Prof. Thiago Ribeiro

Que pergunta interessante a sua! Na verdade, você não está sozinha. Nossa vida é cheia de altos e baixos, de atração e repulsa, de amores e desamores. E, veja só, isto faz parte da nossa condição humana. Não se trata de uma doença ou patologia a ser tratada, mas de um processo a ser entendido e manejado. Algumas pessoas sentem-se culpadas, outras desconsideram estas emoções, negando e fazendo de conta que elas não existem. Esta culpa ou esta negação, porém se transforma em irritação, insônia, ficar "de saco cheio", enrolar no trabalho para não voltar para casa...
Este momento, porém, pode ser muito interessante para, justamente, aumentar o seu autoconhecimento e, talvez, a intimidade do casal. Tudo isso pode ser trabalhado em terapia individual e de casal, mas aqui vão algumas dicas:
1. Inicie pela aceitação. Não rejeite esta parte sua que deseja. Esta "adolescente" interior que anseia pela liberdade, por aventura. Esta é uma parte saudável de você. Abrace ela com carinho e compaixão.
2. Evite a "catastrofização". A gente catastrofiza muito quando estamos em crise. A gente sente que tudo isso nunca vai passar. Mas, veja bem, você já passou por outras situações difíceis e conseguiu dar a volta por cima. Esta situação tem os seus desafios, mas as outras partes da vida estão funcionando, não é mesmo?
3. Comunique-se consigo mesma. Faça um diário das suas emoções, lembranças e sonhos. Pode ser num arquivo de computador com senha ;-). Ao estar mais conectada consigo mesma, você pode ter condições de entender melhor os seus processos emocionais. Às vezes confundimos as emoções, às vezes emoções não cuidadas nos deixam tensos e não conseguimos liberar o desejo e a espontaneidade.
Teria mais, porém já temos um "textão", não é mesmo?
Se você quiser, podemos agendar uma sessão.

Parabéns pela coragem em perguntar! Em primeiro lugar, veja só, esta questão iniciou outro dia, não foi, então observe se estes sintomas continuam ou se foram somente diante de uma situação de estresse específica (aguda) que vc estava atravessando. Daí, é importante perceber se você está constantemente vigilante em relação ao seu corpo, se várias vezes na semana você se preocupa por estar sentindo alguma coisa. Além disso, se você percebe algumas alterações tais como: dor no peito, sentir o coração batendo rápido, tonturas, necessidade de ficar andando ou se mexendo, sensação de desmaio, etc. Nestes dois casos, é importante buscar um psicólogo. É na avaliação com um psicólogo que você terá condições de compreender o que está acontecendo, se é algo relacionado a algum problema emocional ou psicológico. Se quiser mais esclarecimentos, estou a disposição. Esta é a minha especialidade ;-)