Como uma mulher adulta com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) se cuida para não sofrer tan

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Como uma mulher adulta com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) se cuida para não sofrer tanto com as emoções?
 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá, agradeço muito pela sua pergunta. Ela carrega uma dor silenciosa, mas também uma força importante: a de alguém que está tentando entender como se cuidar, como lidar com aquilo que às vezes parece simplesmente demais. E isso já é um gesto de coragem.

Para uma mulher adulta com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), as emoções podem, de fato, ser avassaladoras. O que para outros pode parecer “pequeno” ou “resolvível”, para você pode vir como um tsunami interno — uma mistura de sentimentos intensos, medo de abandono, raiva, tristeza, e um vazio que parece não ter fundo. E isso não acontece porque você é fraca ou exagerada. Acontece porque há uma sensibilidade psíquica profunda, moldada por vivências que deixaram marcas difíceis de organizar sozinha.

Na psicanálise, não partimos da ideia de “controlar” as emoções, mas de escutá-las. Porque por trás da impulsividade, da oscilação afetiva, da dor de se sentir incompreendida ou rejeitada, há histórias, fantasias, desejos, medos — e eles têm algo a dizer. A terapia psicanalítica te convida a construir um espaço em que você possa ser ouvida de verdade, sem que precise “segurar as pontas” o tempo todo, sem medo de ser julgada por sentir demais.

Cuidar-se, nesse contexto, não é apenas criar estratégias de contenção emocional. É também começar a entender o que essas emoções tão intensas querem comunicar. É olhar para si com mais gentileza, reconhecendo seus limites, mas também suas potências. E a terapia pode ser esse ponto de apoio, essa bússola em meio às tempestades internas.

Aos poucos, no ritmo do seu processo, é possível construir mais estabilidade. Não uma estabilidade artificial, mas um chão psíquico mais firme — onde as emoções não desaparecem, mas deixam de te engolir. E, principalmente, onde você possa se reconhecer como alguém que sente muito, sim, mas que também pode aprender a escutar e transformar o que sente.

Se esse caminho fizer sentido para você, estou aqui para te acompanhar. Você não precisa enfrentar tudo sozinha. Seu sofrimento merece ser escutado com respeito e cuidado.

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Psicoterapia regular : A Terapia Comportamental Dialética (DBT) é uma das mais indicadas, pois ajuda no controle das emoções intensas, impulsos e nos relacionamentos interpessoais.


Medicação Em alguns casos, o uso de estabilizadores de humor ou antidepressivos pode ser necessário, sempre com acompanhamento psiquiátrico.


Autocuidado emocional : Aprender a reconhecer seus gatilhos, praticar a autorreflexão e desenvolver estratégias de regulação emocional (como respiração, meditação ou escrita terapêutica) são passos importantes.


Rede de apoio : Ter pessoas confiáveis com quem possa contar .
A psicoterapia é muito recomendável para tratar o TBP. Como os estados emocionais variam muito na pessoas com TPB devido a que muitos gatilhos, pode levar a uma mudança de humor, isso pode prejudicar muito a vida da pessoa e as pessoas no seu entorno. Um psicólogo, com quem a pessoa se sinta bem e tenha confiança, pode ajudar.
Dra. Aparecida Collepiccolo
Psicólogo, Sexólogo, Psicanalista
Jundiaí
Uma mulher adulta com Transtorno de Personalidade Borderline pode aprender a se cuidar emocionalmente, sim.

Na psicanálise, o trabalho é ajudar essa mulher a entender de onde vêm suas reações intensas, seus medos de abandono e a sensação de vazio. Ao falar sobre sua história, suas relações e sentimentos, ela vai, pouco a pouco, se conhecendo melhor e criando mais espaço interno para pensar antes de reagir.

O cuidado emocional começa quando ela percebe que não precisa se afogar em tudo que sente — pode sofrer menos quando entende o que está por trás das suas dores.

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