Eu acho que estou desenvolvendo ansiedade social, pois em qualquer situação social já vem um pensame

9 respostas
Eu acho que estou desenvolvendo ansiedade social, pois em qualquer situação social já vem um pensamento que eu estou parecendo estranha. Quando eu estou em uma situação social parece que fico meia travada a minha expressão muda fico séria e tenho dificuldade de olhar nos olhos.
Sou tímida desde de pequena pois sofri bullying e muito ligado a aparência e isso sempre me deixou com autoestima baixa e então preferia ficar bem quietinha pra ver ser não me notavam e isso parava, mas hoje percebo que não adiantou.
Hoje talvez faço até coisas que antes não fazia tipo fazer alguma pergunta e eu também vou nos lugares cheios, participo de eventos, mas me sinto insegura e não consigo ser espontânea.
A pouco tempo as minhas mãos estão suando um pouco em algumas situações e isso me deixa nervosa.
Quero me aceitar mais e não sentir mais esse desconforto.
Tenho pesquisado e assistido bastante conteúdo de ansiedade social, mas parece que confrontar e lembrar me deixa um pouco para baixo.
Eu tenho um pouco de dificuldades porque a minha família não compreende muito e acha que bullying é só esquecer mas para mim não tem cido facil.
O que eu descrevi se enquadra em timidez ou ansiedade social o que eu posso fazer para lidar com isso?
Desde já agradeço!
Olá, espero que esta resposta traga um pouco de conforto para você.
Veja, os casos de ansiedade ou timidez se manifestam de uma forma muito particular em cada indivíduo, por isto é importante analisar as suas singularidades e aspectos únicos que se manifestam a cada sintoma.
Seu relato é muito rico e importante para dar início a um processo terapêutico.
Já pensou em falar sobre estas reações com um/a psicólogo/a?
Grande abraço!

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Olá, espero que você esteja bem. O que você descreve é algo que pode gerar muito desconforto ao longo dos anos. E é compreensível que isso tenha deixado marcas na forma como você se relaciona hoje.

É importante dizer que você não precisa descobrir sozinha se isso é timidez, ansiedade social ou algo entre essas duas coisas. O mais seguro é buscar acompanhamento psicológico para explorar, com calma, como essas sensações começaram, como aparecem hoje e o que elas significam na sua história.

Na minha prática clínica, olhamos justamente para isso: como cada pessoa vive suas inseguranças, medos e expectativas em relação aos outros. A terapia pode te ajudar a entender como o bullying afetou a sua autoestima, a reconhecer seus recursos internos e a construir maneiras mais cuidadosas de se aproximar das situações sociais sem se cobrar espontaneidade imediata, e sem se sentir “errada” por reagir como reage.

Sobre o que você pode fazer agora: começar falando sobre o que sente, observar quando o corpo sinaliza desconforto, praticar pequenos movimentos de exposição no seu ritmo e, principalmente, ter um espaço terapêutico onde isso possa ser elaborado sem críticas nem pressa.

Se sentir que é o momento, estou à disposição para te acompanhar e pensar com você sobre tudo isso.
Olá, boa tarde.

Parabéns pela descrição de sua condição. Certamente ela habilita um comentário mais completo.

A distinção pode ser complicada para qualquer psicólogo te responder por aqui, pois uma opção é um traço de personalidade e a outra é um transtorno mental. Cuidado com quem diagnostica a esmo, sem muito estudo do caso, uma vez que isso já indica um diagnóstico precoce.

O que posso te dizer com honestidade é que, diante do que você descreveu, pode ser uma das duas opções, as duas ao mesmo tempo ou até nenhuma delas (embora eu considere essa última possibilidade pouco provável). Para saber com precisão, seria necessária uma avaliação com um profissional habilitado, estudioso e ético. Mesmo com uma descrição tão boa quanto a sua, sempre existem detalhes que só aparecem em consulta.

Sobre a segunda parte da sua mensagem, aqui consigo ser um pouco mais específico. É importante entender a origem do seu desconforto e tentar lidar diretamente com ela. A situação de bullying que você viveu na escola provavelmente te ensinou maneiras de se proteger, mas é importante se perguntar: essas estratégias ainda são necessárias hoje?

Sei que é difícil mudar todos os comportamentos de uma vez. Por isso, a ideia é ir aos poucos. Primeiramente, escolha o comportamento mais fácil para você, como olhar nos olhos das pessoas. Quando isso estiver mais natural, avance para outros comportamentos. Assim você vai se soltando gradualmente e ganhando mais conforto nas interações.

Outra questão é o desconforto em ambientes muito cheios. Uma estratégia útil é iniciar exercícios de respiração e relaxamento em locais mais abertos e com poucas pessoas. Com o tempo, e conforme for ficando mais fácil, você pode se expor a ambientes progressivamente mais fechados e movimentados, sempre praticando as técnicas de respiração.

Essas orientações podem ajudar bastante, mas, para trabalhar de forma mais profunda questões como autoestima, ansiedade social e possíveis traumas, um acompanhamento psicológico seria o mais indicado.

Espero ter ajudado. Grande abraço!
Pelo seu relato, é possível que você esteja vivendo mais do que timidez, q pode se tratar de desconforto leve. Já a ansiedade social envolve medo intenso de ser julgada, tensão no corpo, dificuldade de contato visual e pensamentos negativos automáticos, sinais que você descreveu.

O bullying que você viveu pode ter contribuído para essa insegurança, e é natural que isso ainda influencie suas relações hoje. Mesmo assim, você já faz coisas importantes, como participar de eventos e fazer perguntas, o que mostra avanço.

