Uma dúvida referente á abordagem TCC (relevem, obviamente sou leigo) tenho 22 anos, devo levar para

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Uma dúvida referente á abordagem TCC (relevem, obviamente sou leigo) tenho 22 anos, devo levar para a terapia algo que ouvi na minha infância (negativo) marcante, porém ao lembrar não sinto dor, nem nenhum tipo de ressentimento, mas que nunca esqueci e reflito as vezes e penso que isso possa ter algum impacto em circunstâncias na vida adulta?
 Gisele Gomes Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
Cascavel
Olá, trabalho com a psicanálise, e na nossa escuta não importa apenas o que dói, mas também o que insiste, o que retorna, o que marcou ,mesmo sem causar sofrimento aparente. Se essa lembrança ainda te atravessa de alguma forma, vale sim trazê-la para o processo. Te convido a explorar isso em análise; pode ser um ponto importante na construção do seu caminho.

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Olá bom dia! Sou Katia Rosane, Psicólóga e Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, espero poder te ajudar em suas dúvidas e também caso tenha interesse em atendimento, estou aqui.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Influência de Memórias da Infância na Vida Adulta
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem psicoterapêutica que se concentra em como nossos pensamentos, crenças e atitudes influenciam nossos sentimentos e comportamentos. Embora a TCC seja frequentemente focada no presente, ela também reconhece a importância das experiências passadas, especialmente as da infância, no desenvolvimento de padrões de pensamento e comportamento que podem persistir na vida adulta.

Experiências negativas na infância, como traumas, negligência, abuso emocional ou mesmo eventos menos extremos, mas significativos, podem moldar a maneira como uma pessoa se vê, vê o mundo e se relaciona com os outros.


Mesmo que uma memória da infância não evoque dor emocional imediata, ela ainda pode ter um impacto significativo em sua vida adulta. Se você suspeita que certas memórias podem estar influenciando suas circunstâncias atuais, pode ser útil discuti-las com um terapeuta de TCC. A terapia pode ajudá-lo a entender essas conexões, reestruturar pensamentos negativos e desenvolver estratégias mais adaptativas para lidar com os desafios da vida.

 Jessica Pessoa Firme
Psicólogo
São Paulo
Se isso passa em sua mente é porque de alguma forma este acontecimento reflete em você, embora não seja ponto principal da TCC trabalhar sobre a infância é importante que leve para seu nucleo terapêutico para que seja refletido sobre.
Olá, tudo bem?

Essa é uma pergunta muito válida, e fico feliz que você tenha trazido essa reflexão. Na Terapia Cognitivo-Comportamental, consideramos importante olhar para experiências marcantes, mesmo que, ao relembrá-las, você não sinta dor emocional evidente. Isso porque eventos passados, especialmente os da infância, podem ter influenciado na formação de pensamentos automáticos, crenças centrais ou padrões de comportamento que ainda se manifestam na vida adulta — mesmo que de forma sutil.

Podemos, juntos, explorar esse acontecimento com cuidado e curiosidade, para entender se ele pode ter deixado alguma marca na forma como você vê a si mesmo, os outros ou o mundo. O objetivo não é “reviver” a dor, mas compreender se há alguma ligação que mereça nossa atenção no processo terapêutico.

Espero ter ajudado
 Cirano Araújo
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Olá, como tem passado?
Claro, leve para sua terapia isso, nem tudo que deve ser levado a uma terapia é somente, angústia, dor, incômodo e sintoma. Às vezes esses elementos que nos lembramos constituem nossas próprias vidas, decisões, personalidades, subjetividade e podem sim ser falados, pensados e elaborados para uma outra coisa. Talvez seja só uma memória, bem como um ponto marcante que desperte outros pensamentos.
Espero ter ajudado, fico à disposição.
Essa é, de fato, uma dúvida muito pertinente. Muitos eventos marcantes da infância ou adolescência, mesmo quando não parecem causar sofrimento direto, podem sim influenciar nossas escolhas, percepções e formas de se relacionar na vida adulta.

Se esse episódio volta de tempos em tempos aos seus pensamentos, ainda que sem dor ou ressentimento aparente, é um sinal de que ele pode estar, de alguma forma, ativo na sua forma de ver a si mesmo ou o mundo. Isso por si só já torna válido e importante trazer essa experiência para a terapia.

