Polissonografia

A polissonografia é usada principalmente para ajudar no diagnóstico de distúrbios do sono. Problemas de sono podem ser causados por vários fatores físicos e psicológicos, e a polissonografia ajuda a identificar as causas exatas. Essencialmente, é uma ferramenta para entender por que alguém pode estar tendo problemas para dormir, ficar acordado ou se comportar de maneira incomum durante o sono.

Por exemplo, uma pessoa pode ser encaminhada para a polissonografia se roncar alto, tiver sonolência excessiva durante o dia ou episódios de parada respiratória durante o sono - todos sinais de apneia do sono. Também pode ser indicada para uma pessoa com suspeita de distúrbio de movimento como a síndrome das pernas inquietas, que pode causar despertares repetidos durante a noite. Ainda é usada para diagnosticar distúrbios associados ao sono REM, onde ocorrem os sonhos.

Além disso, a polissonografia é frequentemente usada antes de iniciar o tratamento para certos distúrbios do sono. Isso ajuda a avaliar a resposta aos tratamentos e pode orientar ajustes na terapia. Também pode ser usada na avaliação de pacientes que trabalham no turno da noite, pilotos e outros profissionais que precisam manter um alto nível de alerta.

A polissonografia é um teste não invasivo e indolor que geralmente envolve passar uma noite em um laboratório do sono. Um técnico treinado coloca sensores (também conhecidos como eletrodos) no couro cabeludo, têmporas, peito e pernas do paciente usando um adesivo suave, como pasta ou gel. Esses sensores são conectados por fios a um computador e registram suas ondas cerebrais, ritmo cardíaco e movimentos oculares e corporais.

Além desses sensores, um pequeno clipe é colocado no seu dedo ou orelha para monitorar o nível de oxigênio no sangue. Cintas ao redor do peito e do estômago medem sua respiração. Um pequeno microfone grava o ronco e quaisquer outros ruídos que o paciente possa fazer durante o sono. E uma câmera grava seus movimentos durante a noite.

Ao longo da noite, o técnico monitora sono do paciente em uma sala separada. O objetivo é registrar um ciclo completo de sono noturno, incluindo todos os estágios, desde o sono leve até o sono profundo e o sono REM. Os dados coletados são então analisados por um especialista em sono para identificar quaisquer anormalidades ou interrupções no ciclo de sono do paciente.

A polissonografia geralmente dura pelo tempo de uma noite padrão de sono, que é de 7 a 9 horas, aproximadamente. É essencial capturar todos os estágios do sono, incluindo o sono de movimentos rápidos dos olhos (REM), que geralmente ocorre em intervalos ao longo da noite, sendo também o período em que a maioria dos sonhos ocorre.

O teste geralmente começa à noite, perto da sua hora de dormir típica. Isso é para garantir que o teste não interfira muito no seu horário regular de sono. Você será solicitado a chegar ao centro de sono algumas horas antes do seu horário de dormir habitual para permitir tempo suficiente para a configuração do equipamento.

Vale ressaltar que, se você estiver passando por uma polissonografia para diagnosticar narcolepsia, pode ser solicitado que permaneça para um Teste de Latência Múltipla do Sono (TLMS) no dia seguinte. Isso envolve tirar cochilos curtos e programados para medir o quão rapidamente você adormece.

Interpretar os resultados de uma polissonografia requer conhecimento especializado e é geralmente feito por um especialista em sono. O teste registra várias funções corporais durante o sono, incluindo ondas cerebrais, movimentos oculares, ritmo cardíaco, padrões de respiração e níveis de oxigênio no sangue. Esses dados são então analisados para determinar a qualidade do seu sono e identificar quaisquer interrupções.

O especialista em sono examinará os dados para ver o quão rapidamente você adormece, com que frequência acorda durante a noite e por quanto tempo esses despertares duram. Eles também procurarão padrões incomuns em suas ondas cerebrais ou respiração, sinais de distúrbios do sono, como apneia do sono ou síndrome das pernas inquietas.

