A "visão de túnel" pode levar a ações impulsivas no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
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A "visão de túnel" pode levar a ações impulsivas no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Olá, como vai? Sim, a visão de túnel pode contribuir para impulsividade em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline, pois quando a emoção toma conta, a pessoa pode enxergar apenas uma saída imediata para aliviar a dor psíquica. Esse estreitamento do pensamento reduz a capacidade de refletir antes de agir, intensificando reações impulsivas. Do ponto de vista psicanalítico, isso pode estar ligado a dificuldades na regulação emocional e na sensação de abandono. Buscar apoio em serviços como o CAPS pode oferecer acompanhamento especializado para manejar esses momentos de intensidade. Espero ter ajudado, fico à disposição!
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Oi, tudo bem?
Essa é uma pergunta muito interessante — e bem profunda. Sim, a “visão de túnel” pode, sim, contribuir para ações impulsivas em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Isso acontece porque, em momentos de forte ativação emocional, o cérebro entra em modo de sobrevivência, priorizando a reação imediata e diminuindo a capacidade de refletir sobre as consequências.
Quando alguém com TPB sente uma emoção intensa — raiva, medo de abandono, vergonha ou desespero —, o sistema nervoso ativa o que chamamos de resposta de luta, fuga ou congelamento. Nessa hora, o córtex pré-frontal (responsável pelo raciocínio, planejamento e controle dos impulsos) fica parcialmente “desconectado”, e as regiões ligadas à emoção, como a amígdala, assumem o comando. A “visão de túnel” é uma expressão física e perceptiva desse estado: o mundo parece se estreitar, o tempo acelera e as opções de ação parecem se resumir a “fazer algo agora ou perder o controle”.
Esse estreitamento da percepção não é apenas visual — é também emocional e cognitivo. A pessoa passa a enxergar a situação de forma polarizada: tudo ou nada, certo ou errado, amor ou rejeição. É nesse estado que surgem comportamentos impulsivos, como discussões intensas, decisões repentinas ou tentativas de aliviar o sofrimento de forma imediata.
Talvez valha refletir: quando você percebe que tudo parece se “fechar” — tanto na visão quanto nas emoções —, o que o seu corpo está tentando dizer? Qual sentimento está por trás dessa urgência? E se, em vez de agir de imediato, você pudesse apenas reconhecer o impulso, respirando até que o corpo voltasse a um estado mais calmo?
Com treino e acompanhamento, é possível aprender a reconhecer esse ponto de inflexão e reabrir o campo de consciência antes que o impulso se transforme em ação. A terapia — especialmente abordagens como a DBT (Terapia Comportamental Dialética) — trabalha justamente essa capacidade: perceber a emoção, validar o que sente e escolher como responder, em vez de apenas reagir.
Quando sentir que é o momento certo, a terapia pode ser um espaço seguro para desenvolver essa habilidade. Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma pergunta muito interessante — e bem profunda. Sim, a “visão de túnel” pode, sim, contribuir para ações impulsivas em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Isso acontece porque, em momentos de forte ativação emocional, o cérebro entra em modo de sobrevivência, priorizando a reação imediata e diminuindo a capacidade de refletir sobre as consequências.
Quando alguém com TPB sente uma emoção intensa — raiva, medo de abandono, vergonha ou desespero —, o sistema nervoso ativa o que chamamos de resposta de luta, fuga ou congelamento. Nessa hora, o córtex pré-frontal (responsável pelo raciocínio, planejamento e controle dos impulsos) fica parcialmente “desconectado”, e as regiões ligadas à emoção, como a amígdala, assumem o comando. A “visão de túnel” é uma expressão física e perceptiva desse estado: o mundo parece se estreitar, o tempo acelera e as opções de ação parecem se resumir a “fazer algo agora ou perder o controle”.
Esse estreitamento da percepção não é apenas visual — é também emocional e cognitivo. A pessoa passa a enxergar a situação de forma polarizada: tudo ou nada, certo ou errado, amor ou rejeição. É nesse estado que surgem comportamentos impulsivos, como discussões intensas, decisões repentinas ou tentativas de aliviar o sofrimento de forma imediata.
Talvez valha refletir: quando você percebe que tudo parece se “fechar” — tanto na visão quanto nas emoções —, o que o seu corpo está tentando dizer? Qual sentimento está por trás dessa urgência? E se, em vez de agir de imediato, você pudesse apenas reconhecer o impulso, respirando até que o corpo voltasse a um estado mais calmo?
Com treino e acompanhamento, é possível aprender a reconhecer esse ponto de inflexão e reabrir o campo de consciência antes que o impulso se transforme em ação. A terapia — especialmente abordagens como a DBT (Terapia Comportamental Dialética) — trabalha justamente essa capacidade: perceber a emoção, validar o que sente e escolher como responder, em vez de apenas reagir.
Quando sentir que é o momento certo, a terapia pode ser um espaço seguro para desenvolver essa habilidade. Caso precise, estou à disposição.
A visão de túnel no Transtorno de Personalidade Borderline pode sim favorecer ações impulsivas, porque o estado emocional intenso reduz a capacidade de considerar nuances e alternativas. Quando a pessoa fica tomada por uma sensação urgente de abandono, injustiça ou ameaça, a atenção se estreita para um único foco e o impulso aparece como uma saída imediata para aliviar o sofrimento. Nesses momentos, a mente perde parte da capacidade de simbolizar e pensar antes de agir, o que aumenta a probabilidade de comportamentos precipitados que depois podem ser vividos com culpa ou arrependimento.
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