Toc sexual Uma pessoa pode sentir um "falso desejo" pelas obsessões do toc? Mesmo sabendo que é con

Sim, uma pessoa com TOC sexual pode sentir um "falso desejo" associado às obsessões, mesmo sabendo que vai contra seus valores. Esse desejo não reflete a verdadeira orientação sexual da pessoa, mas é uma resposta à ansiedade causada pelas obsessões. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é comumente utilizada para ajudar a pessoa a lidar com esses pensamentos intrusivos, desenvolver estratégias para enfrentar a ansiedade e promover mudanças nos padrões de pensamento disfuncionais. Recomenda-se procurar a orientação de um profissional de saúde mental para apoio adequado.

Olá. O TOC sexual, assim como outros tipos de TOC geralmente fazem com que o indivíduo adote rituais que são regras rígidas na tentativa de evitar que os pensamentos que causam culpa, angústia virem realidade, já na fantasia sexual os pensamentos não causam sofrimento. Aconselho que busque um psicólogo/ psicanalista para que possa te auxiliar nessa avaliação. Caso queira marcar uma entrevista, estou à disposição!

Olá! ótima pergunta! Se você tem vontade de fazer uma coisa e vai lá e faz, mesmo sendo contrário aos seus valores, não chamaria de falso desejo pois esse desejo me parece real. Este comportamento só se mantém porque há um reforço envolvido. Alguma consequência deste comportamento, em algum nível, é interessante (reforçadora) para o seu organismo. Pode ser um alívio, um sensação de esquecer dos problemas da vida, uma diminuição na intensidade de sentimentos incômodos, enfim... há de se verificar para quê este comportamento está lhe servindo. Geralmente, qualquer compulsão é contrária aos valores do indivíduo. Quem valoriza ficar 'preso' numa situação sem conseguir agir diferente? Acredito que praticamente ninguém. A Terapia de Aceitação e Compromisso tem eficácia comprovada para casos de TOC. Fique à vontade para me mandar um Oi! Abraço!

Olá! Tudo bem? Interessante sua dúvida. Mas, antes de responder sobre o "falso desejo", vamos pensar primeiro sobre o que é o TOC sexual.

O TOC sexual é uma variação do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), que é um tipo de Transtorno de Ansiedade. A pessoa com TOC sexual passa a ter pensamentos obsessivos de caráter sexual que não consegue controlar. E como não consegue controlar esses pensamentos, a pessoa com TOC sexual cria alguns rituais na tentativa de aliviar a ansiedade e o sentimento de culpa.

A mente da pessoa com TOC sexual é invadida por ideias , imagens e pensamentos involuntários que são considerados pela própria pessoa muitas vezes como impróprios. Essas ideias, pensamentos e imagens insistem e persistem. É muito comum que as pessoas com TOC sexual fiquem temerosas em relação a todos esses pensamentos invasivos, pois muitos estão ligados às questões como infidelidade, incesto, abuso sexual, pedofilia, violência sexual, estupro, homossexualidade, pensamentos sexuais com amigos e etc.

A pessoa com TOC sexual acaba desenvolvendo comportamentos compulsivos como meio de lidar com esses pensamentos. É como se ela sentisse que precisa fazer alguma coisa para dimuir os pensamentos ou impedi-los de se tornarem realidade, pois na maioria das vezes esses pensamentos são inadequados do ponto de vista da moralidade. O TOC sexual pode causar sofrimento gerado pela culpa e ansiedade. Muitas vezes a pessoa deixa de ter contato com outras pessoas que aparecem em seus pensamentos involuntários ou deixa de frequentar lugares para evitar situações que considera que podem aumentar esses pensamentos.

Agora falando sobre a questão do desejo, penso que não temos de entender como um "falso desejo". O desejo existe e se manifesta através desses pensamentos incontroláveis. São desejos reais. É importante buscar auxílio profissional para aprender a lidar com seus desejos e amenizar a invasão desses pensamentos incontroláveis e involuntários.

Na terapia é importante investigar as origens desses pensamentos compulsivos e reordenar os comportamentos complusivos que surgem para amenizar a ansiedade.

Caso queira entrar em contato, fico à diposição para fazer essa travessia de investigação com você sob o ponto de vista da Psicanálise.

