É possível ter complexo de Édipo na adolescência, por volta dos 15, 16 anos?

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É possível ter complexo de Édipo na adolescência, por volta dos 15, 16 anos?
Sim, é possível que ele não tenha sido superado. Na adolescência podemos trazer questões não bem elaboradas da infância, além dos conflitos que são próprios da idade que ocorrem devido às mudanças biológicas do corpo e do comportamento. A análise te possibilita a ter uma compreensão mais profunda sobre você mesmo, te libertando daquilo que não te faz bem.

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O que costumamos chamar de complexo de Édipo na psicanálise corresponde à base do desenvolvimento psíquico do sujeito. Diz respeito tanto à escolha objetal (que é inconsciente) - homem ou mulher - quanto ao modo pelo qual cada um elabora a separação de um modelo, que em última instância é familiar. De modo geral, o menino precisa abdicar da mãe para poder encontrar o amor em outra mulher. Mas a imagem que ele tem de sua mãe enquanto mulher e esposa acaba guiando sua eleição de uma parceira. Nesse processo pode ser que ele eleja um objeto masculino e aí o modelo principal será o masculino. Bom, toda análise se baseia nessa questão justamente por ser estrutural. Então, o tempo todo o Édipo está em questão. Talvez o sentido que você esteja dando ao termo seja outro... em todo caso, se você estiver sofrendo, busque um auxílio terapêutico.
O complexo de Edipo não tem uma idade precisa para estar completamente elaborado pelo mecanismo psíquico humano e acontece nessa faixa que compreende a adolescência, que já é uma etapa bastante complicada pelas dificuldades e contradições perpétuas próprias desta fase. No caso de estar experimentando sofrimento sempre pode ser interessante procurar suporte psicoterapeutico, em especial, de um psicanalista, que é o profissional acostumado a lidar com esta fase.
Todo sujeito, com base nas experiências infantis, vividas com os pais, faz referência ao complexo de Édipo. Mas, em geral, isto não acontece na adolescência e sim na infância. O Édipo dá o enquadramento do parceiro a criança, afinal, é a relação com o Outro fundamental que singulariza. Como nos lembra Freud, a sexualidade é universal para todo ser humano, e, portanto, até a criança é um ser sexuado (e, tendo a criança a mãe como maior e primeira referência), ela será também seu primeiro objeto de investimento sexual. Então, a fase da adolescência, é uma fase outra, diferente. Nesta, o que esta em jogo é um trabalho de elaboração, pois, ao chegar a puberdade, o adolescente já não crê mais nos pais como quando era pequeno. Assim, o adolescente é convidado, tanto pelo meio que o cerca quanto pelas próprias determinações inconscientes, pulsionais e identificatórias, a tomar uma posição na partilha dos sexos. Isto é, a sexualidade do sujeito se inscreve, desde sempre, no Édipo, que funda sua relação com o desejo. Em outras palavras, a adolescência é um processo de elaboração e ruptura com os pais. Neste sentido, me pergunto se seria esta a sua questão, no sentido de elucidar que talvez esteja se dando conta, (neste processo de elaboração), o quanto ainda esta ligado aos seus pais. Lembrando que, cada sujeito tem um tempo específico (e singular, claro), para viver todo esse processo. E, muitas vezes, isto pode estar acompanhado de angústia, o que também é muito natural. Neste sentido, poder falar sobre isso, num processo de terapia, pode ajudar. Principalmente, pelo fato de acorrerem tantas mudanças, inclusive, corporais.
A colocação da colega Daniela Bueno sobre o Édito foi perfeita. Eu acrescentaria uma humilde contribuição, no sentido de que, o Édipo é um complexo estrutural do ser humano (inclusive, um movimento reacionário tentou pôr abaixo a teoria do complexo de Édipo, mas esbarrou na antropologia, quando Lévi-Strauss descobriu que o horror ao incesto, elemento psíquico resultante do complexo de Édipo, é a única característica presente em todas as culturas). Ou seja, todos nós passamos pelo complexo de Édipo, que, normalmente, se fecha por volta dos cinco anos de idade no inconsciente e voltará a emitir suas marcas quando o sujeito terminar o período de latência e voltar à vida amorosa seguindo a forma muito bem explicada pela Daniela. Porém, a forma como a pessoa fechou (se fechou) o complexo de Édipo, determina o tipo de estrutura dela e suas POSSIBILIDADES de adoecimento psíquico, de acordo com a situação que ela esteja vivenciando, podendo a situação presente forçar a ruptura de um ponto frágil do complexo de Édipo.
Espero ter contribuído para esclarecer um pouco mais a questão e fico à disposição para tirar outras dúvidas.
Grande abraço!
...sim, sem uma 'resolução' do complexo na primeira infância, há um retorno do Édipo e uma nova possibilidade de supera-lo.
Ola! Na realidade o complexo de édipo nos acompanha a vida toda, mas quando elaborado lidamos com maior facilidade com os acontecimentos. Nessa idade, está acontecendo uma reedição do complexo, pois é mais uma preparação para a vida adulta. Há necessidade de uma avaliação para saber o que realmente está acontecendo. Se essa pessoa apresenta conflitos, recomendo uma psicanálise no mínimo uma vez por semana para essas questões subjetivas.
Todos nós "temos" Complexo de Édipo. O que pode acontecer é que em determinadas fases da nossa vida, tais como primeira infância e adolescência, ele possa ficar mais evidente; não se esqueça que a intensidade dos sentimentos pode variar de uma pessoa para a outra.
Sim, uma etapa de vida poder a se prolongar, ou reaparecer na adolescência e demais fases da vida. Considerando que o complexo de edipo vai sempre ser importante para construção de sua personalidade como indivíduo. Portanto é normal sim.
Primeiramente é preciso entender o que você compreende por "Ter complexo de Édipo", mas, de modo geral o Complexo de Édipo, consiste em uma fase do desenvolvimento humano que todos vivenciam na relação com suas figuras maternas e/ou paternas num certo período da infância, sendo esta, uma fase considerada extremamente importante para formação do sujeito e que influenciará nas suas escolhas futuras durante toda vida. Cada sujeito passará por esta fase de de maneira singular. Ou seja, é possível que durante a adolescência, ou qualquer outra fase da vida o sujeito reviva emoções que estão ligadas a esta fase. Uma Psicanálise ou Psicoterapia de orientação psicanalítica poderá ajudar o sujeito a elaborar e compreender melhor esta fase.
Na realidade o complexo de édipo ressurge ou é revivido na puberdade/adolescência, ainda que de forma rápida, para que seja novamente ultrapassado através da escolha de um novo objeto de afeição.