Na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), essas memórias são acolhidas com seriedade e, quando pertinente, investigamos os significados que você construiu a partir delas. Com o apoio profissional, é possível elaborar essas vivências e fazer os “fechamentos” que talvez ainda estejam pendentes — mesmo que de forma sutil ou silenciosa.

E sim, procurar terapia não é apenas para momentos de crise ou diagnóstico — embora muitas pessoas busquem justamente nesses contextos. A terapia funciona também para além da existência de sofrimento evidente, como nos casos de autoconhecimento ou para compreender melhor episódios como esse, que seguem retornando ao longo do tempo.

Você não precisa esperar que algo desande ou que o sofrimento se instale para cuidar de si. Se essa lembrança tem chamado sua atenção, talvez esse já seja um bom motivo para iniciar um processo terapêutico. Caso queira, estou à disposição para te acompanhar nesse percurso com ética, seriedade e escuta qualificada.
As situações de forte carga emocional na infância afetam muito a vida adulta, seja de um lado positivo onde a criança se sentiu amada, cuidada, etc., seja de um alado negativo, onde a criança se sentiu abandonada, desprotegida, sem valor, etc. Não existe infância perfeita, mas algumas situações ruins na infância podem desenvolver vários problemas na vida adulta, inclusive os chamados transtornos de personalidade. Uma boa terapia vai trabalhar o que está sendo relevante para a pessoa naquele momento.
Olá! Com certeza, todas as suas preocupações, pensamentos, lembranças, devem ser levados para a psicoterapia, seja ela de qual abordagem for.
O ideal é ter confiança no seu terapeuta e levar a ele tudo que considera importante.
Olá! Sim... mesmo na TCC, as informações de sua história são importantes, principalmente por ter sido marcante e não ter esquecido. Você e psicólogo irão avaliar se faz algum sentido ou se impactou em sua vida no presente.
Olá,
- Existem diversos campos dentro das TCC, e sim, tudo que você aprendeu na sua vida, mesmo que não tenha nenhuma emoção evidentemente conectada, reflete no seu momento atual.
- Caso queira nos mandar mais detalhes, ficarei feliz em responder.
Abraços
Sim, sem dúvida! A terapia é o lugar onde os sentimentos que pulsam devem ser elaborados!
Converse com sua terapeuta. É esperado que ela tenha sensibilidade para acolher essa questão.
Com certeza! Se você já está em acompanhamento com um psicólogo que atua na TCC, sem dúvida você deve levar, simplesmente porque é importante para você, logo, isso é importante para o processo terapêutico. Se você não faz nenhum acompanhamento psicológico, mas está pensando, agende sua consulta e compartilhe esse evento marcante da mesma forma. Entendo sua pergunta, pois a TCC é conhecida por trabalhar mais no "aqui e agora", porém, seu passado é importante e se você se pega pensando nele, pode ser que tenha alguma ponta solta e você quer entender melhor.
Ola,boa tarde
Caso tenha interesse, podemos agendar uma conversa on-line, sem compromisso para que eu consiga entender melhor sua demanda.
Fico a disposiçao.
Olá!
Embora não sinta dor ou ressentimento ao lembrar dessa experiência da infância, é possível que eventos marcantes, mesmo que não dolorosos de imediato, possam influenciar certos padrões de pensamento ou comportamento na vida adulta.
Na TCC, o foco é entender como nossos pensamentos e experiências passadas (como esse evento da infância) podem moldar nossas crenças e reações hoje. Mesmo que você não sinta dor ao lembrar do evento, ele pode influenciar sua forma de enxergar certas situações ou até como você lida com certos sentimentos ou interações.
Seria válido levar essa reflexão para a sua terapia, com certeza o(a) psicólogo(a) pode ajudá-lo(a) a explorar isso de forma mais profunda, se necessário.
 Léa Michaan
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Leve para terapia tudo que ocupa a sua mente porque, se está ocupando a mente, está represando a sua energia e você não consegue fluir plenamente e criativamente na vida.
Costumo pedir para meus pacientes pensarem em voz alta, sem filtrar o que vão dizer, porque em sessão de terapia não existe julgamento moral e é um espaço seguro e protegido em que o paciente não se expõe. Se puder falar tudo, o terapeuta poderá auxiliar o seu paciente ao máximo!
Um abraço,
Lea
Olá, o fato de não sentir dor, ou incômodo ao lembrar não significa não esta presente, ou que está tudo bem resolvido, no entanto, que você menciona que "nunca esqueceu", e que foi algo negativo, está muito mais presente do que possa imaginar, podendo afetar áreas da sua vida. Converse sim com seu terapeuta sobre isso, desenvolva melhor até sentir que de fato não há mais nada nessa caixinha, ou que, continua ai mas com outro sentido, com uma nova maneira de ressignificar.
Espero ter ajudado!
 Elias Alves
Psicólogo
Porto Alegre
É compreensível que você se pergunte sobre a relevância das memórias negativas da infância, mesmo quando, ao relembrá-las, a dor parece ausente. Algumas vezes, o que chamamos de "modo protetor desligado" pode ser uma estratégia que o seu cérebro adotou para evitar o desconforto e a vulnerabilidade emocional. Esse mecanismo pode ter feito com que você se proteja inconscientemente, impedindo a conexão plena com certas emoções que, se sentidas intensamente, poderiam ser avassaladoras.

