Tive um ataque de pânico após um estresse contínuo de 4 dias a cerca de 2meses atrás vale ressaltar
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Tive um ataque de pânico após um estresse contínuo de 4 dias a cerca de 2meses atrás vale ressaltar que nunca havia tido problemas com ansiedade nem pânico nem ninguém da minha família, ou seja algo totalmente isolado, após esse ataque senti uma série de sensações, emoções a flor da pele, desrealização, sensibilidade emocional, todas as sensações esperadas, eu já estou bem melhor, nada disso relatado afeta no meu dia, pois nao sinto mais nada, porém eu percebo que estou mais suscetível a ansiedade com situações simples como tomar um suco com bastante açúcar, ou usar o óculos de grau o dia todo e depois tirar-lo, antes essas situações não faziam aumentar minha ansiedade, e agora quando sinto a ansiedade um pouco mais alta eu automaticamente lembro dq vivi, e como ainda é uma ferida recém curada me causa um grande desconforto, muda um pouco minha percepção e começo a ficar auto avaliando, hipervigilando, tudo ao meu redor, virando um ciclo, mas rapidamente eu o quebro pois entendo que isso é devido a ansiedade.
A pergunta é, essa autoavaliação/hipervigilancia é esperada? Ainda estou em fase de recuperação?
A pergunta é, essa autoavaliação/hipervigilancia é esperada? Ainda estou em fase de recuperação?
Sim, o que você está descrevendo é esperado e faz parte do processo de recuperação. Após um ataque de pânico, especialmente o primeiro, é comum que o corpo e a mente fiquem mais sensíveis a estímulos que antes eram neutros. Essa hipervigilância e autoavaliação são respostas adaptativas: sua mente tenta prever e evitar situações que possam gerar desconforto, como uma forma de proteção. É um efeito residual do estresse intenso que você vivenciou.
O fato de você conseguir identificar rapidamente que é ansiedade e quebrar o ciclo é um sinal de que seu sistema emocional está se reorganizando. Com o tempo, à medida que novas experiências seguras se acumulam, essas respostas vão diminuindo, e você vai se sentir mais estável. Ou seja, ainda está em fase de recuperação, mas está progredindo.
O fato de você conseguir identificar rapidamente que é ansiedade e quebrar o ciclo é um sinal de que seu sistema emocional está se reorganizando. Com o tempo, à medida que novas experiências seguras se acumulam, essas respostas vão diminuindo, e você vai se sentir mais estável. Ou seja, ainda está em fase de recuperação, mas está progredindo.
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Oi! espero que esteja melhor. O ataque de pânico vai desencadear vários sintomas que muitas vezes chegam a assustar, levando as pessoas a pensarem em infarto do miocardio. Por ser sensações muito desagradáveis, isso gera um certo receio que possa acontecer novamente. A hipervigilancia, nada mais é que um estado de alerta e atenção aumentada, normalmente associada a experiências de estresse, trauma ou ansiedade. A hipervigilância vai dificultar a sua capacidade para relaxar, para dormir e também pode desencadear uma hipersensibilidade a estímulos sensoriais como luzes e ruídos. Como você passou por esse período de estresse, a ansiedade ainda está aí em forma de hipervigilância. Continue o tratamento, a psicoterapia ajuda muito nesses casos. Estou à disposição.
Quando você teve o ataque de pânico, aconteceu algo que na psicanálise lacaniana chamamos de encontro com o Real. O Real é aquilo que escapa do nosso entendimento, que o pensamento não dá conta de controlar ou explicar. É como se, por um momento, o seu corpo dissesse algo que você mesmo não sabia como colocar em palavras. Depois de uma experiência assim, sujeito pode entrar em modo de “prevenção”. O que isso significa? Que qualquer sensação diferente — açúcar demais no suco, a visão mudando quando você tira os óculos, uma emoção mais forte — pode ser interpretada automaticamente como um sinal de perigo. Talvez seja, por isso que ocorra essa hipervigilância, o hábito de se monitorar o tempo todo: “Será que vai acontecer de novo?” . Na psicanálise, o que ajuda não é lutar contra essas sensações, mas falar sobre o que aconteceu e dar um sentido novo a toda essa experiência do agora, que também pode ser uma lembrança de um algo do passado impossível de ser significado. Com o tempo, caso essa história seja mais bem elaborada — com palavras — talvez seja possível reescrevê-la.
