Como o tratamento pode ajudar a corrigir a "visão de túnel" cognitiva no Transtorno de Personalidade
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Como o tratamento pode ajudar a corrigir a "visão de túnel" cognitiva no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Olá, como vai? O tratamento pode ajudar a flexibilizar a visão de túnel cognitiva no Borderline ao oferecer um espaço de reflexão e elaboração das experiências emocionais. A psicanálise contribui para que a pessoa compreenda a origem dessas interpretações rígidas e desenvolva mais tolerância às nuances. Esse processo fortalece a capacidade de pensar antes de reagir. O acompanhamento pelos serviços públicos, como o CAPS, pode ser fundamental para um tratamento contínuo e acessível. Espero ter ajudado, fico à disposição!
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Essa é uma pergunta muito interessante — e revela um olhar maduro sobre o funcionamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A chamada “visão de túnel cognitiva” é uma metáfora muito precisa para o que acontece durante as crises emocionais: o campo de percepção mental se estreita, e a pessoa passa a enxergar a situação apenas por um ângulo — geralmente o mais doloroso, ameaçador ou extremo. O tratamento atua justamente para reabrir esse campo de visão emocional e cognitiva, ajudando o cérebro a perceber mais nuances entre o tudo e o nada.
Do ponto de vista da neurociência, o tratamento busca reequilibrar a comunicação entre o sistema límbico (onde nascem as emoções intensas) e o córtex pré-frontal (responsável pela reflexão e regulação). Abordagens como a Terapia Comportamental Dialética (DBT), a Terapia dos Esquemas e a Terapia Focada nas Emoções fazem isso por meio do treino de consciência emocional, validação e reestruturação cognitiva. É como se, pouco a pouco, o cérebro aprendesse que é possível sentir intensamente sem precisar reagir impulsivamente.
Na prática, o tratamento ajuda a pessoa a identificar quando a mente está entrando nesse modo de “túnel” — aquele momento em que tudo parece perdido, a rejeição parece absoluta, e o controle emocional desaparece. Com o tempo, o paciente aprende a reconhecer os sinais fisiológicos e cognitivos dessa mudança e a aplicar técnicas para ampliar o campo de consciência: exercícios de respiração, mindfulness, distanciamento cognitivo, validação emocional e reflexão guiada.
Talvez valha refletir: o que você costuma pensar quando o mundo parece “encolher” dentro de você? Que emoções estão por trás dessa sensação? E se, em vez de tentar “sair” do túnel à força, você aprendesse a acender uma luz lá dentro, observando o que está acontecendo com curiosidade e compaixão?
A terapia não elimina a sensibilidade — ela ensina o cérebro a usá-la a favor do crescimento, não contra si mesmo. E esse processo, embora desafiador, é profundamente libertador.
Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma pergunta muito interessante — e revela um olhar maduro sobre o funcionamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A chamada “visão de túnel cognitiva” é uma metáfora muito precisa para o que acontece durante as crises emocionais: o campo de percepção mental se estreita, e a pessoa passa a enxergar a situação apenas por um ângulo — geralmente o mais doloroso, ameaçador ou extremo. O tratamento atua justamente para reabrir esse campo de visão emocional e cognitiva, ajudando o cérebro a perceber mais nuances entre o tudo e o nada.
Do ponto de vista da neurociência, o tratamento busca reequilibrar a comunicação entre o sistema límbico (onde nascem as emoções intensas) e o córtex pré-frontal (responsável pela reflexão e regulação). Abordagens como a Terapia Comportamental Dialética (DBT), a Terapia dos Esquemas e a Terapia Focada nas Emoções fazem isso por meio do treino de consciência emocional, validação e reestruturação cognitiva. É como se, pouco a pouco, o cérebro aprendesse que é possível sentir intensamente sem precisar reagir impulsivamente.
Na prática, o tratamento ajuda a pessoa a identificar quando a mente está entrando nesse modo de “túnel” — aquele momento em que tudo parece perdido, a rejeição parece absoluta, e o controle emocional desaparece. Com o tempo, o paciente aprende a reconhecer os sinais fisiológicos e cognitivos dessa mudança e a aplicar técnicas para ampliar o campo de consciência: exercícios de respiração, mindfulness, distanciamento cognitivo, validação emocional e reflexão guiada.
Talvez valha refletir: o que você costuma pensar quando o mundo parece “encolher” dentro de você? Que emoções estão por trás dessa sensação? E se, em vez de tentar “sair” do túnel à força, você aprendesse a acender uma luz lá dentro, observando o que está acontecendo com curiosidade e compaixão?
A terapia não elimina a sensibilidade — ela ensina o cérebro a usá-la a favor do crescimento, não contra si mesmo. E esse processo, embora desafiador, é profundamente libertador.
Caso precise, estou à disposição.
O tratamento ajuda a ampliar a visão de túnel porque trabalha justamente a capacidade de pensar sob emoção. Na psicoterapia, especialmente nas abordagens voltadas ao TPB, o paciente aprende a nomear estados internos, reconhecer quando a mente está estreitada e recuperar a função reflexiva, que é a habilidade de observar o próprio estado emocional antes de reagir. Esse processo fortalece a distinção entre o que é vivido na fantasia e o que está de fato acontecendo, permitindo que a pessoa tolere melhor a angústia sem agir impulsivamente. Com o tempo, isso diminui a urgência interna, amplia o campo perceptivo e devolve nuances que estavam perdidas. O objetivo é que o sujeito consiga sustentar o afeto sem se sentir obrigado a responder imediatamente, o que gradualmente reduz o impacto da visão de túnel nas relações e na vida cotidiana.
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