No contexto da Terapia Cognitivo-Comportamental e da Terapia dos Esquemas, mesmo que essas recordações não tragam dor evidente hoje, elas podem ainda influenciar suas crenças e comportamentos. Levar esse material para a terapia pode ajudar você a explorar se, de alguma forma, essa proteção está afetando suas reações atuais e suas relações. Conversar sobre essas lembranças com um terapeuta pode ser uma oportunidade para redescobrir aspectos emocionais que ficaram “desligados” e, assim, desenvolver maior conexão consigo mesmo e um senso mais real de segurança interior.

Além disso, vale considerar que compreender e integrar essas experiências — mesmo aquelas que você não sente dor no momento — pode trazer benefícios a longo prazo, ajudando a ajustar padrões de pensamento e comportamentos que, sem perceber, podem estar te limitando.
Sim, experiências marcantes da infância (mesmo aquelas que hoje não causam dor aparente) podem influenciar nossos pensamentos automáticos, crenças centrais e padrões de comportamento na vida adulta. O fato de você não sentir dor ao lembrar não significa que o impacto deixou de existir — às vezes ele se manifesta de forma indireta, como em:
Autoexigência excessiva
Medo de falhar
Dificuldade em se posicionar
Problemas de autoestima
Medo de rejeição. A TCC se concentra no presente, mas considera o passado importante para entender de onde vêm certos pensamentos disfuncionais ou crenças nucleares, como por exemplo:
“Eu preciso ser perfeito para ser aceito” ou “Minha opinião não importa”.
Então, sim, leve isso para a terapia, mesmo que pareça “tranquilo”. Um bom terapeuta vai te ajudar a explorar se esse evento moldou, mesmo sutilmente, a forma como você se relaciona com o mundo hoje. grata

 Lisiane Hadlich Machado
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Na abordagem da psicanalise seria relevante, por isso chama-se de psicologia profunda. Na TCC vai depender da avaliação do profissional e provavelmente abordado de forma diferente. Se você ja esta em terapia sugiro que converse com seu psicólogo. E se isso persistir sugiro pensar em mudar de abordagem ou profissional.
Sua dúvida é muito válida e mostra um olhar atento sobre si mesmo — na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), experiências marcantes da infância, mesmo sem causar dor aparente hoje, podem influenciar padrões de pensamento, autoestima e escolhas atuais. Como psicólogo posso te ajudar a explorar com segurança o possível impacto dessa lembrança, avaliando se ela moldou crenças centrais que seguem ativos na vida adulta, mesmo de forma sutil. Levar esse tema à terapia pode abrir caminhos importantes de autoconhecimento e transformação.
Na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o foco principal está nos pensamentos, emoções e comportamentos atuais, mas isso não significa que memórias da infância não tenham relevância. Mesmo que você não sinta dor ou ressentimento ao lembrar de algo marcante, o fato de essa lembrança permanecer e gerar reflexões pode indicar que ela tem algum impacto na sua forma de interpretar o mundo ou reagir a certas situações.
A TCC pode ajudar a identificar padrões de pensamento que surgiram a partir dessas experiências e avaliar se eles influenciam sua vida adulta de maneira positiva ou negativa. Às vezes, crenças formadas na infância podem afetar a autoestima, a forma como lidamos com desafios ou até mesmo nossos relacionamentos. Se essa lembrança aparece com frequência e te faz refletir sobre seu comportamento, pode ser interessante trazê-la para a terapia e explorar como ela se conecta com sua vida atual.
Espero ter ajudado.
Sim, vale levar para a terapia, especialmente na abordagem TCC.

