Como a pessoa com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode começar a quebrar a "visão de túnel" po

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Como a pessoa com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode começar a quebrar a "visão de túnel" por conta própria, antes do tratamento?
Ela pode começar praticando a autoconsciência (perceber quando está presa no foco obsessivo) e tentar redirecionar a atenção para o presente com técnicas como respiração consciente, pausas e atividades que envolvam o corpo e os sentidos.

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Antes do tratamento formal, a pessoa pode começar a quebrar a visão de túnel adotando pequenas estratégias de manejo: observar os pensamentos sem agir automaticamente sobre eles, praticar atenção plena (mindfulness) para perceber outros aspectos do ambiente, estabelecer pequenas pausas na rotina de rituais e registrar situações em que a ansiedade aumenta. Atividades que exigem foco diferente, como exercícios físicos, hobbies ou interação social, também ajudam a ampliar o campo de atenção. Essas medidas não substituem a psicoterapia, mas podem reduzir a rigidez mental e preparar o terreno para o tratamento profissional.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? A sua pergunta é muito sensível, porque mostra que você já percebe a “visão de túnel” como um estado mental que estreita a percepção e aumenta a sensação de urgência. E sim, mesmo antes do tratamento formal, algumas pessoas conseguem dar pequenos passos para começar a afrouxar esse foco rígido. Não é simples, porque o TOC cria justamente a sensação de que só existe um caminho possível. Mas existem brechas, pequenos movimentos internos que ajudam a abrir espaço mental.

O primeiro deles costuma surgir quando a pessoa reconhece que “a mente está começando a afunilar”. Esse instante é precioso, porque ainda existe um mínimo de flexibilidade. Talvez você já tenha vivido isso: aquele momento em que percebe que o pensamento está ficando mais forte, mas ainda não dominou tudo. O que acontece no seu corpo nesse segundo? Como sua respiração muda? Há uma sensação de urgência que aparece repentinamente? Essas pequenas pistas ajudam a identificar o início do túnel.

Outra coisa que costuma ajudar é criar uma pausa — não para “parar o pensamento”, porque isso só aumenta a pressão — mas para nomear a experiência. Algo como “estou entrando naquele estado obsessivo de novo” ou “acho que meu cérebro está estreitando a percepção”. Essa nomeação diminui a fusão com o pensamento e devolve um pouco de perspectiva. E, curiosamente, quando o corpo sai do modo de ameaça, a mente ganha alguns centímetros de espaço interno para respirar.

Esses gestos não substituem a psicoterapia, mas criam microaberturas que ficam ainda mais potentes quando o tratamento começa. E às vezes, é justamente essa capacidade de perceber o início do túnel que muda completamente o percurso do TOC, porque o ciclo perde a força antes de se instalar por completo.

Se você quiser, podemos conversar sobre como esse padrão aparece no seu cotidiano e que sinais internos já mostram quando o túnel está se formando. Caso precise, estou à disposição.

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