Olá! Tudo bom? É comum sim e pode ser possível que a pessoa tenha um "falso desejo". As obsessões do TOC cumprem uma função de estabelecer um sentido dentro das coisas que observamos ao nosso redor, mesmo que aquele sentido não seja o mesmo para outras pessoas. Através delas, reprime-se o desejo latente e assim esconde e mascara ele de diversas formas no dia-a-dia. Quando em seu íntimo, se possível, a pessoa busca realizá-lo sem que os outros percebam. Então é complemente possível isso surgir dessa forma. Seria interessante você buscar psicoterapia, pois através dela você poderia descobrir mais sobre si e também sobre seus desejos. Abraços, qualquer coisa fico a disposição! :)

Observar-se e escolher não entrar nesses pensamentos que produzem a conduta que você deseja diminuir em si mesmo. Esse é o caminho!
Cada vez que você se perceber entrando na via da conduta obsessiva compulsiva, procure envolver-se com outras possibilidades da oferta do mundo para você, algo mais saudável. Como por exemplo: assistir algo enriquecedor, fazer um exercício físico, caminhadas, cozinhar, aperfeiçoar alguma habilidade, cursos, etc.
Um abraço,
Lea

Boa noite. Antes de pensar eu em um diagnóstico, sugiro compreender o que você está considerando como TOC sexual e quais são os seus valores. Além disso, se esta situação está de provocando sofrimento, oriento que procure um profissional para tratar de possíveis questões.

Olá! Tentar entender os conflitos latentes para além dos conflitos aparentes, é importante para você aprender a lidar com o TOC e com a angústia causada por ele.

Olá! Antes de tudo quero dizer que deve estar sendo muito difícil lidar com os pensamentos que você pode estar tendo, não é necessário passar por isso sozinho, busque tratamento para poder viver de uma melhor maneira sua vida psíquica.
O TOC está relacionado ao transtorno de ansiedade. È extremamente importante buscar compreender sua história como um todo, assim poderá ter mais clareza do pq desse tema invadir a sua mente de forma involuntária e no tratamento tanto psicológico quanto medicamentoso você aprenderá a interromper e ressignificar, dar novo sentido ao ciclo vicioso desses pensamentos, criando ferramentas internas de acordo com a sua capacidade. Não há receita pronta para lidar com isso, espero que fique bem na medida do seu possível.

Não se trata extamente de um "falso desejo", mas de uma compulsão - ou de uma tendência a - que terá como consequência o alívio da ansiedade gerada pela obsessão, por exemplo.
O problema é que o "ganho" obtido com a compulsão alimenta esse padrão de comportamento disfuncional. O trtamento padrão ouro para esse tipo de transtorno á a psicoterapia de abordagem TCC com: EPR - Exposição com Prevenção de Resposta + Treino Comportamental + Reestruturação Cognitiva.
Procure um especialista.

Se eu entendi bem vc está perguntando se o desejo que vc está tendo por alguém acontece devido obsessões ocasionadas pelo TOC. Me parece que esse desejo está sendo reprimido de alguma forma por vc devido não estar de acordo com seus valores. Esse desejo não é necessariamente falso. Pessoas podem ter desejos por outras pessoas mesmo que essas sejam casadas e isso não esteja de acordo com seus valores. A questão é o que vc faz com esse desejo impulsivo. O TOC pode piorar uma situação como essa devido justamente os pensamentos obsessivos, tanto no ato reprimido como na situação em si. Sugiro não se julgar pelo seu desejo e pensamentos, mas se firmar na sua escolha de não ferir seus valores. Mesmo uma pessoa sem TOC pode sofrer de condições semelhantes. Portanto tal situação não é ocasionada exatamente pelo seu transtorno, apesar de este servir como comorbidade no contexto, dificultando seu processo de lida com o momento. Entretanto, observe seus pensamentos, redirecione suas atividades e se atente ao que fazes no presente. Se estiver buscando acompanhamento terapeutico para lhe auxiliar nesse processo, me coloco a disposição. Cordial abraço e fique bem!

