Comecei um namoro a poucas semanas. Sabia desde o inicio que ela tinha um filho, no entanto, não era

10 respostas
Comecei um namoro a poucas semanas. Sabia desde o inicio que ela tinha um filho, no entanto, não era um problema pra mim. Quando percebi que estava apaixonado e que iria pedi-la em namoro, um diabinho na minha cabeça fez procurar fotos dela com o ex. E achei. Aniversário, eventos escolares do filho, etc. Foi como se algo me mordesse, virou um pensamento obsessivo, as vezes insuportável. Falei com ela, aliviou um pouco. Quero pensar positivo: que é por que ainda não conheço a família, o filho, ou seja, que ainda não faço parte concretamente da vida dela, e que portanto minha cabeça trabalha livre, fantasiando.Mas tenho medo de não passar e, no desespero, jogar tudo isso fora.
No Início de um relacionamentos, é normal sermos visitados por uma sensação de insegurança diante de algo novo que mexe como nosso emocional. No entanto, é importante lidar de forma sábia para não ser capturado por esses sentimentos que são governados pela insegurança, entrar no campo da fantasia e começar a imaginar coisas que possa nem vir a existir. Conversar com a pessoa que está se relacionando é um passo muito importante e pode sim te ajudar, mas é também muito importante buscar se fortalecer internamente, algo dentro de você para se sentir seguro, uma sugestão que, talvez te auxilia é focar no autocuidado, encontrar e se conectar com seu valor, aquilo que fez com que a pessoa se interessasse por você, relembrar do que a levou querer estar com você e não mais com o pai do filho. Penso que a segurança tem raízes mais profunda quando não está ancorado no posicionamento do outro e sim em caminhos que lhe possibilite se sentir seguro com quem vc é.

Tire todas as dúvidas durante a consulta online

Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.

Mostrar especialistas Como funciona?
Olá, como vai?
É muito importante normalizar que novos companheiros amorosos têm um passado, com fotos, vídeos, lugares, momentos e outras coisas assim como você também teve. Aceitar o passado da companheira parece muito difícil, mas é fácil, pois está no passado.
Procure por psicoterapia para aprender a lidar com suas emoções e ter relacionamentos saudáveis. Espero ter ajudado. Fico à disposição.
Olá, boa tarde.

Esse tipo de pensamento pode gerar realmente muito sofrimento. Uma pena que esteja com esse tipo de situação. Acredito que conversar com sua namorada a respeito disso possa te ajudar (como já o ajudou anteriormente). Manter o diálogo sobre nossas preocupações, inseguranças e ansiedades é bacana para deixar essas emoções mais controladas.

Outro ponto que julgo ser importante é de você avaliar no que exatamente essas imagens te fazem raciocinar. O que quero dizer com um exemplo: ao ver minha namorada com o ex dela, penso de que ela pode se cansar de mim e voltar com ele. Compreender esses pensamentos automáticos irá te ajudar a compreender melhor a origem do sofrimento e o que exatamente precisa fazer para lidar com ele.

Caso seja uma tarefa difícil para você, recomendo que procure um psicólogo que trabalhe com pensamentos. Minha abordagem teórica, TCC (Terapia Cognitiva-Comportamental) é muito boa para esse intuito.

Espero ter ajudado, grande abraço.
Olá, tudo bem?

O que você está descrevendo é muito comum no início de relacionamentos, especialmente quando existem fatores que aumentam a insegurança ou o medo de perder a pessoa, como no seu caso, a presença do filho e a vida passada dela. Esses pensamentos obsessivos funcionam como uma hipervigilância mental: a mente tenta antecipar riscos e se proteger de possíveis rejeições ou decepções.

É importante entender que ter esses pensamentos não significa que você seja uma pessoa ciumenta ou controladora, mas que seu cérebro está reagindo à novidade, à incerteza e à ansiedade natural de se envolver emocionalmente. Falar com ela sobre o que sentiu foi um passo positivo, porque externalizar o medo diminui a intensidade da obsessão e evita que ele se transforme em ruminação mental mais profunda.

