Tenho arritmia supraventricular isolada. Tomo 80 mg de propranolol há anos. Mesmo tomando o remédio

Realmente consideramos a arritmia supraventricular isolada como uma alteração do ritmo de menor significado em relação as arritmias complexas, em alguns casos realmente se faz necessário o uso de medicações como o propranolol, betabloqueador que ajuda a diminuir a exacerbação destes batimentos provocadas por uso de substâncias como café, álcool, cigarro, algumas drogas estimulantes , etc, assim como stress e nervosismo, falta de sono. Neste caso com certeza o seu nervosismo vai exacerbar esta situação liberando uma carga maior de adrenalina no organismo que alé, de favorecer o aparecimento da arritmia supraventricular (fazendo com que fique mais frequente), também colabora com o aparecimento de sintomas neurovegetativos e gastrintestinais como no seu caso.

Arritmia supraventricular isolada em geral associa-se com um excelente prognóstico, tendo inclusive opção de não fazer uso de medicações, desde que os sintomas sejam ocasionais e inexista cardiopata estrutural associada. Muitas vezes correlacionar arritmia com sintomas ansiosos é difícil, porque é necessário estar monitorizando o momento em que isso ocorre. Se os sintomas não forem frequentes, não síncope associada ou ocorrerem num cruto espaço de tempo, pode-se apenas acompanhar e realizar periodicamente exames complementares. Deve ser ressaltado que caso estejam ocorrendo frequentemente episódios de nervosismo associados aos sintomas descritos, é necessário avaliar transtorno de humor.

Sintomas raros de palpitações podem ser flagrados com monitor de eventos ( Loop recorder ) e talvez ajude a esclarecer os sintomas.