Boa tarde. estou tomando Escitalopram a 20 dias. me sinto mais tranquila, mas a ansiedade para comer
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Boa tarde. estou tomando Escitalopram a 20 dias. me sinto mais tranquila, mas a ansiedade para comer continua. não deveria diminuir, ja que o remedio é para ansiedade?
Você está usando a medicação há pouco tempo, ela ainda não está agindo totalmente, então seus sintomas ansiosos ainda podem melhorar mais. Não dividimos ansiedade em categorias, como “para comer”, “para sair”, “para falar em público”, então converse com o seu psiquiatra na reavaliação para que ele possa avaliar melhor a sua queixa, que parece estar ligada a uma questão alimentar. Espero ter ajudado. Um abraço.
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Quando comida é usada como uma forma de aliviar a ansiedade o excesso alimentar costuma melhorar com o alívio da ansiedade. No entanto, a compulsão alimentar não é um sintoma necessariamente relacionado à ansiedade, podendo ter outras causas que precisam ser tratadas concomitantemente, tanto através de associação de outros medicamentos quanto através de psicoterapia ou reeducação alimentar, dependendo de cada caso. Os transtornos alimentares, embora também possam ocorrer em associação (comorbidade) com os transtornos de ansiedade, são transtornos à parte que precisam ser diagnosticados e tratados especificamente de acordo com as particularidades de cada paciente. Alguns antidepressivos, como é o caso do escitalopram, utilizados tanto no tratamento das depressões quanto dos transtornos de ansiedade, não raramente podem ter o aumento do apetite e ganho de peso como efeito colateral. Quando isso ocorre pode ser necessário considerar o uso de um antidepressivo de outra classe. Você está no início do tratamento, de modo que, certamente, seu médico ainda não pode aquilatar amplamente como seu organismo reage ao medicamento e fazer os possíveis ajustes que possam se fazer necessários ao longo do tempo. É preciso ter um pouco de paciência para aguardar e avaliar os resultados. O caminho é conversar com seu médico para avaliar qual é o seu caso especificamente para ver qual a melhor conduta a ser adotada no seguimento.
A princípio precisamos definir o porquê desta ansiedade para comer. Em geral se o apetite aumentado é secundário à ansiedade, ele tende a normalizar com a medicação, salvo no uso de antidepressivos que podem aumentar o apetite, como mirtazapina e amitriptilina.
Se você tratou a ansiedade e isso persiste, é necessário aprofundar a investigação. É simplesmente um apetite aumentado, comendo diversas vezes durante o dia, ou é um comer compulsivo?
O comer compulsivo, por exemplo, é definido por episódios nos quais você ingere uma quantidade de alimento muito maior do que a maioria das pessoas consumiria, num curto período de tempo, com a sensação de falta de controle sobre o que você está ingerindo. Neste caso, pode ser um diagnóstico à parte (Transtorno de compulsão alimentar), cujo tratamento principal não é com antidepressivos, mas com o Venvanse - uma anfetamina tradicionalmente usada para TDAH.
Finalmente, eu nunca oriento meus pacientes a apostarem todas suas fichas na medicação. Embora elas sejam efetivas, você precisa se capacitar de outras formas a lidar com o transtorno e seus sintomas. A terapia cognitiva comportamental (TCC), por exemplo, tem efeitos extremamente positivos e muitos pacientes conseguem o controle do transtorno sem necessariamente necessitar de medicação. Nesta linha, indico o livro "Pense Magro: A dieta definitiva de Beck". Este livro ensina técnicas de terapia cognitiva comportamental aplicadas aos seus hábitos alimentares, e foi escrito por Judith S. Beck, filha de Aaron Beck, um dos desenvolvedores da terapia cognitiva comportamental. O livro não substitui as sessões de TCC com um terapeuta treinado, mas pode auxiliar.
Se você tratou a ansiedade e isso persiste, é necessário aprofundar a investigação. É simplesmente um apetite aumentado, comendo diversas vezes durante o dia, ou é um comer compulsivo?
O comer compulsivo, por exemplo, é definido por episódios nos quais você ingere uma quantidade de alimento muito maior do que a maioria das pessoas consumiria, num curto período de tempo, com a sensação de falta de controle sobre o que você está ingerindo. Neste caso, pode ser um diagnóstico à parte (Transtorno de compulsão alimentar), cujo tratamento principal não é com antidepressivos, mas com o Venvanse - uma anfetamina tradicionalmente usada para TDAH.
Finalmente, eu nunca oriento meus pacientes a apostarem todas suas fichas na medicação. Embora elas sejam efetivas, você precisa se capacitar de outras formas a lidar com o transtorno e seus sintomas. A terapia cognitiva comportamental (TCC), por exemplo, tem efeitos extremamente positivos e muitos pacientes conseguem o controle do transtorno sem necessariamente necessitar de medicação. Nesta linha, indico o livro "Pense Magro: A dieta definitiva de Beck". Este livro ensina técnicas de terapia cognitiva comportamental aplicadas aos seus hábitos alimentares, e foi escrito por Judith S. Beck, filha de Aaron Beck, um dos desenvolvedores da terapia cognitiva comportamental. O livro não substitui as sessões de TCC com um terapeuta treinado, mas pode auxiliar.
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