Algumas estratégias que podem ajudar:

Aceitar o pensamento sem julgamento: reconhecer que a mente criou esse cenário obsessivo, mas que ele não define a realidade nem o relacionamento.

Redirecionar a atenção: investir energia em momentos reais com ela e com o filho, conhecendo-os gradualmente, em vez de se prender a imagens ou fantasias.

Técnicas de grounding e respiração: quando o pensamento obsessivo vier, ancore-se no presente — por exemplo, descrevendo mentalmente o ambiente, o que você vê e sente.

Manter diálogo aberto e seguro: continuar conversando sobre limites, sentimentos e expectativas sem se culpar pelo que a mente inventa.

Acompanhamento psicológico: se perceber que esses pensamentos se tornam frequentes, intensos ou angustiantes a ponto de interferir na vida, a psicoterapia ajuda a aprender maneiras de tolerar a ansiedade e organizar o pensamento sem recorrer a obsessões.

Lembre-se: o início de um relacionamento é sempre um período de adaptação, e sentimentos de insegurança são normais. Com atenção e estratégias adequadas, você consegue lidar com esses pensamentos sem que eles prejudiquem o vínculo que está construindo.

Um grande abraço! Espero ter ajudado.
Nossos relacionamentos envolvem muitas coisas e não podemos olhar de forma simplista. Quando estamos envolvidos emocionalmente, discernir as coisas ficam ainda mais difíceis. Mas, uma boa atitude é não ter pressa, tentar perceber o que está acontecendo, se basear mais em fatos do que em suposições, pois apenas muitas suposições podem nos levar a conclusões erradas. Um bom relacionamento deve trazer benefícios para ambos e nesse sentido é interessante avaliar se isso está acontecendo. É claro que não existe nada perfeito, mas se o relacionamento nos causa muito sofrimento é importante reavalia-lo. Não quero dizer que isso tem haver com o seu relacionamento, isso são apenas sugestões que servem para todos. Para uma ajuda mais especifica, um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode lhe ajudar.
 Michelle Novello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
O que você descreve mostra o quanto o início de um relacionamento pode despertar não apenas o encantamento, mas também inseguranças e fantasias profundas. Quando algo em nós sente que ainda não ocupa um lugar definido na vida do outro, é comum que surjam pensamentos intrusivos ou comparações com o passado.

Na psicanálise, entendemos que essas imagens do “ex” não falam apenas da outra pessoa, mas também de algo em nós: do medo de não ser suficiente, de não ser escolhido, de reviver antigas experiências de exclusão ou rejeição. O que hoje aparece como um “pensamento obsessivo” pode, na verdade, ser um convite para compreender de onde vem essa dor e o que ela representa na sua história afetiva.

Falar sobre isso em análise ajuda a transformar a angústia em compreensão, permitindo que o vínculo atual se construa de forma mais livre, sem que o passado (seu ou do outro) ocupe o centro da relação.
O término de um relacionamento, especialmente quando foi intenso e de longa duração, costuma gerar muita dor, mesmo quando a pessoa reconhece que havia toxicidade. O que você descreve mostra o quanto esse vínculo era significativo pra você, e é natural que agora surjam sentimentos de vazio, confusão e saudade.

Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), entendemos que o sofrimento após o término está ligado não apenas à ausência da outra pessoa, mas também às crenças e expectativas que foram construídas ao longo da relação, como “só sou feliz se estiver com alguém” ou “ninguém vai me amar assim de novo”. Essas ideias, mesmo sem intenção, alimentam a dor e dificultam o processo de seguir em frente.

