Como a psicologia pode auxiliar no tratamento de pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) ?

2 respostas
Como a psicologia pode auxiliar no tratamento de pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) ?
A psicologia ajuda a pessoas com Lúpus a lidar com impacto emocional da doença como ansiedade, tristeza, alterações na auto imagem, incertezas no tratamento dentre outros. O acompanhamento fortalece o enfrentamento, favorece a adesão ao tratamento e melhora a qualidade de vida.

Tire todas as dúvidas durante a consulta online

Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.

Mostrar especialistas Como funciona?
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica, de caráter inflamatório e multissistêmico, que provoca períodos de remissão e recaída e pode afetar órgãos vitais, como rins, pele, articulações e sistema nervoso central. Por ser uma condição imprevisível e potencialmente incapacitante, o LES costuma gerar impacto significativo na qualidade de vida emocional, cognitiva e social do paciente. Nesse contexto, a Psicologia tem um papel essencial no tratamento interdisciplinar, oferecendo suporte ao manejo emocional, à adesão ao tratamento médico e à reestruturação da identidade diante da doença.

Do ponto de vista clínico, a psicologia auxilia na compreensão e enfrentamento do adoecimento crônico. O diagnóstico de lúpus frequentemente desperta sentimentos de medo, insegurança, raiva e tristeza, além de alterar a percepção de controle sobre a própria vida. O acompanhamento psicológico favorece a elaboração desses afetos, a aceitação do diagnóstico e o desenvolvimento de estratégias mais saudáveis de enfrentamento. Por meio da escuta qualificada, o psicólogo ajuda o paciente a construir um sentido existencial para a experiência da doença, reduzindo o sofrimento e fortalecendo recursos internos de adaptação.

Sob a perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o psicólogo trabalha na identificação e modificação de pensamentos disfuncionais associados à doença — como ideias de impotência (“não tenho mais futuro”) ou de catastrofização (“vou piorar sempre”) — que podem agravar sintomas de depressão e ansiedade. O foco está em promover reestruturação cognitiva, regulação emocional e treino de habilidades de enfrentamento. A psicoeducação também é fundamental: compreender o funcionamento da doença, as possíveis reações físicas e emocionais e a importância do autocuidado melhora a adesão ao tratamento médico e a sensação de autoeficácia do paciente.

Além disso, o psicólogo pode auxiliar o paciente com LES a desenvolver estratégias de manejo do estresse, uma vez que o estresse crônico é reconhecido como fator desencadeante de crises autoimunes. Técnicas de relaxamento, mindfulness, respiração consciente e reorganização de rotina são intervenções frequentemente empregadas. O trabalho psicológico também pode atuar na prevenção e manejo da chamada “névoa lúpica”, um quadro de lentificação cognitiva comum em pessoas com lúpus, utilizando exercícios de estimulação cognitiva e orientação à rotina.

No campo das relações interpessoais, a Psicologia contribui para o fortalecimento da rede de apoio social e familiar, ajudando o paciente a comunicar suas necessidades, lidar com preconceitos e adaptar papéis sociais e profissionais. A doença pode afetar a autoimagem e a autoestima, sobretudo por alterações físicas (como queda de cabelo e manchas na pele), sendo importante trabalhar a reconstrução da identidade corporal e o sentimento de valor pessoal.

Por fim, o psicólogo tem papel fundamental na intervenção interdisciplinar, colaborando com médicos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde. Sua atuação visa integrar os aspectos biológicos, psicológicos e sociais do adoecimento, dentro de uma perspectiva biopsicossocial e humanizada. Assim, a psicologia não apenas reduz o sofrimento emocional, mas também melhora a adesão terapêutica, a qualidade de vida e o prognóstico geral das pessoas com Lúpus Eritematoso Sistêmico.

Especialistas

Glênio Marchezan Gutjahr

Glênio Marchezan Gutjahr

Reumatologista

Chapecó

Carlos Eduardo de Carvalho Lins

Carlos Eduardo de Carvalho Lins

Reumatologista

Brasília

Anne Rafaella Carneiro Roza

Anne Rafaella Carneiro Roza

Oncologista, Pediatra

Recife

Thiago Cezar Rocha Azevedo

Thiago Cezar Rocha Azevedo

Médico clínico geral

Recife

Flavia Rabelo Frayha

Flavia Rabelo Frayha

Alergista, Pediatra

São Vicente

Paulo Jose Melo Menezes

Paulo Jose Melo Menezes

Pediatra

Aracaju

Perguntas relacionadas

Você quer enviar sua pergunta?

Nossos especialistas responderam a 709 perguntas sobre Lúpus Eritematoso Sistêmico
  • A sua pergunta será publicada de forma anônima.
  • Faça uma pergunta de saúde clara, objetiva seja breve.
  • A pergunta será enviada para todos os especialistas que utilizam este site e não para um profissional de saúde específico.
  • Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se ao seu médico/especialista ou provedor de saúde da sua região.
  • Não são permitidas perguntas sobre casos específicos, nem pedidos de segunda opinião.
  • Por uma questão de saúde, quantidades e doses de medicamentos não serão publicadas.

Este valor é muito curto. Deveria ter __LIMIT__ caracteres ou mais.


Escolha a especialidade dos profissionais que podem responder sua dúvida
Iremos utilizá-lo para o notificar sobre a resposta, que não será publicada online.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.