para lidar com as dificuldades de memória e concentração no dia a dia.
Em resumo: O aconselhamento psicológico não cura o lúpus, mas capacita o paciente a viver melhor com a doença, reduzindo o sofrimento emocional e, indiretamente, ajudando a manter a doença em remissão através de um melhor controle do estresse.
Estratégias de manejo do estresse podem, de fato, melhorar a qualidade de vida e até mesmo ajudar a reduzir a atividade da doença em pacientes com Lúpus.
As técnicas mais recomendadas focam em interromper a resposta biológica do estresse (o sistema nervoso simpático) que, em excesso, pode desequilibrar o sistema imunológico e contribuir para crises.
Aqui estão as principais técnicas recomendadas para o manejo do estresse no LES:
1. Mindfulness e Meditação
O que é: É a prática de focar intencionalmente a atenção no momento presente, sem julgamento. Não se trata de "não pensar em nada", mas sim de observar pensamentos, emoções e sensações físicas (como dor ou fadiga) com aceitação.
Papel no Lúpus: Estudos, especialmente envolvendo a Terapia Cognitivo-Comportamental Baseada em Mindfulness (MBCT), mostraram melhorias na ansiedade, depressão, qualidade de vida e, em alguns casos, na percepção da dor e da fadiga em pacientes com LES.
Técnica Prática: Comece com 5 minutos por dia. Sente-se confortavelmente e foque totalmente na sua respiração. Sinta o ar entrar e sair. Quando sua mente divagar (o que é normal), gentilmente a traga de volta para a respiração.
2. Técnicas de Respiração (Respiração Diafragmática)
O que é: Envolve respirar de forma lenta e profunda, utilizando o diafragma (músculo abaixo dos pulmões). Isso sinaliza ao seu cérebro que você está seguro, ativando o sistema nervoso parassimpático (o sistema de "descanso e digestão").
Papel no Lúpus: É uma ferramenta rápida para usar quando você sente a ansiedade ou o estresse subindo, ajudando a acalmar o coração e a pressão arterial.
Técnica Prática: Deite-se e coloque uma mão no peito e a outra na barriga. Inspire lentamente pelo nariz, sentindo a barriga se levantar (a mão no peito deve se mover muito pouco). Expire lentamente pela boca (como se estivesse soprando uma vela). Repita por 5 a 10 ciclos.
3. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
O que é: É um tipo de terapia que ajuda a identificar e mudar padrões de pensamento negativos e disfuncionais que levam ao estresse e à ansiedade.
Papel no Lúpus: É excelente para pacientes com doenças crônicas, pois ajuda a:
Reestruturação Cognitiva: Desafiar pensamentos como "Minha vida nunca mais será normal" ou "Esta dor nunca vai melhorar".
Melhorar a Adesão ao Tratamento: Desenvolver rotinas para tomar os medicamentos de forma consistente.
Lidar com a Catastrofização: Evitar transformar pequenos sintomas (como um pouco de dor) em grandes medos irracionais.
4. Exercício Físico Leve e Consciente
O que é: Atividades como Yoga (adaptado), Pilates ou caminhadas leves. O foco não é a performance, mas o movimento suave e consistente.
Papel no Lúpus: O exercício é um poderoso redutor de estresse e um anti-inflamatório natural, além de ajudar a combater a fadiga lúpica e melhorar o humor.
Orientação: Sempre consulte seu reumatologista antes de iniciar um novo exercício. Evite exercícios de alto impacto ou exaustivos, especialmente durante períodos de crise ou fadiga intensa.
5. Estabelecimento de Limites e Prioridades
O que é: É uma técnica social e comportamental, mas que reduz o estresse interno. Envolve aprender a dizer "Não" quando sua agenda ou energia já está sobrecarregada.
Papel no Lúpus: Ajuda a prevenir o esgotamento (burnout) e a fadiga extrema, que são gatilhos para crises. Priorize as atividades essenciais e use o restante da sua energia (limitada) para o autocuidado.
1. Gestão do Impacto Emocional e Crises
Aceitação do Diagnóstico: Ajudar o paciente a processar o choque, o medo e a tristeza que acompanham o recebimento de um diagnóstico de doença crônica e incurável.
Luto e Perda de Identidade: Lidar com o luto pela perda da saúde e, muitas vezes, da vida que levavam antes (carreira, hobbies, energia).
Incerteza Crônica: O lúpus é imprevisível. A terapia ajuda a desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade gerada pela incerteza de quando será a próxima crise (flare).
2. Controle de Fatores Desencadeantes (Gatilhos)
O estresse psicológico e emocional é um gatilho biológico comprovado que pode levar a um aumento da atividade da doença (crises).
Gerenciamento do Estresse: Aprender técnicas de relaxamento e mindfulness para diminuir a resposta do corpo ao estresse, o que pode reduzir o risco de inflamação.
Estabelecimento de Limites: Aprender a dizer "não" para atividades que possam levar à exaustão física ou emocional, respeitando o novo limite de energia imposto pela doença.
3. Enfrentamento da Fadiga e Dor Crônica
A terapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pode ser muito eficaz para alterar a percepção e a forma como o paciente lida com os sintomas mais debilitantes.