Se de fato se trata de uma nova vivência do complexo de édipo assim bastante perceptível, é possível dizer ser até mais natural e melhor que esteja assim declarado este impulso, do que estar reprimido e deslocado a objetos que possam gerar psicopatologias ou estar afetando negativamente a construção da personalidade. Ou seja, é melhor estar assim expresso do que lidar com resquícios (que sempre ocorrem) do complexo de édipo mal resolvidos na fase fálica e já direcionados a outras situações que podem ser mais complexas, estarem mais arraigadas.
Sim. Eu atendi adolescentes com este mal estar emocional.
O complexo de Édipo acontece na infância, revivido na adolescência e os resultados dele estão presentes na vida de qualquer adulto.
Complexo de Édipo é um dos conceitos fundamentais de Freud, na Psicanálise. Este conceito refere-se a uma fase no desenvolvimento infantil em que existe uma “disputa” entre a criança e o progenitor do mesmo sexo pelo amor do progenitor do sexo oposto. É uma fase é um conflito que deveria ficar bem resolvido na infância. Mas muitas vezes não é e se manifesta com todos seus problemas na adolescência ou qualquer outra fase prejudicando a escolha de parceiro. Este tipo de questão se resolve na psicoterapia de base analítica de preferência por ser uma questão psicanalitica. Busque um psicoterapeuta psicanalista ou de base analítica. É muito importante a resolução deste complexo para prosseguir sua vida.
Sim, é possível apresentar questões, que são necessárias de serem elaboradas que associam ao complexo de Édipo na adolescência. Isso depende de cada caso.
Sim....pode ocorrer , sendo hoje de uma maneira mais costumeira....precisamos entender caso a caso(caso concreto) é o que nos dará a certeza do que esta ocorrendo, ajuda terapêutica nesse caso é essencial para encontrarmos uma porta para sua solução.
Este conceito refere-se a uma fase no desenvolvimento infantil em que existe uma “disputa” entre a criança e o progenitor do mesmo sexo pelo amor do progenitor do sexo oposto. É uma fase é um conflito que deveria ficar bem resolvido na infância. Mas muitas vezes não é e se manifesta com todos seus problemas na adolescência ou qualquer outra fase prejudicando a escolha de parceiro.
Sim. Essa idade é muito especial. É a idade onde o jovem procura sua identidade no coletivo. Pertenço ou não àquela "tribo". Não está emancipado e nem faz ideia do que isso seja. Amar a mãe é necessário, embora possa achá-la "chata". Precisa do pai para mostrar-lhe o caminho, mas o teme e ao mesmo tempo o ignora.
Na mitologia a vida de Édipo é cheia de boas condutas e más condutas, mas quando ele, mais velho, descobre o que suas ações causaram vai para o mundo interno buscar-se redimir e libertar-se tornando-se personagem de importância para a cidade de Corinto. Concluindo, o complexo de Édipo pode durar uma vida inteira até que o indivíduo busque o seu sentido de vida.
Olá!!! Sua pergunta é bem comum e pertinente, já que muitas pessoas acreditam que há uma idade fixada para a passagem por este Complexo, que todo ser humano atravessa. Contudo, é importante ressaltar que cada sujeito é único, somos singulares e a Psicanálise trabalha com a subjetividade do indivíduo, ou seja, como cada pessoa sente e vive as situações cotidianas e com a estrutura psíquica de cada um. Sendo assim, a idade de 5 anos, corresponde a um período esperado que haja a dissolução do Complexo de Édipo, podendo ser mais tardio e, ainda, retornar caso a castração pela figura paterna não tenha sido bem aplicada.
Caso haja a vivência deste Complexo na faixa etária da Adolescência, é recomendável que se procure um Psicanalista para melhor compreensão e auxílio nesta travessia que já é tão sofrida.
Espero ter auxiliado e coloco-me à disposição!!!
O Complexo de Édipo consiste numa triangulação vivida pela criança e suas figuras parentais durante a fase fálica, que se estende dos três aos cinco anos. Nessa fase a criança rejeita um dos cuidadores e se apega ao outro. Um deles representa o objeto de desejo e o outro, a inscrição psíquica da lei social. Na adolescência esse conflito se revela na organização da escolha do objeto e nas três saídas derivadas da inscrição (ou não) dessa lei: neurose, psicose e perversão.