O primeiro passo é acolher o que sente sem se julgar. Com o tempo (e, se possível, com acompanhamento psicológico), é possível trabalhar essas crenças, fortalecer a autoestima e aprender a construir vínculos mais saudáveis, baseados em segurança e reciprocidade.
Você não precisa enfrentar isso sozinha, procurar ajuda é um gesto de coragem e de cuidado consigo mesma, e estou aqui caso queira!
O que você está sentindo não é apenas ciúme, mas o efeito de algo que Freud descreveu como o reencontro com a falta e a não exclusividade presentes em todo amor. Quando amamos, revive-se algo antigo: o desejo de ser o centro absoluto da atenção do outro — desejo que, na infância, foi frustrado pela descoberta de que o amor nunca é inteiro. Ver sua parceira com o ex e o filho toca exatamente esse ponto: o de perceber que ela tem uma vida e um passado que não dependem de você. A dor vem menos das fotos e mais do que elas simbolizam — a constatação de que você não pode ocupar todo o lugar do desejo dela.

Lacan aprofunda essa ideia mostrando que o amor é sempre um encontro entre dois seres incompletos, e que parte do sofrimento amoroso nasce do esforço inconsciente de querer ser “o objeto” que satisfaz totalmente o outro. O problema é que esse lugar não existe — o desejo é sempre faltante. As obsessões e pensamentos que você descreve poder ser tentativas de dominar esse sentimento de impotência frente ao desejo do outro. É por isso que, mesmo tentando pensar positivo, o incômodo retorna: ele revela algo sobre o seu próprio medo de perder o controle e sobre como o amor expõe nossa fragilidade.
Um caminho, pela psicanálise, não está em tentar “pensar diferente”, mas em falar sobre o que angustia, permitindo que o inconsciente mostre o que está em jogo. Quando o sujeito dá palavra à sua angústia, ela começa a se transformar,. O amor, na visão da psicanálise, não é ausência de falta, mas a capacidade de sustentá-la sem precisar apagar o outro nem a si mesmo. É nessa abertura que o vínculo pode amadurecer e se tornar mais livre.
O ciúmes quando em excesso pode trazer muitos prejuízos para o relacionamento. Enquanto sentimento (comportamento invisível para os outros) ele deve ser entendido dentro de sua história e da história desse relacionamento, para verificar qual a função (insegurança, medo de perder, etc.) e como lidar melhor com ele. Já enquanto ação (controle, vigilância, brigas) ele é um comportamento que afasta a pessoa que temos medo de perder. Gosto sempre de dar o exemplo: se você tem ciúme do amigo da sua namorada e implica com a relação dos dois, causa brigas, fiscaliza o que ela faz, etc. , com o tempo os momentos juntos passam a sinalizar para a sua namorada aversividade, briga, tensão. Já o amigo vai estar fazendo ela rir, sendo compreensivo, calmo, validando os sentimentos dela. Com quem seria mais gostoso passar o tempo?
Portanto, se puder, procure ajuda psicológica para entender melhor esse sentimento e como lidar com ele.
 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Olá. Obrigada por compartilhar sua situação. Consigo entender seu medo, já que não temos total controle sobre nossas emoções.
Penso que o mais importante você já está fazendo: percebendo e refletindo sobre o que está acontecendo. Quanto mais você se permite olhar para isso, mais pode compreender e encontrar formas de lidar com esses sentimentos.
Às vezes, ter um espaço para conversar sobre essas questões, como na psicoterapia, pode ajudar a ampliar essas reflexões e aliviar o peso desse momento.

Não conseguiu encontrar a resposta que procurava? Faça outra pergunta!

  • A sua pergunta será publicada de forma anônima.
  • Faça uma pergunta de saúde clara, objetiva seja breve.
  • A pergunta será enviada para todos os especialistas que utilizam este site e não para um profissional de saúde específico.
  • Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se ao seu médico/especialista ou provedor de saúde da sua região.
  • Não são permitidas perguntas sobre casos específicos, nem pedidos de segunda opinião.
  • Por uma questão de saúde, quantidades e doses de medicamentos não serão publicadas.

Este valor é muito curto. Deveria ter __LIMIT__ caracteres ou mais.


Escolha a especialidade dos profissionais que podem responder sua dúvida
Iremos utilizá-lo para o notificar sobre a resposta, que não será publicada online.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.