Técnicas de Pacing: Ajuda a planejar o dia e dosar a energia (o pacing) para evitar o esgotamento extremo que é comum na fadiga lúpica.
Reestruturação Cognitiva: Mudar pensamentos negativos associados à dor e à fadiga que perpetuam um ciclo de desespero e inatividade.
4. Apoio Social e Imagem Corporal
Questões de Autoestima: Lidar com as mudanças físicas causadas pela doença ou pelo tratamento (ganho de peso por corticoides, alopecia, erupções cutâneas) e trabalhar a autoaceitação.
Comunicação: Ajudar o paciente a comunicar sua condição, suas necessidades e seus limites para a família, amigos e empregadores, reduzindo o isolamento social.
5. Tratamento de Comorbidades
Pacientes com lúpus têm um risco significativamente maior de desenvolver condições de saúde mental.
Depressão e Ansiedade: A terapia é o tratamento de primeira linha para a depressão e a ansiedade, que são muito comuns em pacientes com doenças crônicas.
Apoio a Problemas Cognitivos: Embora não trate a "névoa cerebral" diretamente, o terapeuta pode ajudar o paciente a desenvolver estratégias compensatórias para lidar com as dificuldades de memória e concentração no dia a dia.
Em resumo: O aconselhamento psicológico não cura o lúpus, mas capacita o paciente a viver melhor com a doença, reduzindo o sofrimento emocional e, indiretamente, ajudando a manter a doença em remissão através de um melhor controle do estresse.
Estratégias de manejo do estresse podem, de fato, melhorar a qualidade de vida e até mesmo ajudar a reduzir a atividade da doença em pacientes com Lúpus.
As técnicas mais recomendadas focam em interromper a resposta biológica do estresse (o sistema nervoso simpático) que, em excesso, pode desequilibrar o sistema imunológico e contribuir para crises.
Aqui estão as principais técnicas recomendadas para o manejo do estresse no LES:
1. Mindfulness e Meditação
O que é: É a prática de focar intencionalmente a atenção no momento presente, sem julgamento. Não se trata de "não pensar em nada", mas sim de observar pensamentos, emoções e sensações físicas (como dor ou fadiga) com aceitação.
Papel no Lúpus: Estudos, especialmente envolvendo a Terapia Cognitivo-Comportamental Baseada em Mindfulness (MBCT), mostraram melhorias na ansiedade, depressão, qualidade de vida e, em alguns casos, na percepção da dor e da fadiga em pacientes com LES.
Técnica Prática: Comece com 5 minutos por dia. Sente-se confortavelmente e foque totalmente na sua respiração. Sinta o ar entrar e sair. Quando sua mente divagar (o que é normal), gentilmente a traga de volta para a respiração.
2. Técnicas de Respiração (Respiração Diafragmática)
O que é: Envolve respirar de forma lenta e profunda, utilizando o diafragma (músculo abaixo dos pulmões). Isso sinaliza ao seu cérebro que você está seguro, ativando o sistema nervoso parassimpático (o sistema de "descanso e digestão").
Papel no Lúpus: É uma ferramenta rápida para usar quando você sente a ansiedade ou o estresse subindo, ajudando a acalmar o coração e a pressão arterial.
Técnica Prática: Deite-se e coloque uma mão no peito e a outra na barriga. Inspire lentamente pelo nariz, sentindo a barriga se levantar (a mão no peito deve se mover muito pouco). Expire lentamente pela boca (como se estivesse soprando uma vela). Repita por 5 a 10 ciclos.
3. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
O que é: É um tipo de terapia que ajuda a identificar e mudar padrões de pensamento negativos e disfuncionais que levam ao estresse e à ansiedade.
Papel no Lúpus: É excelente para pacientes com doenças crônicas, pois ajuda a:
Reestruturação Cognitiva: Desafiar pensamentos como "Minha vida nunca mais será normal" ou "Esta dor nunca vai melhorar".
Melhorar a Adesão ao Tratamento: Desenvolver rotinas para tomar os medicamentos de forma consistente.
Lidar com a Catastrofização: Evitar transformar pequenos sintomas (como um pouco de dor) em grandes medos irracionais.
4. Exercício Físico Leve e Consciente
O que é: Atividades como Yoga (adaptado), Pilates ou caminhadas leves. O foco não é a performance, mas o movimento suave e consistente.
Papel no Lúpus: O exercício é um poderoso redutor de estresse e um anti-inflamatório natural, além de ajudar a combater a fadiga lúpica e melhorar o humor.
Orientação: Sempre consulte seu reumatologista antes de iniciar um novo exercício. Evite exercícios de alto impacto ou exaustivos, especialmente durante períodos de crise ou fadiga intensa.
5. Estabelecimento de Limites e Prioridades
O que é: É uma técnica social e comportamental, mas que reduz o estresse interno. Envolve aprender a dizer "Não" quando sua agenda ou energia já está sobrecarregada.
Papel no Lúpus: Ajuda a prevenir o esgotamento (burnout) e a fadiga extrema, que são gatilhos para crises. Priorize as atividades essenciais e use o restante da sua energia (limitada) para o autocuidado.
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