Faço terapia há mais ou menos 3 anos, mas mesmo assim costumo voltar para o mesmo estado de desânimo

14 respostas
Faço terapia há mais ou menos 3 anos, mas mesmo assim costumo voltar para o mesmo estado de desânimo de sempre, antes achava que era preguiça, mas tenho vontade de fazer coisas mais ativas, mas meu corpo e minha mente parecem sempre quererem ficar em um estado constante de repouso. Tomo vitaminas e pratico atividade física regularmente, então não acredito que seja questão de saúde física, no entanto constantemente me sinto triste sem motivo, não consigo criar laços com ninguém e sempre evito ambientes com muitas pessoas porque é sufocante pra mim. Estou quase no fim da faculdade, porém não possuo perspectiva de futuro alguma, sinto que vou morrer sendo um fracasso, porque constantemente não me vejo como capaz de fazer o que tenho vontade, sinto que sou burra e que todos estão alcançando algo na vida, menos eu. Costumava desejar muito a morte, no entanto, sei que no fundo só gostaria de poder a vida sem saber que minha cabeça funciona de uma maneira completamente diferente das outras pessoas.
Dra. Dulcemara Dedino
Psicanalista, Psicólogo
São Paulo
a psicanálise lacaniana aborda essa experiência de sofrimento não como um defeito ou um fracasso moral, mas como uma estrutura lógica que pode ser interpretada. Sendo assim , se há alguma contribuição que eu possa deixar aqui para você, é: Qual é a sua bússola inconsciente que a faz retornar a essa "estrutura de repouso"? A resposta para o seu sofrimento não está em eliminar a diferença, mas em encontrar um modo de fazer laço com ela, assumindo sua singularidade sem a exigência de ser como os outros em relação ao Ideal. Trabalhe isto em terapia ou análise.

Tire todas as dúvidas durante a consulta online

Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.

Mostrar especialistas Como funciona?
Mesmo fazendo terapia há anos, é possível que, neste momento da sua vida, seja necessário ajustar a abordagem e aprofundar alguns temas importante. Converse com sua atual terapeuta e proponha ajustes para compreender melhor o que está por trás desses sentimentos. A partir disso, buscar construir formas mais leves e possíveis de você se relacionar consigo mesma, com as pessoas e com o futuro.
Olá! Primeiramente, parabens por ter se aberto para fazer terapia, isso significa que você se importa com você! Além de psicológo, sou terapeuta energético, e as vivências que temos em nossa vida ficam imantadas no nosso campo áurico, no nosso corpo. Até terapia da fala age até certo ponto. Eu recomendo uma Limpeza de Chakras Profunda, que é um tratamento que visa limpar das densidades que acumulamos. E isso, não anula a terapia, pelo contrário é mais uma recurso para melhorar a qualidade de vida.
É muito comum que fiquemos desanimados com determinadas situações, principalmente quando não vemos boas perspectivas futuras. Por outro lado, as vezes desenvolvemos uma crença interna de que não teremos sucesso, de que fracassaremos e esse tipo de pensamentos, mesmo que não claros, podem nos levar a boicotarmos o nosso próprio sucesso. Para situações como essa um bom psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode te ajudar.
Olá, boa tarde.
Uma pena que esteja com essa experiência. Infelizmente depende de caso para caso haver uma melhora no quadro. Muitas vezes nesses 3 anos você teve uma melhora ao comparar-se com antigamente, mas nem por isso pode haver uma certa frustração com relação a como gostaria de estar.

Não desanime, siga tomando suas vitaminas, praticando atividade física regularmente e se mantenha em terapia para continuar a alcançar seus objetivos! Nessa segunda parte, onde você citou sobre sentir-se burra, que todos estão alcançando algo em suas vidas menos você são tratáveis e podem ser parte do que te faz sofrer. TCC tem muito a acrescentar nisso com o conceito de Crenças Nucleares.

Desejo que consiga alcançar essa vontade de viver que tanto deseja, grande abraço.
Quem poderá avaliar isso de forma mais precisa é o profissional que já te acompanha, porque conhece a sua história e o seu processo ao longo do tempo. Mas, pelo que você descreve, talvez seja importante considerar um tratamento combinado, com terapia e acompanhamento psiquiátrico, para investigar melhor o que está acontecendo e receber o apoio adequado. A terapia continua sendo um espaço importante para compreender esses sentimentos, mas em alguns casos o psiquiatra pode ajudar a avaliar se existe algo no funcionamento emocional que também precisa de cuidado medicamentoso. Vale conversar sobre isso com quem te atende para pensarem juntos no melhor caminho para você.
 Lisiane Hadlich Machado
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Bom dia! Sugiro que converse com seu psicólogo ou reflita sobre trocar de profissional. A psicoterapia pode ter avaliação, metas objetivas e na medida que você vai melhorando amplia-se seu autoconhecimento e bem estar. Pelo seu relato de estar numa "estaca zero" emocionalmente, sugiro que busques outro tratamento psicológico profissional. Lembrando de verificar CRP ativo e frequência semanal mínima.
Dra. Dayse Ferreira
Psicanalista, Psicólogo
São José dos Campos
Olá! Como Você está? Desejo que esteja bem.
Parece que você volta sempre a um mesmo estado de desânimo, mesmo fazendo terapia e cuidando da sua saúde, você não consegue "quebrar" esse círculo. Isso não significa que você seja fraca ou incapaz, mas que existem sentimentos e experiências dentro de você que ainda não foram totalmente compreendidos, e por isso continuam aparecendo da mesma forma.

