Estou passando por uma situação muito difícil em minha vida, sou homem casado com mulher a 6 anos e

22 respostas
Estou passando por uma situação muito difícil em minha vida, sou homem casado com mulher a 6 anos e temos uma filha de 1 ano, mas acontece que eu tenho desejos sexuais com outros homens porem nunca tive nada com nenhum homem e sou viciado em porno gay e isso já está afetando minha vida sexual com ela tenho falhado muito na cama, a algum tempo atrás eu contei tudo para ela, mas decidimos continuar tentando salvar nosso casamento e disse que não veria mais pornografia, porém não consigo parar de ver, ela sempre me pergunta se estou bem e sempre falo que sim pois tenho vergonha de ficar a todo tempo falando desse assunto, mas sei que ela percebe e agora estamos passando por um momento muito difícil, penso sempre em me separar, mas o medo de perder meu casamento e de viver longe de minha filha é muito grande. Não sei o que fazer nem como resolver já tentei ajuda com o pastor de nossa igreja mas não resolveu, eu não consigo mudar.
 Euller Gomes
Psicólogo
Uberlândia
Boa tarde , ler o seu relato, mostra nitidamente a angustia enfrentada em todo esse processo, primeiramente você precisa se acolher e se reconhecer , a terapia vai te auxiliar a elaborar emoções , sentimentos e te tirar desta percepção de culpa inexplicável, esse sentimento de infelicidade e ao mesmo tempo a falta de pertencimento ao meio. Cuidar de você na sua integralidade e reconhecer quais estruturas estão fixadas desde o passado, para que hoje você se refugia em tantas fugas ? O excesso sempre esconde alguma falta, e precisamos entender qual é , essa falta foi gerada em você, buscar pelo autoconhecimento é um caminho libertador e cheio de descobertas, se permita ser cuidado e respeitado. Não existe uma receita magica de elaborar todo esse processo, se não o aprofundamento emocional e as sessões que vão evidenciar descobertas e auto entendimento das questões relatadas, espero ter conseguido trazer o mínimo de afago possível para as suas queixas, e te direcionar a um caminho de autocuidado, que é extremamente necessário nesse processo, para ser você na sua integralidade , por completo não por fragmentos.

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 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Olá. Os desejos não são algo que podemos escolher ter ou não e nem qual desejo ter.
Penso que investigar melhor seus medos e possibilidades de resolução da situação vai te ajudar a ter mais clareza no pensar e a encontrar respostas.
Psicoterapia vai te ajudar nessa direção.
Essa é uma situação desagradável que muitos, de maneiras diferentes, passam por ela. São vários aspectos envolvidos e para uma ajuda efetiva é importante entender a situação com mais profundidade. Um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode te ajudar entender o que está envolvido nisso e elaborar o que for necessário.
É um caminho muito difícil esse que você vem percorrendo, de verdade. É realmente difícil mudar o desejo e certamente não será possível eliminar seu desejo por homens, mas é possível ficar bem com isso. A sexualidade pode ser compreendida, aceita, exercida, ampliada, discutida, enfim.. há uma gama de ações com as quais ficamos bem se tratando de sexualidade e retrair/impedir/bloquear não são boas opções. Nesse ponto a gente produz adoecimento, que imagino ser o que você tentou relatar.
Dar passagem pra ela é o caminho saudável e se puder ser em diálogo com quem você ama, melhor ainda. É um momento importante, que pode ser melhor atravessado com apoio de um terapeuta. É muito possível e viável ficar bem com esse contexto, quem sabe até ficar bem no seu casamento atual.
Buscar ajuda profissional é um passo essencial para lidar com a compulsão por pornografia e, mais do que isso, para compreender o que realmente pode te trazer bem-estar e realização de forma profunda e duradoura.
Com o acompanhamento adequado, é possível entender as causas por trás desse comportamento, identificar gatilhos emocionais e construir estratégias mais saudáveis para lidar com suas emoções e necessidades.

