Desejaria de saber se o Transtorno do Espectro Autista – TEA (autismo) pode ser confundido com o Tra
3
respostas
Desejaria de saber se o Transtorno do Espectro Autista – TEA (autismo) pode ser confundido com o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) no diagnostico de uma pessoa.
Estas doenças podem sim conviverem juntas, mas vale lembrar que os sitomas que as definem são bem diferentes. A bipolaridade é determinada por episodios de aumento de energia, humor elevado ou irritado, ao passo que o espectro autista pode ter atraso no neurodesenvolvimento, estereotipias, dificuldades de se relacionar e manejo no afeto. Alguns pacientes bipolares possuem hipersensibilidade sensorial, em especial quando em crises ou em episodios mistos, o que pode causar confusão com o diagnostico do espectro autista. Em resumo, um sintoma é um sintoma, nem sempre indicando ter toda uma doença complexa com varios outros deles.
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?
Apesar das duas condições poderem coexistirem, suas características são bem distintas uma das outras. Enquanto o autismo tem dificuldades para manter relações, déficit na comunicação verbal e não verbal, e falta de reciprocidade socioemocional; o bipolar se caracteriza por ser uma condição que altera entre os dois polos de humor ao longo da vida.
Sim, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser confundido com o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), especialmente em adolescentes ou adultos com autismo de alto funcionamento. Essa confusão diagnóstica ocorre porque há algumas semelhanças superficiais entre os dois quadros, como variações emocionais intensas, irritabilidade, explosões de raiva e dificuldades na regulação do humor. No entanto, os mecanismos por trás desses comportamentos são distintos e o curso clínico também costuma diferir.
Pessoas com TEA frequentemente apresentam uma sensibilidade aumentada a estímulos sensoriais, rigidez comportamental e forte resistência a mudanças na rotina. Quando expostas a situações estressantes, podem reagir com crises intensas de raiva ou colapsos emocionais, o que pode ser erroneamente interpretado como episódios de mania ou de desregulação do humor. Além disso, o hiperfoco em interesses restritos pode ser visto, por quem não conhece o transtorno, como um estado expansivo de energia, típico da fase maníaca do TAB.
Por outro lado, o TAB é caracterizado por episódios bem definidos de mania ou hipomania e depressão, com início geralmente na adolescência ou início da vida adulta. Os episódios maníacos incluem humor eufórico ou irritável, aumento da energia, redução da necessidade de sono, fala acelerada, impulsividade e, às vezes, delírios de grandiosidade. Já os episódios depressivos envolvem humor deprimido, perda de interesse, lentidão, desesperança e pensamentos suicidas.
Uma das grandes diferenças entre os dois transtornos é o curso: o TEA tem um padrão mais estável e contínuo desde a infância, com dificuldades sociais e de comunicação que acompanham o desenvolvimento da criança, enquanto o TAB se apresenta em fases distintas, com períodos interepisódicos de relativo funcionamento normal. Além disso, as alterações de humor no autismo costumam ser reativas a fatores ambientais e não episódicas como no TAB.
Outro ponto importante é que os dois transtornos podem coexistir. Há indivíduos que têm diagnóstico de TEA e, ao longo da vida, desenvolvem também um transtorno afetivo bipolar. Por isso, o diagnóstico deve ser sempre cuidadoso e baseado em uma avaliação clínica minuciosa, preferencialmente com informações da história do desenvolvimento da criança ou adolescente, além da observação direta e uso de instrumentos validados.
Em resumo, embora TEA e TAB compartilhem algumas manifestações emocionais ou comportamentais, são transtornos distintos em sua origem, evolução e tratamento. Diferenciar corretamente os dois é fundamental para oferecer intervenções adequadas e evitar tanto o uso desnecessário de estabilizadores de humor em casos de TEA quanto a negligência de um quadro bipolar verdadeiro.
Pessoas com TEA frequentemente apresentam uma sensibilidade aumentada a estímulos sensoriais, rigidez comportamental e forte resistência a mudanças na rotina. Quando expostas a situações estressantes, podem reagir com crises intensas de raiva ou colapsos emocionais, o que pode ser erroneamente interpretado como episódios de mania ou de desregulação do humor. Além disso, o hiperfoco em interesses restritos pode ser visto, por quem não conhece o transtorno, como um estado expansivo de energia, típico da fase maníaca do TAB.
Por outro lado, o TAB é caracterizado por episódios bem definidos de mania ou hipomania e depressão, com início geralmente na adolescência ou início da vida adulta. Os episódios maníacos incluem humor eufórico ou irritável, aumento da energia, redução da necessidade de sono, fala acelerada, impulsividade e, às vezes, delírios de grandiosidade. Já os episódios depressivos envolvem humor deprimido, perda de interesse, lentidão, desesperança e pensamentos suicidas.
Uma das grandes diferenças entre os dois transtornos é o curso: o TEA tem um padrão mais estável e contínuo desde a infância, com dificuldades sociais e de comunicação que acompanham o desenvolvimento da criança, enquanto o TAB se apresenta em fases distintas, com períodos interepisódicos de relativo funcionamento normal. Além disso, as alterações de humor no autismo costumam ser reativas a fatores ambientais e não episódicas como no TAB.
Outro ponto importante é que os dois transtornos podem coexistir. Há indivíduos que têm diagnóstico de TEA e, ao longo da vida, desenvolvem também um transtorno afetivo bipolar. Por isso, o diagnóstico deve ser sempre cuidadoso e baseado em uma avaliação clínica minuciosa, preferencialmente com informações da história do desenvolvimento da criança ou adolescente, além da observação direta e uso de instrumentos validados.
Em resumo, embora TEA e TAB compartilhem algumas manifestações emocionais ou comportamentais, são transtornos distintos em sua origem, evolução e tratamento. Diferenciar corretamente os dois é fundamental para oferecer intervenções adequadas e evitar tanto o uso desnecessário de estabilizadores de humor em casos de TEA quanto a negligência de um quadro bipolar verdadeiro.
Especialistas
Perguntas relacionadas
- O que são habilidades multitarefas? .
- Qual a diferença entre a visão de túnel psicológica e a visual?
- Quais são os sinais de que uma pessoa está com visão de túnel ?
- É mais difícil para um autista realizar várias tarefas ao mesmo tempo?
- Quais são as estratégias eficazes para pessoas autistas que precisam fazer multitarefas?
- A dificuldade na multitarefa e memória de trabalho é a mesma em crianças e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
- O que é a disfunção executiva e como ela afeta a memória de trabalho e a multitarefa?
- O mutismo seletivo em autistas pode ser uma forma de defesa?
- Qual o papel da memória de trabalho na multitarefa no autismo?
- Como a visão de túnel se manifesta no dia a dia? .
Você quer enviar sua pergunta?
Nossos especialistas responderam a 1071 perguntas sobre Transtorno do Espectro Autista
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.