A tristeza "sem motivo", a dificuldade de criar laços e a vontade de se isolar muitas vezes são maneiras que a mente encontra para se Proteger Emoções Difíceis.
Além disso, comparar-se o tempo todo e se sentir “para trás” pode aumentar muito esse sofrimento dentre eles a autoestima e ansiedade.

Quando você diz que já desejou não estar viva, isso parece mais uma forma de QUERER QUE A DOR PARE, e não realmente um desejo de morrer. Isso merece cuidado e espaço para ser falado, para que você possa entender melhor o que está por trás desse peso todo.

Mesmo com tudo isso, o fato de você buscar entender o que sente mostra que existe uma parte sua que quer viver de um jeito mais leve.
E é justamente trabalhando isso, passo a passo, que você pode começar a construir perspectivas mais claras e possíveis para o seu futuro.
Dica: um retorno ao passado poderá lhe ajudar a entender seu presente.
 Michelle Novello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
O que você descreve não fala de preguiça ou incapacidade, mas de um sofrimento que merece ser escutado com cuidado. Na psicanálise, entendemos que certos padrões se repetem porque estão ligados a modos antigos de se proteger e de lidar com o mundo, ainda não totalmente elaborados.

O fato de você desejar viver de uma forma mais leve já mostra um movimento importante. Seria interessante explorar o sentido desses sentimentos e construir um espaço onde sua experiência possa ser acolhida e compreendida, para que novas possibilidades possam surgir no seu próprio ritmo.
Olá, como vai?
O seu relato me fez pensar na imagem do estrangeiro ou do alien, aquele que não pertence àquela cultura e se sente deslocado, estranho e principalmente, não pertencente. Dentro do episódio depressivo crônico, o sentimento de não pertencimento é recorrente e angustiante, a questão que pode ser formulada seria: qual é o meu lugar?
Além disso, é importante ressaltar o seu contexto, o fim da faculdade, o qual gera mais dúvidas e incertezas. Sugiro você procurar investir na sua carreira, realizando cursos extras na área do seu interesse, buscar por estágio não obrigatório, aproveitar os estágios obrigatórios, participar de grupos de pesquisa, PIBC, extensões universitárias, se apropriar do espaço da faculdade para se inserir em grupos e se desenvolver intelectualmente.
Sugiro você você falar sobre o que você postou aqui e as respostas que obteve com seu psicólogo, isso pode abrir para muitas reflexões. Se você achar necessário, pergunte ao profissional se ele te indicaria para uma avaliação com o psiquiatra, para iniciar o tratamento medicamentoso pontual.
Espero ter ajudado, fico à disposição!
Sinto muito que você esteja carregando tudo isso há tanto tempo. É doloroso viver essa sensação de cansaço emocional constante, como se a vida pedisse movimento, mas seu corpo e sua mente respondessem com um freio invisível. Isso não é preguiça — isso é sofrimento. E é um sofrimento real, legítimo, que merece ser acolhido com muito cuidado.

O que você descreve — tristeza sem motivo claro, dificuldade de criar vínculos, sensação de estar “desligada” do mundo, evitar ambientes, medo de ser um fracasso, comparar-se o tempo todo e sentir que seu funcionamento é diferente — não é falta de força, nem falta de caráter. São sinais de que algo dentro de você está pedindo ajuda.

E quando isso persiste mesmo com atividade física, vitaminas e anos de terapia, significa que existe um processo psicológico mais profundo acontecendo, que precisa ser compreendido com delicadeza e com uma abordagem que consiga enxergar sua história, seus padrões, suas contingências e o contexto em que tudo isso foi sendo construído.

Na Análise do Comportamento, entendemos que esses sentimentos não surgem do nada. Eles têm função, têm história, têm gatilhos e têm contingências que os mantêm. E, quando entendemos isso juntos — com calma, com afeto e sem julgamento — começamos a abrir espaço para que novas formas de existir possam aparecer.

Você não é burra.
Você não é um fracasso.
Você não está atrasada na vida.
Você está enfrentando algo muito maior do que a maioria das pessoas imagina.

Seu desejo de morrer, e ao mesmo tempo o desejo de “viver sem essa cabeça tão pesada”, mostram que, apesar da dor, existe em você uma vontade de seguir, de encontrar leveza, de descobrir outra forma de se relacionar com o mundo e com você mesma.