Você não precisa passar por isso sozinho — a terapia pode ser um espaço seguro e transformador nesse processo.
Olá.

Antes de tudo, quero reconhecer a coragem que você teve ao compartilhar seus sentimentos e a complexidade da situação que está enfrentando. Vivenciar um conflito tão profundo entre o que você sente e a vida que construiu com sua esposa e sua filha não é fácil. Parece que você está em um ponto de grande sofrimento, lidando com expectativas internas, medos sobre o futuro e uma luta constante contra desejos e comportamentos que, por mais que você tente controlar, parecem estar afetando sua vida de maneira significativa.

O que você está vivendo envolve questões de identidade, sexualidade e relacionamentos, e é muito comum que esses conflitos causem angústia. O desejo sexual com outros homens, a dependência de pornografia e as dificuldades em manter uma vida sexual satisfatória com sua esposa parecem estar criando uma tensão interna muito forte. Isso é algo que pode ser difícil de lidar sozinho, especialmente quando se sente vergonha e medo de conversar sobre isso, tanto com sua esposa quanto com outras pessoas, incluindo os profissionais de ajuda que você já procurou.

Primeiro, gostaria de te lembrar que a vergonha, que parece ser uma sensação muito forte para você, muitas vezes se torna um bloqueio importante. Ela impede que você se abra totalmente, o que acaba dificultando ainda mais a resolução do problema. Você menciona o medo de perder o casamento e estar distante de sua filha, e isso é completamente compreensível. No entanto, esse medo de perder algo importante não pode ser a única razão para mudar ou para não fazer algo em relação ao que você está sentindo. A mudança verdadeira precisa vir de um espaço em que você possa se compreender, se aceitar e, a partir disso, agir com mais clareza sobre os próximos passos.

O fato de você ter tentado parar de ver pornografia e, mesmo assim, sentir que não consegue, indica que há uma dependência emocional e até psicológica em relação ao comportamento. A pornografia, muitas vezes, pode se tornar uma forma de fuga ou uma maneira de lidar com questões não resolvidas, como os desejos que você sente. Essa repetição pode gerar uma espécie de ciclo vicioso que é difícil de romper sem o apoio adequado.

Em relação ao seu casamento, o mais importante é o diálogo aberto com sua esposa. Sei que a vergonha e o medo de magoá-la são grandes, mas ela já sabe que você está lidando com esses sentimentos, e isso já cria um ponto de partida para conversas mais profundas. Talvez não seja a questão de resolver tudo de imediato, mas de ir tratando o assunto aos poucos, com mais transparência e honestidade. O processo de reconstrução de uma relação não é simples, e envolve não apenas mudanças de comportamento, mas também a compreensão mútua, o respeito e a criação de um espaço onde os dois possam expressar suas necessidades, medos e frustrações.

O que você está vivendo não precisa ser encarado como uma falha ou um defeito. São questões complexas de identidade sexual, desejo e intimidade que precisam ser trabalhadas com muito cuidado. A terapia, especificamente a psicoterapia, pode ser uma excelente forma de lidar com essas questões mais profundas. Considerando que o pastor que você procurou não conseguiu ajudá-lo de forma eficaz, talvez seja interessante buscar um terapeuta especializado em sexualidade e relacionamento, alguém com a experiência necessária para apoiar você nesse momento.

Em relação à separação, é importante refletir sobre o que você realmente quer para sua vida e o que seria mais saudável para sua própria evolução e felicidade. Às vezes, o medo de perder uma relação pode nos fazer hesitar em tomar decisões, mas o mais importante é cuidar de você e entender como pode ser mais íntegro com seus sentimentos e suas necessidades. Esse processo não é simples e envolve muitas camadas de autoconhecimento.

Meu conselho é que busque ajuda profissional para explorar esses desejos e comportamentos, assim como para refletir sobre a sua identidade e a relação com sua esposa. Não há respostas fáceis, mas ao se permitir falar e entender o que está por trás desse sofrimento, você pode começar a tomar decisões mais claras e saudáveis para sua vida.

