Algum profissional sabe me dizer como funciona o diagnóstico de bipolaridade, eu trato com antidepre

O transtorno bipolar é caracterizado por oscilações do humor entre polos opostos: depressão profunda e episódios de euforia/agitação. Não é simplesmente tristeza – são mudanças neurobiológicas reais envolvendo desequilíbrio de neurotransmissores (serotonina, noradrenalina, dopamina) e alterações no funcionamento cerebral.

Seu quadro sugere padrão bipolar:

Depressão persistente (mesmo com antidepressivo)
Sensação de desconexão/despersonalização
Mente acelerada (fuga de ideias)
Alternância para agitação/euforia
O antidepressivo isolado pode estar provocando o ciclo: em bipolares, ISRS/SNRI podem induzir ou intensificar fases maníacas/hipomaníacas. Isso é bem documentado na literatura.
Comunicar ao psiquiatra essas flutuações – é informação crítica para ajuste terapêutico
Em consulta com seu médico fazer avaliação da possibilidade de usar estabilizador de humor (lítio, valproato, lamotrigina...) geralmente antidepressivo isolado é insuficiente
Rastrear padrão de ciclos: duração, intensidade, gatilhos – ajuda na confirmação diagnóstica

O diagnóstico de transtorno bipolar não se baseia apenas em tristeza ou ansiedade, mas em oscilações marcantes de humor, com episódios de depressão e fases de elevação, que podem ser euforia, agitação intensa, aceleração mental ou irritabilidade fora do habitual.
Quando alguém nota que, mesmo tratando a depressão com antidepressivos, não há melhora, ou ainda, há agitação, Isso levanta a possibilidade de um quadro do espectro bipolar.
O diagnóstico é clínico, realizado por psiquiatra, avaliando:
1. Histórico detalhado dos episódios,
2. Intensidade,
3. Duração,
4. Impacto na vida,
5. Reações a medicamentos.
Se houver suspeita, é essencial revisar o tratamento, porque antidepressivos isolados podem não ser a melhor escolha nesses casos. Estabilizadores de humor são, muitas vezes, o eixo do tratamento.

O diagnóstico de bipolaridade não é feito apenas pelo relato de um sintoma ou por uma lista de sinais. Ele depende de uma avaliação clínica completa, levando em conta o conjunto da sua história, como os sintomas começaram, como evoluem, quais fatores influenciam e como você reage às medicações.

Quando alguém melhora em alguns aspectos, mas continua com sofrimento importante — como depressão persistente, sensação de aceleração mental ou períodos de agitação — isso indica que vale a pena rever o tratamento e entender melhor o que está acontecendo. Existem diferentes motivos possíveis para esse padrão, e cada um exige uma abordagem específica.

Por isso, o mais adequado é conversar com um psiquiatra em consulta, para analisar o quadro com calma e definir o caminho certo.
Se desejar, estou à disposição para uma avaliação individualizada.