Olá! O complexo de édipo é vivido e selado na infância, porém na adolescência temos a atualização dos conflitos anteriores, o que se precipita, pois as relações vão se tornando cada vez mais complexas. Veja se não é o caso de fazer terapia, a adolescência é um período delicado, seria importante que fosse devidamente acompanhado.
Boa noite, a dissolução do complexo de édipo na primeira infância é uma importante etapa para a construção de nossa estrutura psíquica. Quando esse processo não ocorre de maneira adequada inúmeros desdobramentos emocionais podem impactar nas formatação emocional das demais etapas do crescimento humano. Nesses casos específicos sugiro que procure com urgência um espaço terapêutico sério e contínuo, conduzido por um terapeuta de sua escolha e confiança. Juntos vocês poderão constituir o ferramental para uma analise construtiva que rompa com seus limites inconscientes e formatem novas, estáveis e equilibradas ligações emocionais.
Sim, é possível ter complexo de Édipo na adolescência. O complexo de Édipo é uma teoria psicanalítica desenvolvida por Sigmund Freud, que descreve as relações de amor e rivalidade entre pais e filhos durante a fase da infância. De acordo com esta teoria, os meninos experimentam ciúmes e desejo pelo pai e inveja da relação da mãe com ele, enquanto as meninas experimentam o oposto.

Embora o complexo de Édipo seja geralmente associado à infância, ele pode ser revisado e reativado durante a adolescência, especialmente durante períodos de mudanças significativas na vida, como a entrada na puberdade ou a transição para a vida adulta. Nesta fase, os jovens podem experimentar conflitos internos ao lidar com suas próprias identidades e relações com seus pais, o que pode resultar em reinterpretações do complexo de Édipo.

No entanto, é importante notar que o complexo de Édipo é uma teoria controversa e não é amplamente aceita pela comunidade científica. Alguns críticos argumentam que é uma teoria ultrapassada e que não se aplica bem à realidade da vida humana. Como tal, é importante levar em consideração outros fatores e perspectivas além da teoria freudiana ao entender as experiências da adolescência.
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Sim, é possível que questões relacionadas ao Complexo de Édipo continuem a desempenhar um papel na psicodinâmica de um indivíduo durante a adolescência. O Complexo de Édipo, conforme proposto por Sigmund Freud, é uma fase do desenvolvimento psicossexual que ocorre na primeira infância, geralmente entre 3 e 6 anos de idade. Nessa fase, a criança desenvolve sentimentos de atração pelo pai do sexo oposto e rivalidade com o pai do mesmo sexo. Embora o Complexo de Édipo seja mais proeminente na primeira infância, suas dinâmicas podem persistir de maneira menos evidente ao longo da vida. Durante a adolescência, a identidade e a sexualidade estão em transformação, e questões relacionadas ao desejo e à relação com os pais ainda podem influenciar o comportamento e os sentimentos dos adolescentes. Na adolescência, ocorrem reorganizações significativas nas relações interpessoais, à medida que os adolescentes buscam independência e identidade separada dos pais. A rivalidade e o desejo edipianos podem reaparecer de formas mais sutis e simbólicas, afetando a maneira como os adolescentes se relacionam com seus pais e desenvolvem relacionamentos românticos. Como psicanalista, observo que o entendimento das dinâmicas edipianas na adolescência pode fornecer insights valiosos sobre o desenvolvimento emocional dos jovens e seus relacionamentos interpessoais. No entanto, é importante lembrar que a psicanálise é uma teoria complexa, e as dinâmicas psicológicas individuais variam amplamente. Não é necessariamente prejudicial ter questões edipianas na adolescência; isso faz parte do processo de amadurecimento e construção da identidade.
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