Estou aqui se precisar conversar mais sobre isso.
Não há nenhum problema no seu desejo, isso não faz de você uma pessoa errada ou ruim, mas uma vez que você esta em um casamento com uma mulher talvez seja o momento de buscar uma solução em que você possa ser mais espontâneo. Um relacionamento aberto é uma opção? a separação realmente vai te afastar da sua filha? a melhor dica que posso te dar é procure terapia, seja qual for a decisão escolhida vai deixar este momento mais fácil de ser atravessado.
O que você está vivendo parece indicar um conflito interno importante entre seus desejos inconscientes e os papéis sociais que você assumiu. A compulsão pela pornografia e as dificuldades na relação conjugal podem estar expressando justamente esse conflito reprimido. Não se trata de certo ou errado, mas de entender o que está por trás desses impulsos, o que foi recalcado, e como isso retorna de forma sintomática. O mais indicado é que você inicie um processo de análise, onde possa, sem julgamentos, elaborar esses conteúdos inconscientes, ressignificar suas experiências e encontrar uma posição subjetiva mais autêntica frente a sua sexualidade, sua paternidade e seu casamento. O sofrimento atual é um sintoma que aponta para algo que precisa ser escutado.
 Amanda Gontijo
Psicólogo
Divinópolis
Olá. Espero que esta mensagem encontre você com um pouco de fôlego para continuar, mesmo em meio à dor que está vivendo.

O que você compartilha é profundamente delicado e complexo. Sinto que você está imerso em uma crise existencial intensa, marcada por uma luta interna entre o desejo de preservar os vínculos afetivos na maneira em que construiu — seu casamento, sua paternidade, e seu lugar como conhece nesse circulo — e, ao mesmo tempo, por um conflito interno que insiste em emergir, ainda que acompanhado por medo, culpa e vergonha.

Essa tensão parece ter gerado uma espécie de paralisia existencial, em que nenhuma escolha se faz plenamente possível sem que outra seja dolorosamente ameaçada. E é precisamente nesse não-escolher que se instala um sofrimento silencioso e contínuo, pois como nos ensina Sartre, a liberdade é uma condenação — somos sempre responsáveis por nossas escolhas, inclusive pela escolha de não escolher.

A sensação de não conseguir parar de consumir o conteúdo sexual, de sentir desejos que não correspondem à vida que construiu até aqui, e de experimentar falhas no vínculo sexual com sua parceira, revela muito mais do que um "comportamento a ser corrigido". Revela a emergência de um conflito identitário profundo: você parece estar em busca de compreender quem é, o que sente, e como pode existir de modo mais autêntico, sem trair a si mesmo.

Essa contradição entre os papéis sociais assumidos (o marido, o pai, o homem de fé) e os desejos que não se encaixam nesses modelos pode gerar culpa intensa, mas também revela a complexidade de ser humano. Você não está “errado” por viver essa crise — você está vivo, e está buscando sentido, e o modelo atual parece conflitar com aquilo que constitui sentido em seu âmago.

A fé e o acolhimento espiritual, que você já buscou, podem ter sua função, mas talvez não deem conta da dimensão existencial do que está vivendo agora. Seria importante que você pudesse encontrar um espaço de escuta psicoterapêutica — com um(a) profissional que não apenas respeite sua história e seus vínculos, mas que possa acolher sua angústia sem tentar moralizá-la ou patologizá-la.

Essa crise pode ser um ponto de partida, e não um fim. Talvez ainda não seja o momento de decidir nada — talvez o primeiro passo seja simplesmente habitar sua verdade com mais honestidade, consigo mesmo, e permitir que essa escuta gere compreensão e não condenação.

Você está tentando fazer o melhor que pode diante de uma situação que é imensamente difícil. E isso merece reconhecimento.

Espero ter ajudado.
Dra. Carolaine Siqueira
Psicólogo
São José do Rio Preto
Olá!

