Minha mãe, atualmente com 83 anos, teve diagnóstico de polineuropatia dos membros inferiores e super
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Minha mãe, atualmente com 83 anos, teve diagnóstico de polineuropatia dos membros inferiores e superiores e, após alguns tratamentos, obteve melhoras, apesar de ainda ter várias sequelas. Eu tenho um pouco de artrite nos dois indicadores e, mais recentemente, dores frequentes na base dos dois pés, com queimação que impede, em alguns momentos, de conseguir pisar, além de ausência de sensibilidade a temperaturas nas pernas. Minhas dúvidas: a polineuropatia pode ser genética, isto é, por minha mãe ter eu posso desenvolver também? E esses sintomas podem ser de polineuropatia?
Boa tarde! Existem diversas causas para Polineuropatia, e uma das causas são doenças genéticas sim. A Polineuropatia normalmente se inicia com sintomas nos membros inferiores de queimação, sensação de formigamento e diminuição de sensibilidade. Sugiro que procure um Neurologista de sua confiança para avaliar melhor o seu quadro. Grande abraço!
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Existem infinitas causas de polineuropatias (genéticas, deficiências vitaminicas, alterações vasculares, diabetes...). O tratamento geralmente é voltado para resolução da causa e controle dos sintomas. O ideal seria uma avaliação com exame fisico detalhado e realização de exames complementares para investigação fa causa.
Espero te ajudado.
Espero te ajudado.
Sua pergunta é muito importante — e bastante pertinente, pois a polineuropatia tem várias causas possíveis, incluindo fatores genéticos, metabólicos e inflamatórios, e compreender a origem é fundamental para definir o tratamento correto e prevenir a progressão.
Vamos analisar com cuidado:
1⃣ O que é polineuropatia
A polineuropatia é uma condição em que ocorre comprometimento simultâneo de vários nervos periféricos, geralmente de forma simétrica e progressiva, afetando mãos e pés.
Os sintomas mais típicos são:
Queimação, formigamento ou dor em “agulhadas” nos pés e nas mãos;
Diminuição da sensibilidade a temperatura, dor ou tato;
Fraqueza muscular, especialmente nos pés (dificuldade de equilíbrio, tropeços frequentes);
Em alguns casos, atrofia muscular e alterações da marcha.
No seu caso, a queimação e a perda de sensibilidade térmica nas pernas e pés são altamente sugestivas de comprometimento neuropático.
2⃣ Pode ser hereditária?
Sim — existem polineuropatias hereditárias, embora nem todas sejam genéticas.
As principais formas genéticas são as neuropatias hereditárias sensitivo-motoras, como a Doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT), que causam fraqueza, atrofia e perda sensorial progressiva, frequentemente iniciando na adolescência ou vida adulta jovem.
Contudo, na maioria dos casos em idosos, a polineuropatia é adquirida, ou seja, não é hereditária.
As causas mais comuns incluem:
Diabetes mellitus (mesmo em estágio inicial ou pré-diabetes);
Deficiência de vitaminas (B12, B1, B6, E);
Doenças autoimunes;
Doenças renais ou hepáticas;
Uso crônico de álcool ou certos medicamentos (quimioterápicos, antibióticos, anticonvulsivantes);
Hipotireoidismo;
Infecções virais antigas (Hepatite, HIV, Covid-19).
Assim, o fato de sua mãe ter polineuropatia não significa automaticamente que você herdará, mas pode indicar predisposição familiar a fatores metabólicos (como diabetes, disfunção de vitamina B12 ou autoimunidade) que também afetam os nervos.
3⃣ Seus sintomas podem ser polineuropatia?
Sim, os sintomas descritos são compatíveis com neuropatia periférica — especialmente a queimação nos pés e a perda de sensibilidade térmica nas pernas.
A dor na base dos pés também é frequente, pois os nervos sensitivos dessa região são longos e vulneráveis a lesões metabólicas ou compressivas.
Mas, para confirmar, é fundamental realizar:
Eletroneuromiografia (ENMG) — principal exame para detectar e caracterizar a neuropatia (se é sensitiva, motora, axonal ou desmielinizante);
Exames de sangue, incluindo glicemia, hemoglobina glicada, função renal e hepática, vitamina B12, TSH e autoanticorpos;
Em alguns casos, ressonância de plexos ou nervos periféricos.
4⃣ O que fazer a seguir
1⃣ Procure um neurologista, de preferência com experiência em neuropatias periféricas;
2⃣ Evite automedicação e álcool;
3⃣ Mantenha alimentação rica em vitaminas do complexo B (peixes, ovos, vegetais verdes, cereais integrais);
4⃣ Avalie o controle glicêmico, mesmo que não seja diabético diagnosticado;
5⃣ Pratique exercícios leves e regulares, para preservar força muscular e circulação;
6⃣ Se confirmada polineuropatia, o tratamento pode incluir medicações para dor neuropática (como pregabalina, gabapentina ou duloxetina) e suplementação de vitaminas neurotróficas.