E isso é extremamente valioso.

Sim — buscar ajuda profissional faz todo sentido, especialmente agora, quando você está percebendo que sozinha (ou só com o que já foi tentado) está muito difícil romper esse ciclo.

Se você sentir que faz sentido, estou à disposição para te acompanhar nesse processo. Podemos, juntos, entender de onde vêm esses sentimentos, o que os mantém vivos, e construir caminhos reais e possíveis para que sua vida deixe de ser esse peso constante.

Você merece cuidado.
Você merece acolhimento.
E você não precisa carregar isso sozinha.
Você descreve um cansaço emocional muito profundo, e é compreensível que, mesmo fazendo terapia e cuidando do corpo, ainda se sinta presa nesse ciclo. Isso não significa fracasso, mas sim que algo dentro de você está pedindo uma atenção diferente. Essa sensação de não pertencer, de viver em modo de repouso e de se comparar com os outros pesa demais, e ninguém deveria enfrentar isso sozinho. É importante levar essas vivências para o seu processo terapêutico, talvez até avaliar novas abordagens ou ajustes, porque existe tratamento para esse tipo de sofrimento. Mesmo que agora pareça impossível enxergar futuro, isso não define quem você é nem o que ainda pode construir. Você não está sozinha, e pedir ajuda é um passo muito corajoso.

Olá, vou tentar dizer algo que seja útil, considerando que você já é uma pessoa acompanhada por profissional que provavelmente te orienta nessas questões. A frustração de não sentir progresso não é tão rara, e nem tudo é possível sentir, mas o que eu considero mais importante nesse tipo de situação é dar atenção ao sentimento de que "não adianta" ou que "já tentei de tudo" ou que o esforço "não vale a pena" etc. Não apenas pelo indício de um estado depressivo crônico, mas também porque tratamentos levam anos e podem necessitar de mais profissionais envolvidos e mais intervenções a serem feitas. Não estou sugerindo que você tenha o "sentimento de esperança" que é tão difícil nesse estado que você relata, mas sim que você consiga se convencer de que está vendo a vida através da ótica desse estado de humor, e que você é muito mais do que isso. Se forem anos com essa queixa, eu espero que você tenha um diagnóstico de base (exemplo: espectro do autismo) que ajude a explicar e entender como te ajudar, mas vou além e gostaria de recomendar que você passe por acompanhamento médico/psiquiátrico que possa avaliar e intervir com um esquema medicamentoso. Pode te desafogar para conseguir finalmente "nadar" na terapia desse sofrimento tão importante.

Olá!
O que você descreve não é preguiça, é sofrimento emocional real. Quando a mente e o corpo entram nesse estado de “repouso forçado”, mesmo com exercícios e vitaminas, isso pode apontar para um quadro de exaustão emocional, possível ansiedade depressiva, ou até padrões internos mais antigos que mantêm você sempre no mesmo ciclo de desânimo.
A sensação de “tristeza sem motivo”, de não criar laços, de ficar sufocado em ambientes com muitas pessoas e de não conseguir projetar um futuro é muito comum em pessoas que carregam esquemas emocionais profundos (como desvalorização, isolamento ou fracasso aprendido). Isso não significa que você é fraco(a); significa que algo dentro de você está pedindo cuidado especializado, em uma abordagem que vá além do nível superficial.
Mesmo fazendo terapia, às vezes é preciso mudar a abordagem, trabalhar mais profundamente traumas emocionais, crenças centrais e o funcionamento do seu sistema nervoso; além dos seus pensamentos.
A psicoterapia certa pode te ajudar a:
acessar e tratar a raiz desse desânimo persistente
reconstruir autoconfiança
regular o sistema nervoso
desenvolver vínculos mais seguros
reencontrar perspectiva de vida e propósito
Você não é um fracasso, você está sobrecarregado. E existe tratamento para isso.
Se quiser iniciar um processo terapêutico profundo, humano e estruturado e personalizável, estou aqui para te ajudar.
Isadora Klamt - Psicóloga CRP 07/19323

Não conseguiu encontrar a resposta que procurava? Faça outra pergunta!

  • A sua pergunta será publicada de forma anônima.
  • Faça uma pergunta de saúde clara, objetiva seja breve.
  • A pergunta será enviada para todos os especialistas que utilizam este site e não para um profissional de saúde específico.
  • Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se ao seu médico/especialista ou provedor de saúde da sua região.
  • Não são permitidas perguntas sobre casos específicos, nem pedidos de segunda opinião.
  • Por uma questão de saúde, quantidades e doses de medicamentos não serão publicadas.

Este valor é muito curto. Deveria ter __LIMIT__ caracteres ou mais.


Escolha a especialidade dos profissionais que podem responder sua dúvida
Iremos utilizá-lo para o notificar sobre a resposta, que não será publicada online.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.