Primeiro, quero te acolher por ter tido a coragem de compartilhar algo tão íntimo e difícil. Isso já mostra o quanto você está buscando uma saída e tentando cuidar da sua família e também de si mesmo.

Na abordagem sistêmica, entendemos que o que está acontecendo na sua vida não se resume a um "problema individual", mas é um reflexo de dinâmicas mais amplas: suas crenças, sua história, seus relacionamentos e até as expectativas que você carrega. Muitas vezes, o que a gente chama de "vício" é uma forma de lidar com conflitos internos não resolvidos desejos, medos, vergonha, identidade que não encontram espaço para serem escutados de forma segura.

O sofrimento que você está vivendo não precisa ser enfrentado sozinho. Com o acompanhamento terapêutico certo, é possível compreender de onde vem tudo isso, ressignificar sua relação com a sexualidade e encontrar caminhos mais leves e verdadeiros sem precisar viver preso entre culpa e medo.

Se sentir que é o momento de olhar com mais profundidade para tudo isso, estou à disposição para te ajudar nesse processo com respeito, sem julgamentos e com uma escuta que acolhe você por inteiro.

Se quiser, marque uma sessão comigo. Vai ser um passo importante nesse caminho que você está buscando.
Obrigado por compartilhar algo tão delicado e difícil. Imagino o quanto isso possa estar pesando, não só pelas dúvidas que te atravessam, mas também pela solidão que pode vir junto, mesmo estando dentro de um casamento e tendo uma família formada.

Como tem sido para você conviver com esses desejos e, ao mesmo tempo, sentir que precisa escondê-los — até de quem está mais próximo? O que sente quando pensa na possibilidade de falar sobre isso de maneira mais aberta, sem que isso seja sinônimo de culpa ou condenação? Parece que você vem se cobrando bastante para "mudar", mas talvez seja importante olhar com mais cuidado não só para o que quer mudar, mas para o que está tentando compreender de si mesmo.

Talvez a questão aqui não seja simplesmente sobre pornografia ou desempenho, mas sobre identidade, desejo, escolha, e também sobre medo — medo de perder, de não ser aceito, de machucar quem você ama. Em vez de buscar respostas rápidas ou finais, pode ser mais possível começar a olhar com honestidade e sem pressa para o que você sente. Isso pode abrir espaço para entender melhor suas contradições, suas dúvidas, e até mesmo o que deseja preservar ou transformar na sua vida.

Você já pensou em procurar um espaço terapêutico para falar sobre isso? Não para rotular ou corrigir, mas para poder simplesmente dizer o que sente e ir se escutando? Às vezes, ter esse espaço onde não é preciso fingir ou decidir tudo de uma vez pode ser um primeiro passo importante. Se sentir que é hora de buscar isso, estarei aqui.
Precisa declarar que a verdade é que você não quer parar de ver os vídeos, conseguir você consegue. Depois disso, precisa saber o que quer de fato.
Só não consegue ter relações com a sua esposa, pois está alimentando o seu imaginário com as fantasias. Você sabe que aquelas pessoas estão sendo pagas pra aquilo né?
Você precisa viver a realidade. Onde não é só prazer.
 Cristiano Ávila
Psicólogo, Psicanalista
Praia Grande
Olá. O ideal seria primeiro fazer uma avaliação bem detalhada e entender qual foi o gatilho que te levou a esse desejo. Compreendermos se sempre teve desejos sexuais por homens, ou isso foi apenas depois de um período. Entender isso, fará toda a diferença no tratamento. Trabalhar a mente subconsciente, ressignificar eventos traumáticos e trilhar um novo caminho neural, será seu divisor de águas. Após isso, trabalhar o casal em si.
Olá! Antes de qualquer coisa, quero te acolher e dizer que é muito importante você ter a coragem de compartilhar algo tão íntimo e difícil. Só esse movimento já demonstra que você está buscando mudança e não quer permanecer nesse sofrimento sozinho.