Mesmo que você não sinta dor ao lembrar, algo que foi marcante na infância pode ter influenciado crenças ou padrões de comportamento que atuam até hoje — muitas vezes de forma sutil ou automática.

Na TCC, o foco é entender como esses pensamentos influenciam sua vida atual, então refletir sobre isso com o terapeuta pode ajudar a identificar e modificar possíveis impactos invisíveis. Leve sim.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? Que bom ver você explorando essas perguntas com curiosidade e abertura — isso, por si só, já mostra um movimento importante em direção ao autoconhecimento. E não se preocupe com o termo “leigo”; na verdade, essa dúvida tem uma profundidade que muitos pacientes só alcançam depois de bastante tempo de reflexão.

Na terapia, especialmente dentro da abordagem que integra conhecimentos da Terapia Cognitivo-Comportamental com outras vertentes que consideram as emoções e os esquemas de funcionamento, memórias da infância ganham espaço não apenas quando doem, mas quando continuam “vivas” de algum modo. O fato de você não sentir dor ou ressentimento não invalida o impacto. Às vezes, o efeito não aparece como sofrimento direto, mas se manifesta em formas sutis: padrões de pensamento, formas de se relacionar, autocobrança, medo de julgamento ou até na dificuldade de se permitir errar.

Do ponto de vista da neurociência, memórias emocionalmente significativas — mesmo que não estejam carregadas de dor consciente — podem ter deixado registros nos circuitos cerebrais que influenciam sua forma de perceber o mundo, de reagir a certas situações e de se posicionar diante de si mesmo e dos outros. É como se o cérebro tivesse aprendido algo naquele momento e, mesmo que o sentimento não esteja mais presente, a lição continuasse ativa, influenciando decisões e interpretações atuais.

Você já se perguntou por que essa memória específica ficou registrada, enquanto tantas outras se apagaram? Que parte de você se sentiu tocada naquele momento, ainda que silenciosamente? Será que esse episódio diz algo sobre o modo como você aprendeu a se proteger ou a buscar aceitação?

Levar esse conteúdo para a terapia pode ser extremamente valioso. Não por ser um problema a ser resolvido, mas por ser uma peça que talvez ajude a montar o quebra-cabeça de como você se formou e como pode escolher se reinventar agora, aos 22 anos.

Caso sinta que esse é o momento de olhar com mais profundidade para isso, estou à disposição para te acompanhar nesse processo. Caso precise, estou à disposição.
Nem sempre uma situação relevante em sua infância pode vir a gerar um trauma. Entendo que é realmente o que culturalmente seguimos, né? "Vou trazer uma situação muito relevante em minha infância, falo na terapia e isso se revela como uma grande dor", mas digo que não necessariamente isso é realmente preciso lidar. Será preciso observar se há alguma mudança em seu dia-a-dia, forma de pensar ou de interpretar situações. Se você ou seu terapeuta não observarem nenhuma mudança, não há necessidade de haver uma intervenção por mais que seja algo que você não esquece. Não esquecer do que aconteceu é bom, te faz melhor preparado para lidar com situações de sua vida que sejam semelhantes.

Nem todo mundo precisa de psicoterapia e está tudo bem. Basta que você seja feliz e mantenha uma vida funcional para afastar qualquer psicólogo para sua vida.

Se você tiver dúvida se precisa de terapia ou não, procure um psicólogo ético, faça uma avaliação e veja se irá precisar tratar desta questão ou não.

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