Qual a relação entre trauma na infância e Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
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Qual a relação entre trauma na infância e Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Olá, como vai? Há uma forte relação entre trauma na infância e o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Borderline, especialmente quando houve falhas importantes no cuidado emocional. Vivências como negligência, violência ou vínculos instáveis podem afetar a construção da autoestima e da capacidade de regular emoções. A psicanálise vê o TPB como resultado de marcas psíquicas ligadas a vínculos precoces. Buscar tratamento, inclusive em serviços públicos como o CAPS, auxilia a ressignificar essas experiências. Espero ter ajudado, fico à disposição!
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Oi, tudo bem?
Essa é uma pergunta profunda — e essencial para entender o coração do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A relação entre trauma na infância e o desenvolvimento do TPB é muito significativa, mas nem sempre direta. Podemos dizer que o trauma, especialmente o emocional, funciona como um solo fértil onde o TPB pode se formar, quando o cérebro e o sistema emocional ainda estão em desenvolvimento.
Durante a infância, o cérebro está aprendendo a reconhecer, nomear e regular emoções — e esse aprendizado acontece principalmente por meio da relação com os cuidadores. Quando há experiências repetidas de rejeição, invalidação, abuso, negligência ou vínculos instáveis, a criança cresce sem uma base emocional consistente para entender o que sente. Em termos neurobiológicos, isso afeta a integração entre áreas do cérebro responsáveis pela emoção (como a amígdala) e o controle (como o córtex pré-frontal). O resultado é um sistema emocional que reage com muita intensidade e tem dificuldade de se acalmar sozinho.
O trauma não é apenas o que aconteceu, mas também o que faltou acontecer — o acolhimento, o olhar que valida, o toque que acalma. É comum que, na vida adulta, a pessoa com TPB carregue um vazio profundo e uma busca quase desesperada por segurança emocional, alternando entre o medo de ser abandonada e a tentativa de se proteger afastando os outros. É como se o cérebro dissesse: “quero me conectar, mas não posso correr o risco de me ferir de novo”.
Talvez valha se perguntar: o que sua mente aprendeu, ainda criança, sobre ser amado e seguro? Quais mensagens emocionais você recebeu — e quais precisou criar sozinho para sobreviver? Às vezes, o que chamamos de “crise” é só o eco de uma dor antiga pedindo cuidado.
O trabalho terapêutico com o TPB não é apenas sobre controlar impulsos, mas sobre reconstruir um senso de segurança emocional interno — algo que o trauma interrompeu. E a boa notícia é que, com o tempo, vínculo terapêutico e técnicas baseadas em evidências (como a DBT, Terapia do Esquema e Focada nas Emoções), é possível curar essas feridas e criar uma nova forma de se relacionar com o próprio sentir.
Esses temas merecem delicadeza e paciência. Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma pergunta profunda — e essencial para entender o coração do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A relação entre trauma na infância e o desenvolvimento do TPB é muito significativa, mas nem sempre direta. Podemos dizer que o trauma, especialmente o emocional, funciona como um solo fértil onde o TPB pode se formar, quando o cérebro e o sistema emocional ainda estão em desenvolvimento.
Durante a infância, o cérebro está aprendendo a reconhecer, nomear e regular emoções — e esse aprendizado acontece principalmente por meio da relação com os cuidadores. Quando há experiências repetidas de rejeição, invalidação, abuso, negligência ou vínculos instáveis, a criança cresce sem uma base emocional consistente para entender o que sente. Em termos neurobiológicos, isso afeta a integração entre áreas do cérebro responsáveis pela emoção (como a amígdala) e o controle (como o córtex pré-frontal). O resultado é um sistema emocional que reage com muita intensidade e tem dificuldade de se acalmar sozinho.
O trauma não é apenas o que aconteceu, mas também o que faltou acontecer — o acolhimento, o olhar que valida, o toque que acalma. É comum que, na vida adulta, a pessoa com TPB carregue um vazio profundo e uma busca quase desesperada por segurança emocional, alternando entre o medo de ser abandonada e a tentativa de se proteger afastando os outros. É como se o cérebro dissesse: “quero me conectar, mas não posso correr o risco de me ferir de novo”.
Talvez valha se perguntar: o que sua mente aprendeu, ainda criança, sobre ser amado e seguro? Quais mensagens emocionais você recebeu — e quais precisou criar sozinho para sobreviver? Às vezes, o que chamamos de “crise” é só o eco de uma dor antiga pedindo cuidado.
O trabalho terapêutico com o TPB não é apenas sobre controlar impulsos, mas sobre reconstruir um senso de segurança emocional interno — algo que o trauma interrompeu. E a boa notícia é que, com o tempo, vínculo terapêutico e técnicas baseadas em evidências (como a DBT, Terapia do Esquema e Focada nas Emoções), é possível curar essas feridas e criar uma nova forma de se relacionar com o próprio sentir.
Esses temas merecem delicadeza e paciência. Caso precise, estou à disposição.
Em nossa vida,, todas as vivências desde a infância vão formando .a nossa mente e nosso modo muito particular de viver e de ser. O borderline é um tipo de sofrimento em que a pessoa está na borda entre a neurose e a psicose e as questões vividas na infância se forem muito violentas e se o ambiente teve muitas falhas, certamente terão um peso sobre a possibilidade de a pessoa perder o contato com a realidade e psicotizar ou não...
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