Depois de um ataque de pânico algumas pessoas acabam por ficarem muito temerosas de ter um novo ataque. Por outro lado é importante investigar as origens do ataque de pânico, pois muitas vezes algumas situações vão se avolumando até emergir o pânico. Como cada pessoas é impar, não existe uma única resposta para explicar o ataque de pânico, para trabalhar esse problema, um psicólogo, com que você se sinta bem e tenha confiança pode te ajudar.
Sim. Após uma crise de pânico, o corpo entra num estado de hipervigilância, como se estivesse sempre esperando o próximo ataque. É o sistema nervoso tentando te proteger, mas de uma forma exagerada. A melhor saída é procurar ajuda na psicoterapia, seu espaço seguro, de escuta ativa e acolhimento. Sou Psicóloga, se precisar de ajuda, basta me chamar!
Olá, boa tarde.
Seu relato está bem completo, obrigado por isso. Vai facilitar a te dar uma resposta mais focada.
Há casos em que essa hipervigilância acontece. Ela costuma apontar que você ainda esteja se desvencilhando desse episódio de estresse contínuo. Em minha opinião, ditia que você está em fase de recuperação sim, mas também pode apontar para uma possível piora. Existem transtornos mentais que têm a hipervigilância como um de seus sintomas.
Não é para te assustar e desculpe caso tenha feito isso. Existem muitos outros sintomas para o diagnóstico de um transtorno de ansiedade. Diria que possa ser interessante que você procure um tratamento para ansiedade. Muitas vezes um psicólogo poderia bastar para a completa remissão de seus sintomas, mas se juntar psiquiatra + psicólogo diria que seria o ideal. Recomendo que procure exercícios de relaxamento, como respiração diafragmática para momentos em que sentir essa hipervigilância.
Espero ter ajudado, grande abraço.
Seu relato está bem completo, obrigado por isso. Vai facilitar a te dar uma resposta mais focada.
Há casos em que essa hipervigilância acontece. Ela costuma apontar que você ainda esteja se desvencilhando desse episódio de estresse contínuo. Em minha opinião, ditia que você está em fase de recuperação sim, mas também pode apontar para uma possível piora. Existem transtornos mentais que têm a hipervigilância como um de seus sintomas.
Não é para te assustar e desculpe caso tenha feito isso. Existem muitos outros sintomas para o diagnóstico de um transtorno de ansiedade. Diria que possa ser interessante que você procure um tratamento para ansiedade. Muitas vezes um psicólogo poderia bastar para a completa remissão de seus sintomas, mas se juntar psiquiatra + psicólogo diria que seria o ideal. Recomendo que procure exercícios de relaxamento, como respiração diafragmática para momentos em que sentir essa hipervigilância.
Espero ter ajudado, grande abraço.
Sim, o que você descreve é bastante comum após um episódio de pânico. Mesmo quando o ataque foi algo isolado, o corpo e a mente podem permanecer em estado de alerta por um tempo, como se ainda precisassem se proteger de um novo susto. Essa resposta é chamada de hipervigilância, uma sensibilidade maior aos sinais do próprio corpo e do ambiente, o que faz com que pequenas variações físicas, como tomar algo muito doce ou usar os óculos por muito tempo, sejam interpretadas como ameaças.
Essa fase faz parte do processo de recuperação. Depois de uma experiência intensa de ansiedade, o sistema nervoso tende a ficar mais reativo e leva um tempo para se regular novamente. Essa autoavaliação constante (“será que vai acontecer de novo?”) não significa que o problema está voltando, mas sim que o corpo ainda está reaprendendo a se sentir seguro.
Com o tempo e o cuidado adequados, essa sensibilidade tende a diminuir. Técnicas de respiração, exercícios de ancoragem (como focar nos sentidos e no momento presente), sono regular e acompanhamento psicoterapêutico ajudam o organismo a se estabilizar. O mais importante é compreender que o que está sentindo não é sinal de regressão, mas de que ainda está em processo de cura.
Essa fase faz parte do processo de recuperação. Depois de uma experiência intensa de ansiedade, o sistema nervoso tende a ficar mais reativo e leva um tempo para se regular novamente. Essa autoavaliação constante (“será que vai acontecer de novo?”) não significa que o problema está voltando, mas sim que o corpo ainda está reaprendendo a se sentir seguro.
Com o tempo e o cuidado adequados, essa sensibilidade tende a diminuir. Técnicas de respiração, exercícios de ancoragem (como focar nos sentidos e no momento presente), sono regular e acompanhamento psicoterapêutico ajudam o organismo a se estabilizar. O mais importante é compreender que o que está sentindo não é sinal de regressão, mas de que ainda está em processo de cura.
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