Olá!
O TOC, ou transtorno obcessivo compulsivo, acontece quando um pensamento intrusivo e repetitivo começa a atrapalhar e incomodar a pessoa, os pensamentos geralmente ligados a conteúdo de morte inesperada, morte acidental, situações fora do controle se adensam e ocupam muito tempo da pessoa. Na tentativa de anular os pensamentos inicia-se um ato para que o pensamento não se repita. Isto funciona por um tempo, logo os pensamentos voltam e o ato precisa ser incrementado, adicionando-se elementos novos. Em alguns casos os rituais, que são os atos ordenados, começam a se avolumar e tomar muito mais tempo, de modo que os pensamentos ainda persistem e os atos para tentar dissipa-los são insuficientes. Os atos que se tornam compusilvos ou obrigatórios para anular o pensamento recorrente pode ser de uma gama infinita de tipos. Conhecemos as mais corriqueiras, o ato de lavar as mãos, entre milhares de outros movimentos, que podem também ter um caracter sexual, uma vez que os rituais tentam anular o desejo de morte, enquanto que o sexo, em primeira instância está ligado a vida.

Dentro da abordagem da psicanálise junguiana, os "falsos desejos" manifestados no contexto do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) sexual podem ser entendidos como expressões de conteúdos inconscientes que entram em conflito com a consciência e os valores pessoais do indivíduo. Carl Jung postulou que o inconsciente é composto não apenas por aspectos pessoais reprimidos, mas também por elementos coletivos, incluindo arquétipos e a sombra. A sombra, em particular, abriga aqueles aspectos da personalidade que são rejeitados pela consciência e, portanto, não são reconhecidos como parte do eu consciente.

Quando elementos dessa sombra se manifestam na forma de obsessões ou "falsos desejos" no TOC sexual, podem provocar uma dissonância significativa, já que esses pensamentos são percebidos como moralmente ou eticamente contrários aos valores e à identidade conscientemente adotados pelo indivíduo. Essa dissonância não apenas causa angústia psicológica mas também desafia a noção de self autêntico da pessoa.

O processo terapêutico junguiano, nesse contexto, se concentra em trazer esses conteúdos sombrios à luz da consciência, num esforço para reconhecê-los e integrá-los de maneira saudável ao self maior. Essa integração não implica agir conforme tais impulsos ou aceitá-los como desejos verdadeiros, mas sim reconhecer sua existência como componentes do vasto espectro da psique humana, diminuindo assim seu potencial perturbador através do entendimento e da aceitação.

Do ponto de vista da neuropsicologia, as obsessões características do TOC, incluindo aquelas de natureza sexual, podem ser atribuídas a disfunções em certas áreas cerebrais e nos circuitos que regulam o pensamento e o comportamento. Especificamente, alterações na atividade dos circuitos fronto-estriatais, que são fundamentais para o controle dos impulsos e a regulação do comportamento, podem levar a uma dificuldade em suprimir pensamentos intrusivos e indesejados. Essa perspectiva sugere que os "falsos desejos" experimentados no TOC sexual não são manifestações de desejos subconscientes genuínos, mas sim o resultado de um funcionamento atípico dos mecanismos cerebrais de controle.

Entender esses "falsos desejos" à luz tanto da psicanálise junguiana quanto da neuropsicologia proporciona uma visão mais completa, que abrange tanto a dimensão simbólica e arquetípica dos conteúdos psíquicos quanto as bases neurológicas subjacentes. Essa abordagem integrada enfatiza a importância de um tratamento que não apenas aborde os sintomas no nível comportamental, mas também busque compreender e trabalhar com os complexos processos psíquicos e neurobiológicos envolvidos.

Os desejos não necessariamente são "falsos", porque do minuto que você sente esse desejo para você ele é tão verdadeiro quanto o fato de você existir. caberia refletirmos juntos, porque você o sente como falso e como isso te afeta, devido aos valores que você possui. Cabe o acolhimento e o alívio de qualquer sofrimento que você possa estar passando que pode estar por exemplo se manifestando dessa forma neste momento.

De qualquer maneira, nomes diagnósticos não são definitivos nem te definem. Somos dinâmicos, sempre em mudanças. Então mesmo os diagnósticos podem não ser "para sempre".

Certamente a primeira coisa seria te escutar falar sobre o que você sente e como isso está te afetando. Estou à disposição.