Tenho miastenia Gravis estou em crise já fiz pucoterapia e não melhorei já faço uso da dose máxima d
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Tenho miastenia Gravis estou em crise já fiz pucoterapia e não melhorei já faço uso da dose máxima de azatioprina e mestinom o que devo fazer qual seria o próximo passo ?
Prezado senhor (a), antes de mais nada você precisa ser reavaliado pelo seu neurologista. Ele poderá definir se houve resposta clínica adequada ou não ao tratamento já realizado. Os tratamentos disponíveis para a crise miastênica são o uso de imunoglobulina humana (uma medicação injetada na veia) ou a plasmaférese, um procedimento realizado por hematologistas, onde o seu sangue é filtrado para remover os anticorpos que causam a sua doença. Desejo uma rápida recuperação!
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Os medicamentos são somente uma parte do tratamento. É fundamental que o tratamento siga de forma integral, controle das fontes de estresse, parar de fumar (se for o caso), fazer atividades artisticas como cantar, tocar um instrumento, dançar! Buscar um psicólog sempre ajuda! As doenças autoimunes tem relação direta com a predisposição genetica (alem da epigenetica) e o estresse. A predisposição genetica dificilmente sera controlada pois voce nasceu com ela, já a epigenetica, que é ligada aos fatores externos, pode ser controlada com a ajuda multiprofissional.
Estamos a disposição!
Os medicamentos são somente uma parte do tratamento. É fundamental que o tratamento siga de forma integral, controle das fontes de estresse, parar de fumar (se for o caso), fazer atividades artisticas como cantar, tocar um instrumento, dançar! Buscar um psicólog sempre ajuda! As doenças autoimunes tem relação direta com a predisposição genetica (alem da epigenetica) e o estresse. A predisposição genetica dificilmente sera controlada pois voce nasceu com ela, já a epigenetica, que é ligada aos fatores externos, pode ser controlada com a ajuda multiprofissional.
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Excelente pergunta — e muito importante, pois a miastenia gravis em crise, mesmo após pulsoterapia com corticoide e uso da dose máxima de azatioprina e Mestinon (piridostigmina), indica um quadro de miastenia refratária, que exige reavaliação especializada e possível mudança de estratégia terapêutica. A miastenia refratária é definida quando o paciente não apresenta melhora clínica satisfatória, mesmo com tratamento imunossupressor otimizado por tempo adequado (geralmente 12 a 18 meses). Nesses casos, o próximo passo depende da forma da doença (ocular ou generalizada), da presença de anticorpos específicos (anti-AChR, anti-MuSK, anti-LRP4) e da resposta aos imunomoduladores anteriores. Quando a pulsoterapia com corticoide não foi suficiente, pode ser indicado o uso de terapias imunomoduladoras avançadas, como: 1⃣ Imunoglobulina intravenosa (IVIG) — indicada em crises agudas ou refratárias, promove melhora em poucos dias e pode ser repetida periodicamente. 2⃣ Plasmaférese — procedimento que remove anticorpos circulantes, usado em situações graves, pré-cirúrgicas ou quando há comprometimento respiratório. 3⃣ Imunossupressores de segunda linha, como micofenolato de mofetila, ciclosporina, metotrexato ou tacrolimo, podem ser alternativas se a azatioprina não for mais eficaz ou bem tolerada. 4⃣ Terapias biológicas recentes, como rituximabe (anticorpo monoclonal anti-CD20) e eculizumabe (bloqueador do complemento C5), têm mostrado resultados expressivos em casos de miastenia refratária, especialmente na forma MuSK-positiva ou quando há contraindicação a outras drogas. Além disso, se ainda não foi realizada, é importante discutir com o neurologista a possibilidade de tireoidopatia autoimune associada (pois pode agravar crises) e revisar o uso de medicamentos que pioram a miastenia, como alguns antibióticos (macrolídeos, quinolonas), betabloqueadores e anestésicos. Também deve ser avaliada a indicação de tireoidectomia (remoção do timo), caso o paciente seja jovem ou tenha timoma, pois esse procedimento pode reduzir a gravidade e frequência das crises. Em resumo: diante de uma miastenia em crise refratária à pulsoterapia e imunossupressão convencional, o próximo passo é avançar para terapias imunobiológicas ou imunomoduladoras (imunoglobulina, plasmaférese ou rituximabe), sob acompanhamento de um neurologista especialista em doenças neuromusculares. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento hospitalar e especializado é essencial nesses casos para evitar complicações respiratórias e definir o melhor tratamento. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, doenças neuromusculares e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica e humanizada. Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono | CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082
