Como a Validação Emocional ajuda as pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?

Olá, tudo bem?
A validação emocional é uma das ferramentas mais poderosas no cuidado e na psicoterapia de pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Isso porque quem vive com o TPB sente as emoções em um volume muito mais alto do que a maioria das pessoas — como se o “botão do sentir” estivesse sempre no máximo. A validação funciona como um amortecedor: ela ajuda a mente a entender que aquela emoção é legítima e compreensível, o que diminui a sensação de descontrole e reduz a impulsividade.

Quando a pessoa se sente compreendida, o cérebro tende a sair do modo de ameaça e a ativar circuitos ligados à segurança e à autorregulação. Em termos simples, é como se a mente dissesse: “agora posso parar de lutar e começar a pensar”. Essa pausa emocional é o primeiro passo para desenvolver autoconsciência, empatia e domínio sobre os próprios comportamentos.

Além disso, a validação cria vínculos seguros. Em um transtorno marcado pelo medo de rejeição e abandono, sentir-se aceito mesmo em meio a emoções intensas é transformador. É o que possibilita o aprendizado de uma nova forma de se relacionar — menos reativa, mais confiante e, principalmente, mais compassiva.

Talvez valha refletir: como você se sente quando alguém realmente entende o que você está sentindo, sem tentar te consertar? E o que muda dentro de você quando se permite validar o que sente, em vez de se julgar por isso? Essas pequenas percepções podem abrir espaço para um novo tipo de equilíbrio emocional.

Com o tempo e com acompanhamento terapêutico, a validação deixa de ser algo que vem apenas do outro e passa a ser uma habilidade interna — e é nesse ponto que o processo se torna verdadeiramente libertador. Caso precise, estou à disposição.

A validação emocional é fundamental para quem vive com TPB porque ajuda a pessoa a se sentir vista, compreendida e menos sozinha no que está sentindo. Quando alguém valida suas emoções, não está dizendo que tudo está “certo”, mas sim reconhecendo que aquele sentimento faz sentido diante da sua história e da sua vivência.
Isso reduz impulsividade, diminui conflitos, ajuda a regular melhor as emoções e fortalece o vínculo terapêutico que, no TPB, é uma das bases para que a pessoa consiga construir mais estabilidade interna e relações mais saudáveis. Espero ter ajudado!