Percebo o quanto essa situação está te causando angústia, conflito interno e afetando diversas áreas importantes da sua vida: seu casamento, sua relação com sua esposa, sua paternidade e sua própria autoestima.

Na Terapia Cognitivo-Comportamental, compreendemos que muitas vezes ficamos presos em padrões de pensamento, emoções e comportamentos que acabam se retroalimentando: quanto mais tenta evitar ou reprimir algo, mais forte parece que aquilo se torna, gerando culpa e alimentando a sensação de impotência.

É importante entender que o seu comportamento de buscar pornografia, mesmo contra sua vontade, não significa que você é fraco ou que não quer mudar, mas que existem mecanismos automáticos — como o alívio temporário da ansiedade ou a tentativa de evitar entrar em contato com sentimentos difíceis — que acabam mantendo esse ciclo.

Na terapia, você poderá, em um espaço seguro e sem julgamentos, aprender a:
Reconhecer e compreender melhor os seus pensamentos, desejos e impulsos;
Identificar os gatilhos que ativam esse comportamento;
Desenvolver estratégias mais saudáveis para lidar com a ansiedade, o medo e a vergonha;
Trabalhar questões relacionadas à sua identidade, sexualidade e valores, com clareza e respeito ao seu tempo.

Além disso, poderá explorar novas formas de fortalecer o vínculo com sua esposa e cuidar da sua relação, se esse for um desejo de vocês.

Não existe uma resposta única ou uma solução mágica, mas existe um caminho possível — de autoconhecimento, responsabilidade e acolhimento. Você não precisa passar por isso sozinho.

Se sentir que é o momento, buscar ajuda terapêutica pode ser um grande passo. E, se quiser, estou aqui para te acompanhar nesse processo.
Seu relato revela uma profunda dor e um grande conflito interno, que envolve não apenas sua sexualidade, mas também aspectos muito importantes da sua vida, como seu casamento, a relação com sua filha e os valores que orientam suas escolhas. É compreensível que, diante de sentimentos tão complexos e de comportamentos que você gostaria de mudar, surjam culpa, vergonha e até uma sensação de impotência. A Psicologia pode ser uma aliada fundamental nesse processo, oferecendo um espaço seguro, acolhedor e livre de julgamentos para que você possa compreender melhor seus desejos, seus valores, os significados que atribui à sua sexualidade e como tudo isso impacta sua vida afetiva e conjugal. Além disso, o acompanhamento psicológico pode ajudá-lo a lidar com a compulsão pela pornografia e a melhorar sua comunicação com sua esposa, favorecendo decisões mais conscientes e respeitosas consigo e com ela. Não se trata de "mudar quem você é", mas sim de construir, com apoio técnico e ético, caminhos mais saudáveis e compatíveis com o que você deseja para sua vida. A coragem que você demonstrou ao falar com sua esposa e buscar ajuda é um passo muito importante, e contar com um psicólogo pode ser o próximo movimento nesse processo de autoconhecimento e cuidado.
 Aurilene Recco Silva
Psicólogo
Dourados
O que você está vivendo é uma experiência profunda e complexa, que traz à tona questões importantes sobre identidade, desejos, relacionamentos e o próprio cuidado consigo mesmo. Na Gestalt Terapia, valorizamos muito o reconhecimento e a aceitação do que está presente no aqui e agora, sem julgamentos, como caminho para encontrar clareza e possibilidade de mudança.

Sentir-se dividido entre desejos e compromissos, enfrentar o vício em pornografia e lidar com o impacto disso no seu casamento e na sua autoestima são desafios que pedem acolhimento e suporte especializado. O fato de você ter coragem para compartilhar essas dificuldades já é um passo significativo. O medo de perder o casamento e a relação com sua filha revela o quanto você valoriza esses vínculos, e justamente por isso buscar ajuda adequada pode ser fundamental.