Além de identificar distúrbios específicos do sono, os resultados de uma polissonografia também podem fornecer informações valiosas sobre seus hábitos e padrões de sono, o que pode ajudá-lo a fazer alterações para melhorar a qualidade do seu sono.

Actigrafia e polissonografia são dois métodos diferentes usados para estudar o sono, mas oferecem diferentes níveis de informação. A actigrafia envolve o uso de um dispositivo, semelhante a um relógio, que mede movimento e exposição à luz. Pode fornecer informações sobre padrões de sono ao longo de períodos mais longos e é particularmente útil para diagnosticar distúrbios do ritmo circadiano.

A polissonografia, por outro lado, é um estudo do sono mais detalhado. Mede não apenas padrões de sono e vigília, mas também várias funções fisiológicas durante o sono, incluindo ondas cerebrais, movimentos oculares, ritmo cardíaco e respiração. Pode identificar estágios específicos do sono e diagnosticar uma ampla variedade de distúrbios do sono.

Em essência, enquanto a actigrafia fornece uma visão mais ampla e geral dos padrões de sono, a polissonografia oferece uma visão mais aprofundada e detalhada do sono. A escolha entre os dois muitas vezes depende dos problemas específicos de sono que estão sendo investigados.

Sim, a polissonografia pode ser feita em casa. O teste de apneia do sono domiciliar é uma versão simplificada da polissonografia que pode ser feita na sua própria cama. Este teste geralmente mede a respiração, a frequência cardíaca e os níveis de oxigênio. É frequentemente usado quando se suspeita de apneia obstrutiva do sono.

Embora o teste de apneia do sono domiciliar seja mais conveniente e econômico do que um estudo do sono em laboratório, ele não fornece tantas informações. É importante observar que nem todos os distúrbios do sono podem ser detectados com um teste de sono feito em casa. Se o seu especialista suspeitar de um distúrbio do sono complexo, ele poderá recomendar uma polissonografia em laboratório.

A polissonografia pode detectar uma ampla gama de distúrbios do sono. Estes incluem:

• Apneia do sono: um distúrbio potencialmente sério do sono em que a respiração para e recomeça repetidamente.
• Distúrbio periódico do movimento dos membros: uma condição caracterizada por movimentos repetitivos dos membros durante o sono.
• Narcolepsia: um distúrbio crônico do sono que causa sonolência avassaladora durante o dia e ataques súbitos de sono.
• Distúrbio do comportamento do sono REM: um distúrbio do sono em que você age fisicamente em sonhos vívidos, frequentemente desagradáveis, com sons vocais e movimentos bruscos, frequentemente violentos, dos braços e pernas durante o sono REM.
• Insônia: um distúrbio do sono caracterizado por dificuldade em adormecer e/ou manter o sono.

Ao monitorar seu sono, a polissonografia pode fornecer informações valiosas para ajudar seu médico a diagnosticar esses e outros distúrbios do sono e planejar seu tratamento.

A polissonografia é um procedimento não invasivo e indolor e geralmente é muito segura. Não há riscos conhecidos associados ao teste em si. No entanto, algumas pessoas podem sentir desconforto leve ou irritação na pele causada pelos sensores, ou podem achar difícil dormir em um ambiente diferente.

O maior risco associado à polissonografia é a possibilidade de um distúrbio do sono não ser diagnosticado se o teste não for realizado corretamente ou os resultados não forem interpretados com precisão. Por isso, é essencial fazer o teste com profissionais qualificados e interpretá-lo com a ajuda de um especialista em medicina do sono.

A preparação para uma polissonografia é relativamente simples. Você será solicitado a seguir sua rotina regular o máximo possível no dia do teste. Isso inclui fazer refeições normais e evitar cochilos. Também pode ser solicitado que evite cafeína e álcool, pois podem afetar seu sono.

É recomendável trazer roupas de dormir confortáveis e quaisquer itens que você possa precisar para sua rotina usual antes de dormir, como um livro ou sua escova de dentes. Se você tiver um travesseiro preferido ou precisar de um tipo especial de colchão por razões de saúde, deve discutir isso com o centro de estudo do sono antecipadamente.