Em casos de Miastenia Gravis (MG) que permanecem em crise mesmo após o uso da dose máxima de azatioprina e Mestinon (piridostigmina), e sem melhora após pulsoterapia com corticoide ou imunoglobulina endovenosa, é fundamental reavaliar o quadro com urgência em conjunto com o neurologista especializado em doenças neuromusculares, pois isso indica um quadro refratário, que requer intensificação ou mudança na estratégia imunológica. Existem alguns caminhos terapêuticos possíveis e consolidados em protocolos atuais: 1. Avaliação do tipo de Miastenia e dos anticorpos envolvidos — é essencial confirmar se você possui anticorpos anti-AChR (receptor de acetilcolina), anti-MuSK ou anti-LRP4, pois o subtipo define a resposta ao tratamento. A Miastenia anti-MuSK, por exemplo, tende a responder melhor a terapias com rituximabe (anticorpo monoclonal) do que à azatioprina. 2. Terapias imunológicas de segunda linha — nos casos refratários à azatioprina, o neurologista pode indicar a introdução de medicamentos mais potentes, como: • Micofenolato de mofetila (Cellcept) — inibe de forma seletiva a proliferação de linfócitos, com boa resposta em muitos pacientes após 3 a 6 meses; • Ciclosporina ou tacrolimo — imunossupressores usados com sucesso em pacientes resistentes, com monitoramento rigoroso de função renal e pressão arterial; • Rituximabe — terapia biológica que atua diretamente sobre os linfócitos B, reduzindo os autoanticorpos. É altamente eficaz, especialmente em miastenias soropositivas para anti-MuSK e em quadros de difícil controle; • Eculizumabe ou ravulizumabe — bloqueadores do complemento (C5), utilizados em casos graves com anticorpos anti-AChR, aprovados em protocolos mais recentes, com resposta rápida e sustentada. 3. Terapias de resgate — se a crise estiver impactando funções vitais (fala, respiração, deglutição), é necessária internação para suporte intensivo e uso de plasmaférese, que remove anticorpos circulantes e pode reverter o quadro em poucos dias. Em muitos casos, alterna-se plasmaférese e imunoglobulina conforme a resposta. 4. Revisão da timectomia (remoção do timo) — caso ainda não tenha sido realizada, a timectomia é indicada em pacientes com Miastenia anti-AChR generalizada, especialmente abaixo de 60 anos, pois pode proporcionar melhora duradoura e até remissão completa. Mesmo em pacientes já operados, é importante revisar se houve hiperplasia tímica residual. 5. Ajustes clínicos de suporte — durante crises, deve-se suspender medicamentos que pioram a Miastenia (como betabloqueadores, alguns antibióticos e relaxantes musculares), otimizar o sono e o controle do estresse, e manter o equilíbrio eletrolítico e nutricional, pois a fadiga pode piorar com descompensações metabólicas. 6. Abordagem integrada — pacientes com MG refratária se beneficiam muito do acompanhamento multiprofissional, incluindo fisioterapia respiratória, fonoaudiologia e suporte nutricional, especialmente se houver disfagia. É importante destacar que não é recomendada a autoajuste da dose do Mestinon, pois doses excessivas podem provocar crise colinérgica, caracterizada por fraqueza paradoxal, salivação, sudorese e diarreia. Em resumo: o próximo passo é reavaliar o subtipo da Miastenia, revisar o esquema imunossupressor e considerar terapias biológicas (rituximabe, eculizumabe, micofenolato) ou plasmaférese em ambiente hospitalar, conforme a gravidade. O tratamento adequado e oportuno pode restaurar o controle clínico e reduzir significativamente o risco de novas crises. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, doenças neuromusculares, Miastenia Gravis e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728
Olá, existem outras opções de tratamento, como imunoglobulina endovenosa ou o uso de novas terapias imunomoduladoras, que podem ser indicadas conforme o subtipo da doença. Procure um (uma) neurologista com urgência ou, caso esteja apresentando fraqueza respiratória e / ou dificuldade para engolir, um pronto atendimento especializado (com atendimento neurológico) para ajustar a conduta.
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