Para lidar com isso, alguns passos ajudam:
• observar e questionar pensamentos autocríticos;
• se expor aos poucos a situações sociais;
• usar técnicas de respiração e grounding para controlar o corpo;
• praticar autocompaixão;
• e, se possível, buscar terapia para aprofundar esse processo.

A boa notícia é que ansiedade social tem tratamento, e você pode sim construir relações mais leves e espontâneas.
Olá!Quero te dizer que o que você descreve é mais comum do que parece.
A sua experiência faz bastante sentido: quando alguém passa por bullying na infância, especialmente relacionado à aparência, o cérebro aprende a se proteger evitando exposição. Com o tempo, essa proteção pode evoluir para timidez mais intensa ou para ansiedade social, que é quando o medo do julgamento começa a gerar sintomas físicos (como mãos suando, tensão, travamento, dificuldade de olhar nos olhos) e interfere no bem-estar.
Pelo que você trouxe, pode haver elementos dos dois:
timidez de longa data
+ ansiedade social situacional, que aparece principalmente onde você sente que está sendo observada ou avaliada.
O ponto importante é: isso tem tratamento e melhora muito com acompanhamento psicológico.
Na terapia, trabalhamos:
reconstrução da autoestima ferida pelo bullying
manejo dos pensamentos automáticos de “parecer estranha”
técnicas para reduzir os sintomas físicos
treinamento de habilidades sociais de forma gradual e segura
ressignificação da vergonha e do medo de julgamento
É um processo muito libertador, você não precisa enfrentar isso sozinha, e realmente não é algo que se “esquece”, como às vezes a família imagina.
Se você sentir que é o seu momento, posso te ajudar nesse caminho com acolhimento e estratégias práticas para viver com mais espontaneidade e leveza dentro do processo de terapia.
Isadora Klamt Psicóloga CRP 07/19323
O fato de ter sofrido bullying pode causar dificuldades nos relacionamentos e pode ser necessário um tratamento adequado para minimizar esse problema, pois muitas vezes, como você mesmo percebeu, as consequências do bullying, podem não ser adequadamente avaliadas por outras pessoas, mesmo porque, elas provavelmente não sabem como ajudar, por mais que tenham boas intenções. Uma boa psicoterapia, com um psicólogo com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode te ajudar.
O que você descreve vai além de timidez. Esses pensamentos de parecer “estranha”, o corpo travando, o suor nas mãos e o medo constante de ser julgada são sinais mais próximos de ansiedade social, especialmente considerando o bullying que você viveu. Isso explica por que seu corpo reage como se estivesse em alerta, mesmo quando você tenta participar mais. O que pode ajudar é começar a perceber que esses pensamentos são suposições, não fatos, se expor aos poucos sem se cobrar ser espontânea, alternar o olhar entre a pessoa e o ambiente para não se sentir pressionada e tentar ser um pouco mais gentil consigo mesma, entendendo que você está lidando com marcas antigas. Se puder, a terapia pode dar um suporte importante, ainda mais quando a família não entende. E vale reconhecer que, mesmo insegura, você já faz coisas que antes evitava — isso já é avanço.
Olá! A sudorese nas mãos podem, muitas vezes, ser sinais de ansiedade. É o corpo respondendo a um estado de alerta constante, enquanto o comportamento de evitar situações que geram desconforto é uma estratégia de proteção, mas que acaba reforçando o medo com o tempo.

O bullying, por sua vez, pode deixar marcas profundas, pois quem passou por isso tende a interpretar o mundo como um lugar cruel ou rejeitador. Isso gera cicatrizes emocionais que podem influenciar relacionamentos, autoestima e a forma de lidar com desafios ao longo da vida.
Na terapia, você encontrará um espaço seguro de acolhimento e validação dos seus sentimentos, podendo explorar e ressignificar essas experiências.

Existem caminhos para lidar com essas situações. Para ansiedade, além de técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental, uma estratégia simples que você pode aplicar nos momentos que te deixam mais insegura e tensa é a respiração 4-7-8: inspire pelo nariz contando até 4, segure a respiração contando até 7 e expire lentamente pela boca contando até 8. Esse exercício ajuda a acalmar o corpo no momento em que a ansiedade surge. No entanto, ressalto que é preciso um olhar mais amplo aos seus sintomas antes de fazer um diagnóstico.

Para cicatrizes do bullying, o trabalho terapêutico pode incluir ressignificação das experiências, fortalecimento da autoestima, treino de assertividade e habilidades sociais para melhorar a qualidade dos relacionamentos e ajudando a desenvolver uma visão mais segura e acolhedora do mundo e até mesmo de você!

Cada pessoa é única, e o tratamento combina acolhimento e técnicas baseadas em evidências para promover mudanças reais e sustentáveis.
Pelo que você descreve, dá para sentir o quanto essas situações sociais têm sido difíceis e como carregam uma história que começou cedo, marcada pelo bullying e pela sensação de precisar se esconder para não ser machucada. É natural que hoje apareçam inseguranças, tensão no corpo, medo de parecer “estranha” ou dificuldade de ser espontânea. Essas reações não são falhas; são maneiras que você encontrou para se proteger ao longo do tempo.
As experiências que você trouxe mostram um desconforto real, e também mostram sua força: mesmo sentindo tudo isso, você continua se expondo, indo a lugares cheios, participando de eventos e tentando fazer diferente do que fazia antes. Esse movimento já é muito significativo.
Sobre entender se isso é timidez ou ansiedade social, vale lembrar que a diferença não precisa ser definida sozinha. O mais importante é reconhecer como essas situações afetam você hoje e como seria importante ter um espaço seguro para explorar isso com calma. É na terapia que é possível construir uma compreensão mais profunda da sua história, das suas emoções e do que você tem vivido, sem julgamentos.

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