Uma dúvida, pode-se existir a possibilidade de um eletroencefalograma dar um diagnóstico errado por
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Uma dúvida, pode-se existir a possibilidade de um eletroencefalograma dar um diagnóstico errado por estar assistindo no celular no momento do exame?
Compreendo sua preocupação. A ideia de um exame neurológico não refletir a realidade por conta de algo aparentemente simples — como assistir ao celular — deixa qualquer responsável apreensivo.
O eletroencefalograma (EEG) é um exame muito sensível, que registra a atividade elétrica do cérebro em tempo real. Mas ele não é um exame "fechado", que só mostra se algo está ou não presente, como acontece com um teste de gravidez, por exemplo. O EEG precisa ser interpretado com base no comportamento do paciente, nos estímulos que ele recebe, no momento clínico, na história prévia e em possíveis gatilhos.
Assistir a vídeos no celular durante o EEG pode sim interferir na interpretação, mas não da maneira que talvez você imagine. O que acontece é que a atenção concentrada na tela, os movimentos oculares, as reações emocionais ao conteúdo e até a luminosidade do celular podem gerar artefatos — ou seja, "ruídos" no traçado elétrico — que dificultam ou mascaram a leitura do que é realmente atividade cerebral espontânea.
Além disso, em certos tipos de epilepsia, como as crises de ausência, por exemplo, os estímulos visuais rápidos e alternantes (como imagens em movimento ou luzes de vídeos) podem tanto induzir uma crise quanto bloqueá-la momentaneamente, o que pode interferir no registro adequado durante o exame.
Ou seja, não é que o EEG esteja "errado", mas ele pode não captar uma alteração esperada se o paciente está muito estimulado, agitado, ou distraído de forma intensa no momento do exame.
Por isso, durante o EEG, o ideal é que a criança ou adulto esteja em estado de repouso, com os olhos fechados quando orientado, permitindo que o cérebro entre em padrões naturais de vigília, sonolência e relaxamento — momentos nos quais certas alterações aparecem com mais nitidez. Se o exame for feito com estímulo contínuo e não controlado, como o uso do celular, a chance de o exame vir “normal” mesmo em alguém com epilepsia existe — o que pode atrasar o diagnóstico.
Se isso aconteceu com seu filho, e ele usou o celular durante parte ou todo o exame, vale conversar com o médico que solicitou o EEG. Dependendo do caso, um novo EEG em condições mais controladas, ou até um EEG com privação de sono, pode ser indicado para melhorar a sensibilidade diagnóstica.
Na Telemedicina, consigo orientar melhor sobre quando repetir o exame, como preparar a criança e que tipo de EEG pode oferecer maior chance de acerto. E tudo isso com segurança, sem expor sua família a ambientes hospitalares, ainda mais em tempos de COVID-19, Monkeypox, gripe aviária e outros riscos invisíveis. A Telemedicina protege, economiza tempo e é uma das maiores revoluções da saúde na era digital.
Caso queira minha orientação direta, basta visitar meu perfil na Doctoralia. Mesmo que não precise agora, guarde esse contato. Teleconsultas são a forma mais segura e conveniente de receber uma segunda opinião de forma rápida, humana e eficaz.
O eletroencefalograma (EEG) é um exame muito sensível, que registra a atividade elétrica do cérebro em tempo real. Mas ele não é um exame "fechado", que só mostra se algo está ou não presente, como acontece com um teste de gravidez, por exemplo. O EEG precisa ser interpretado com base no comportamento do paciente, nos estímulos que ele recebe, no momento clínico, na história prévia e em possíveis gatilhos.
Assistir a vídeos no celular durante o EEG pode sim interferir na interpretação, mas não da maneira que talvez você imagine. O que acontece é que a atenção concentrada na tela, os movimentos oculares, as reações emocionais ao conteúdo e até a luminosidade do celular podem gerar artefatos — ou seja, "ruídos" no traçado elétrico — que dificultam ou mascaram a leitura do que é realmente atividade cerebral espontânea.
Além disso, em certos tipos de epilepsia, como as crises de ausência, por exemplo, os estímulos visuais rápidos e alternantes (como imagens em movimento ou luzes de vídeos) podem tanto induzir uma crise quanto bloqueá-la momentaneamente, o que pode interferir no registro adequado durante o exame.
Ou seja, não é que o EEG esteja "errado", mas ele pode não captar uma alteração esperada se o paciente está muito estimulado, agitado, ou distraído de forma intensa no momento do exame.
Por isso, durante o EEG, o ideal é que a criança ou adulto esteja em estado de repouso, com os olhos fechados quando orientado, permitindo que o cérebro entre em padrões naturais de vigília, sonolência e relaxamento — momentos nos quais certas alterações aparecem com mais nitidez. Se o exame for feito com estímulo contínuo e não controlado, como o uso do celular, a chance de o exame vir “normal” mesmo em alguém com epilepsia existe — o que pode atrasar o diagnóstico.
Se isso aconteceu com seu filho, e ele usou o celular durante parte ou todo o exame, vale conversar com o médico que solicitou o EEG. Dependendo do caso, um novo EEG em condições mais controladas, ou até um EEG com privação de sono, pode ser indicado para melhorar a sensibilidade diagnóstica.
Na Telemedicina, consigo orientar melhor sobre quando repetir o exame, como preparar a criança e que tipo de EEG pode oferecer maior chance de acerto. E tudo isso com segurança, sem expor sua família a ambientes hospitalares, ainda mais em tempos de COVID-19, Monkeypox, gripe aviária e outros riscos invisíveis. A Telemedicina protege, economiza tempo e é uma das maiores revoluções da saúde na era digital.
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Durante o eletroencefalograma (EEG), é ideal que a criança esteja o mais tranquila e relaxada possível, pois estímulos externos como assistir ao celular, luzes piscando ou sons intensos podem sim interferir na qualidade do exame. Isso não significa que o resultado será "errado", mas pode dificultar a interpretação dos padrões cerebrais, especialmente se estiver havendo muita atividade visual ou movimento.
Em alguns casos, o médico pode até permitir o uso de vídeos calmos para ajudar a criança a cooperar, mas isso deve ser orientado pela equipe que faz o exame. Se houver dúvida sobre a qualidade do EEG por causa disso, o neurologista pode solicitar uma repetição ou até um exame mais prolongado
Em alguns casos, o médico pode até permitir o uso de vídeos calmos para ajudar a criança a cooperar, mas isso deve ser orientado pela equipe que faz o exame. Se houver dúvida sobre a qualidade do EEG por causa disso, o neurologista pode solicitar uma repetição ou até um exame mais prolongado
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