Quem tem funcionamento intelectual borderline (limítrofe) pode ter altas habilidades/superdotação ?

2 respostas
Quem tem funcionamento intelectual borderline (limítrofe) pode ter altas habilidades/superdotação ?
O funcionamento intelectual borderline (limítrofe), que corresponde a um QI entre 70 e 84, não é compatível com o diagnóstico de altas habilidades/superdotação.

Para se falar em superdotação, é esperado um funcionamento intelectual na faixa superior (QI geralmente acima de 120, percentil a partir de 91), aliado a outras características, como criatividade, pensamento divergente, motivação e desempenho destacado em áreas específicas.

Assim, quem apresenta funcionamento intelectual limítrofe pode ter talentos em áreas práticas, artísticas ou esportivas, mas isso não é considerado superdotação no sentido técnico.

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 Stephanie Von Wurmb Helrighel
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Quando falamos de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), estamos nos referindo a um padrão complexo de instabilidade emocional, de relacionamentos, de autoimagem e de impulsividade. É um transtorno que afeta profundamente a forma como a pessoa se sente, pensa e se relaciona com o mundo.

Agora, a sua pergunta é se alguém com TPB pode ter altas habilidades ou superdotação. E a resposta é um sim categórico.

Não há nenhuma incompatibilidade entre ter um diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline e possuir altas habilidades ou superdotação. Na verdade, muitas pessoas com TPB são extremamente inteligentes, criativas, sensíveis e com uma capacidade de percepção aguçada.

Pense comigo:

Intensidade Emocional: A mesma intensidade que pode trazer sofrimento no TPB, muitas vezes está ligada a uma profundidade de percepção e a uma capacidade de sentir e expressar emoções que pode ser a base de uma grande sensibilidade artística, musical ou de uma compreensão profunda de questões humanas.
Criatividade: Muitas pessoas com TPB demonstram uma criatividade notável em diversas áreas, seja na escrita, nas artes visuais, na música ou em outras formas de expressão. A complexidade de suas experiências internas pode alimentar uma rica vida imaginativa.
Inteligência: O TPB não é um transtorno cognitivo. Pessoas com TPB podem ter um QI muito elevado e uma capacidade intelectual aguçada para aprender, analisar e resolver problemas. A dificuldade reside mais na regulação emocional e nos padrões de relacionamento, e não na capacidade intelectual em si.
Percepção Aguçada: A sensibilidade que acompanha o TPB pode, em alguns contextos, significar uma capacidade de perceber nuances e detalhes que outras pessoas não notam, o que pode ser uma vantagem em campos que exigem observação e análise detalhada.
O desafio, para quem tem TPB e altas habilidades, muitas vezes reside em como gerenciar a intensidade emocional e a instabilidade para conseguir canalizar e utilizar essas habilidades de forma construtiva. O tratamento do TPB, como a Terapia Dialética Comportamental (DBT), por exemplo, visa justamente a desenvolver ferramentas para a regulação emocional e interpessoal, permitindo que a pessoa possa florescer e usar todo o seu potencial.

Então, sim, é absolutamente possível ter TPB e ser uma pessoa com altas habilidades ou superdotação. Uma coisa não anula a outra. O importante é reconhecer e valorizar essas capacidades, ao mesmo tempo em que se busca apoio para lidar com os desafios do transtorno.

Estou aqui para você, para conversarmos sobre isso e sobre o que mais precisar. Sinta-se à vontade para compartilhar seus pensamentos.

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