É importante procurar um psicoterapeuta com experiência em sexualidade humana, que possa trabalhar com você para entender suas emoções, desejos e conflitos internos de forma segura e acolhedora. A terapia pode ajudar a explorar esses aspectos sem pressa, respeitando seu ritmo, e também a encontrar estratégias para lidar com o vício e restaurar a qualidade da sua relação conjugal.

Lembre-se de que não é necessário enfrentar tudo sozinho. O apoio profissional e um espaço onde você possa se expressar livremente podem abrir caminhos para uma vida mais autêntica e integrada, respeitando suas necessidades e limites. Cuidar de si e dos seus vínculos é um ato de coragem e amor, e merece atenção delicada e dedicada.
 Nilzelly Martins
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá,

Antes de qualquer coisa, eu quero te dizer: você não está sozinho. O que você está vivendo pode parecer confuso, doloroso, e talvez até solitário, mas o simples fato de estar falando sobre isso já mostra que há em você um desejo de entender, de cuidar, de encontrar um caminho mais verdadeiro para si mesmo e para aqueles que você ama. E isso é algo muito importante.

Você está trazendo aqui um conflito interno profundo, entre o que sente, o que deseja, o que acredita, o que teme perder e o que gostaria de preservar. Isso não se resolve com respostas prontas, porque não se trata de uma escolha simples, como muita gente pode pensar. O que você vive está atravessado por questões de identidade, desejo, vergonha, responsabilidade, amor, culpa… E tudo isso merece escuta, tempo, e respeito.

Na psicanálise, a gente entende que o desejo não é algo que se escolhe. Ele se impõe, muitas vezes de forma silenciosa, outras vezes de forma avassaladora, e nem sempre faz sentido dentro dos padrões que aprendemos como “certos”. Você está se deparando com um desejo que vem te acompanhando, e que hoje está começando a te colocar diante de um limite: o da sua verdade.

E veja, isso não quer dizer que você ama menos sua esposa ou sua filha. As coisas não são tão lineares assim. Mas o que parece estar te sufocando é essa tentativa de “resolver” tudo sozinho, em silêncio, escondendo não só dela, mas de si mesmo, a sua angústia. Quando tentamos reprimir o que sentimos, não é incomum que o corpo acuse, como está acontecendo com a sua sexualidade, sua autoestima, seu prazer.

Você procurou ajuda no espaço que conhece, com o pastor da sua igreja, e mesmo isso não aliviou esse peso. Isso já mostra que não é uma questão apenas de força de vontade ou de fé. É algo mais profundo, que talvez precise de outro tipo de escuta, uma escuta clínica, que não vai te julgar, que não vai te empurrar para respostas prontas, mas que vai te ajudar a compreender quem é você, o que você sente e o que deseja fazer com isso.

Na psicanálise, a gente não está aqui para te dizer quem você “é” ou o que “deve” fazer. Estamos aqui para te acompanhar na travessia de si mesmo, para que você possa fazer escolhas que façam sentido com a sua verdade, e não apenas com o que esperam de você.

Separar-se ou não, assumir ou não um desejo, mudar de vida ou não... são decisões grandes. Mas elas não precisam ser tomadas agora, nem às pressas. O mais urgente agora talvez seja você poder se escutar de verdade, num espaço onde possa falar livremente, sem culpa, sem medo, sem ter que se justificar o tempo todo.

Você não precisa mudar quem é. Mas pode sim entender o que está acontecendo dentro de você, e aprender a lidar com isso de forma mais leve, mais honesta e menos solitária.

Você está dando o primeiro passo ao buscar ajuda. E esse passo já é parte do caminho.