Em resumo:
A polineuropatia pode ter origem genética, mas a forma hereditária é menos comum em idosos;
Seus sintomas são compatíveis com polineuropatia, mas exigem confirmação com eletroneuromiografia e exames metabólicos;
O tratamento depende da causa, e a evolução é muito melhor quando diagnosticada precocemente.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma avaliação médica individual.
Procure um neurologista para investigação detalhada — quanto antes for identificada a origem, maiores as chances de controle e melhora dos sintomas.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, neuropatias periféricas e dor neuropática, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
Vamos analisar com cuidado:
1⃣ O que é polineuropatia
A polineuropatia é uma condição em que ocorre comprometimento simultâneo de vários nervos periféricos, geralmente de forma simétrica e progressiva, afetando mãos e pés.
Os sintomas mais típicos são:
Queimação, formigamento ou dor em “agulhadas” nos pés e nas mãos;
Diminuição da sensibilidade a temperatura, dor ou tato;
Fraqueza muscular, especialmente nos pés (dificuldade de equilíbrio, tropeços frequentes);
Em alguns casos, atrofia muscular e alterações da marcha.
No seu caso, a queimação e a perda de sensibilidade térmica nas pernas e pés são altamente sugestivas de comprometimento neuropático.
2⃣ Pode ser hereditária?
Sim — existem polineuropatias hereditárias, embora nem todas sejam genéticas.
As principais formas genéticas são as neuropatias hereditárias sensitivo-motoras, como a Doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT), que causam fraqueza, atrofia e perda sensorial progressiva, frequentemente iniciando na adolescência ou vida adulta jovem.
Contudo, na maioria dos casos em idosos, a polineuropatia é adquirida, ou seja, não é hereditária.
As causas mais comuns incluem:
Diabetes mellitus (mesmo em estágio inicial ou pré-diabetes);
Deficiência de vitaminas (B12, B1, B6, E);
Doenças autoimunes;
Doenças renais ou hepáticas;
Uso crônico de álcool ou certos medicamentos (quimioterápicos, antibióticos, anticonvulsivantes);
Hipotireoidismo;
Infecções virais antigas (Hepatite, HIV, Covid-19).
Assim, o fato de sua mãe ter polineuropatia não significa automaticamente que você herdará, mas pode indicar predisposição familiar a fatores metabólicos (como diabetes, disfunção de vitamina B12 ou autoimunidade) que também afetam os nervos.
3⃣ Seus sintomas podem ser polineuropatia?
Sim, os sintomas descritos são compatíveis com neuropatia periférica — especialmente a queimação nos pés e a perda de sensibilidade térmica nas pernas.
A dor na base dos pés também é frequente, pois os nervos sensitivos dessa região são longos e vulneráveis a lesões metabólicas ou compressivas.
Mas, para confirmar, é fundamental realizar:
Eletroneuromiografia (ENMG) — principal exame para detectar e caracterizar a neuropatia (se é sensitiva, motora, axonal ou desmielinizante);
Exames de sangue, incluindo glicemia, hemoglobina glicada, função renal e hepática, vitamina B12, TSH e autoanticorpos;
Em alguns casos, ressonância de plexos ou nervos periféricos.
4⃣ O que fazer a seguir
1⃣ Procure um neurologista, de preferência com experiência em neuropatias periféricas;
2⃣ Evite automedicação e álcool;
3⃣ Mantenha alimentação rica em vitaminas do complexo B (peixes, ovos, vegetais verdes, cereais integrais);
4⃣ Avalie o controle glicêmico, mesmo que não seja diabético diagnosticado;
5⃣ Pratique exercícios leves e regulares, para preservar força muscular e circulação;
6⃣ Se confirmada polineuropatia, o tratamento pode incluir medicações para dor neuropática (como pregabalina, gabapentina ou duloxetina) e suplementação de vitaminas neurotróficas.
Em resumo:
A polineuropatia pode ter origem genética, mas a forma hereditária é menos comum em idosos;
Seus sintomas são compatíveis com polineuropatia, mas exigem confirmação com eletroneuromiografia e exames metabólicos;
O tratamento depende da causa, e a evolução é muito melhor quando diagnosticada precocemente.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma avaliação médica individual.
Procure um neurologista para investigação detalhada — quanto antes for identificada a origem, maiores as chances de controle e melhora dos sintomas.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, neuropatias periféricas e dor neuropática, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
Alguns tipos de polineuropatia podem ter influência genética, mas a maioria dos casos está ligada a outras causas, como diabetes, alterações da tireoide, falta de vitaminas ou problemas circulatórios.
Os sintomas que você descreve — queimação, dor e perda de sensibilidade nos pés — podem sim estar relacionados a sofrimento dos nervos periféricos, mas só uma avaliação neurológica detalhada e exames específicos podem confirmar.
Os sintomas que você descreve — queimação, dor e perda de sensibilidade nos pés — podem sim estar relacionados a sofrimento dos nervos periféricos, mas só uma avaliação neurológica detalhada e exames específicos podem confirmar.
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