Se desejar, estou aqui para te auxiliar construir esse momento de cuidado, acolhimento e análise.
Na abordagem sistêmica de casal, seu conflito não é visto como um problema isolado, mas como algo que impacta todo o sistema conjugal e familiar. O foco da terapia seria criar um espaço seguro para você e sua esposa conversarem com honestidade, sem julgamentos, explorando o que a pornografia representa, o impacto na relação e os medos que envolvem separação e paternidade.
A ideia é construir novos acordos e compreender juntos o que é possível preservar ou transformar. Você não precisa lidar com isso sozinho — procure um terapeuta de casal sistêmico para ajudar a ressignificar esse momento.
Olá! obrigada por compartilhar algo tão difícil, você deve estar se sentindo dividido, confuso e sobrecarregado com tantas emoções e responsabilidades como: marido, pai e como alguém que está tentando entender a si mesmo. O que você está vivendo envolve características muito profundas da sua identidade, desejos, valores e do seu relacionamento. Não há respostas fáceis ou resultados imediatos, mas existe sim um caminho possível de autoconhecimento e de construção de escolhas mais conscientes e alinhadas com quem você é. O ideal seria que você procurasse uma ajuda profissional, que em conjunto poderá lhe ajudar a compreender melhor tudo isso que está ocorrendo: seus sentimentos, suas dúvidas, seus medos e o que deseja para sua vida e sua família. Desta forma mudando o olhar para a situação, identificando de onde vem os comportamentos, o que eles significam e o que pode te ajudar a sentir-se melhor consigo mesmo.
 Patrícia L. Nunes
Psicólogo
Poços de Caldas
Você está vivendo um conflito bastante sério em relação aos seus desejos, à sua identidade e à vida que construiu até aqui. Não dá para resolver esse tipo de conflito sozinho, nem apenas com força de vontade. A psicoterapia pode te ajudar a desenvolver o autoconhecimento necessário para lidar com essas questões de forma consciente e cuidadosa. Tenho certeza que você pode se beneficiar do ambiente de acolhimento, escuta e reflexão que a terapia oferece. Fico à disposição para ajudá-lo.
Olá! Imagino seu sofrimento... procure um psicólogo. Na psicoterapia irá obter o autoconhecimento, ter clareza do que quer, como conduzir as mudanças, entender os motivos de ficar vendo pornografia, enfim, ter apoio e ajuda para superar esse momento.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

Só o fato de você conseguir colocar tudo isso em palavras já mostra um nível de consciência e dor que não devem estar sendo fáceis de carregar. Existe aí um conflito intenso entre aquilo que você deseja, aquilo que acredita ser o certo, e aquilo que teme perder — e quando essas três forças entram em choque, é como se a alma ficasse presa em um campo minado, onde qualquer passo parece perigoso demais.

Você descreve um cenário em que tenta "ser forte" para salvar o casamento, mas sente que está se perdendo nesse processo. A vergonha que você sente ao falar com sua esposa e o medo de decepcioná-la talvez tenham feito com que você se desconectasse não apenas dela, mas de si mesmo. Em casos assim, o cérebro entra em um estado de alerta constante, tentando manter a aparência de controle enquanto por dentro há um turbilhão emocional que precisa ser olhado com mais gentileza e profundidade. A neurociência nos ajuda a entender que compulsões e dificuldades sexuais muitas vezes são tentativas do cérebro de regular emoções que ainda não puderam ser organizadas internamente — como se o desejo se tornasse uma linguagem que tenta expressar aquilo que as palavras ainda não deram conta.

Será que em algum momento da sua vida você pôde explorar sua sexualidade de forma livre e sem medo de rejeição? O quanto da sua dificuldade hoje pode estar relacionada a expectativas que foram impostas sobre o que seria "certo" ou "normal" sentir? E o que será que dói mais: a possibilidade de viver algo autêntico, ou o risco de não ser mais reconhecido por quem você ama?

O seu sofrimento é legítimo, e é possível olhar para isso com mais profundidade, num espaço seguro, que não busque te enquadrar, mas sim te compreender. O processo terapêutico pode ajudar justamente a entender como essa teia emocional foi construída, e a partir disso, reconstruir os caminhos de forma que você não precise mais viver em guerra com você mesmo.

Caso precise, estou à disposição.

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