Não me sinto plenamente amada, quando tenho alguma discussão em casa, ou minha mãe briga comigo e di

10 respostas
Não me sinto plenamente amada, quando tenho alguma discussão em casa, ou minha mãe briga comigo e discutimos, o primeiro pensamento que passa na minha cabeça é que não sou tô amada por ela, ela só briga comigo, ela só faz isso comigo. Com outras pessoas tenho a sensação de estar incomodando, me chamam de dramática mas esses sentimentos são difíceis de sair da minha mente. Isso é comum?
Sim, isso é mais comum do que parece.
Quando somos sensíveis emocionalmente, discussões podem ativar feridas antigas e fazer o amor parecer condicional, mesmo que não seja. O seu pensamento “ela não me ama” funciona como uma defesa contra a dor, não como um retrato fiel da relação. Você não é dramática, você está sentindo intensamente e sentimentos intensos merecem cuidado, não julgamento.
Com apoio e espaço para expressar o que dói, esses pensamentos podem se suavizar, e você pode começar a perceber que o amor continua ali, mesmo quando há conflito.

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 Adriana Menezes
Psicólogo
Ribeirão Pires
Olá, sinta-se acolhida. É importante avaliar o quanto esse primeiro pensamento é real , quais são as evidências que ele é verdadeiro, tendo em vista que, geralmente esse primeiro pensamentos é automático e pode está sendo influenciado por crenças que você nem sabe que tem.

Os pensamentos influenciam nos sentimentos e comportamentos, saber identifica-los vai te ajudar entender o que de fato está acontecendo com mais assertividade. Espero ter ajudado, um abraço.
 Michelle Novello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
É comum que discussões com pessoas importantes, como a mãe, despertem sentimentos intensos e até a sensação de não ser amada. Muitas vezes, essas reações vêm de experiências emocionais mais antigas e acabam se repetindo nas relações atuais, como quando você sente que está incomodando os outros.

Esses sentimentos não são “drama”; eles merecem ser escutados e compreendidos. A psicanálise pode ajudar a entender por que essas ideias surgem tão rápido e tão fortes, e a construir formas mais seguras de se relacionar. Estou à disposição para te acompanhar nesse processo.
Sim, o que você sente é mais comum do que parece. Em famílias onde há discussões frequentes, é fácil interpretar a briga como falta de amor, especialmente quando a relação é muito importante para você. O pensamento de “ela não me ama” costuma ser uma reação emocional, não um fato, e surge porque você busca segurança e afeto. A sensação de estar incomodando os outros também é típica de quem aprendeu, ao longo do tempo, que suas emoções são “demais” ou inadequadas. Isso não significa que você seja dramática, e sim que sua sensibilidade merece ser acolhida, não invalidada. Compreender esses mecanismos já é um passo importante para aliviar o sofrimento. Conversas mais calmas, reforço da autoestima e, se possível, apoio terapêutico podem ajudar você a se sentir mais segura nas relações.
Olá, boa tarde.

Pela forma como descreveu, acredito que isso possa ter relação com alguma crença nuclear envolvendo essa sensação de que está incomodando. O mesmo sobre sentir que sua mãe não te ama. É uma crença nuclear amplamente estudada, então acho justo dizer que sim, é comum, mas não deixa de doer muito e também pode significar que esteja precisando do auxílio de um psicólogo.

Crenças nucleares são complexas de serem tratadas e, caso sinta curiosidade para saber o que é exatamente, pesquise a respeito. É algo que a TCC trabalha de forma direta e acredito que poderia ser auxiliada por essa abordagem.

Espero ter ajudado, grande abraço.
Sim, isso é comum. Muitas pessoas que crescem em ambientes com muita cobrança, pouca escuta ou conflitos frequentes acabam desenvolvendo essa sensação de que qualquer briga significa falta de amor. O seu cérebro aprendeu a associar discussão com rejeição, por isso o primeiro pensamento que aparece é “não sou amada”. Isso não é drama, é uma resposta emocional que se formou ao longo do tempo.

Com outras pessoas, essa mesma insegurança aparece como medo de incomodar ou de ser “demais”. Não é porque você é sensível demais, mas porque suas emoções ficam mais intensas quando existe a sensação de possível rejeição. Isso dói de verdade e não passa só com alguém dizendo “relaxa”.

Na terapia, a gente trabalha exatamente isso: entender que conflito não significa perda de amor, fortalecer a sua segurança interna e aprender a lidar com esses pensamentos automáticos de rejeição. Com o tempo, você começa a perceber que é amada mesmo quando existe um desentendimento e que suas emoções fazem sentido.
Sentir que não é amada ou que está incomodando depois de conflitos é mais comum do que parece, especialmente quando há uma sensibilidade maior às relações. Esses pensamentos costumam vir de experiências emocionais antigas e acabam se repetindo sem que a pessoa perceba. Não significa que você seja dramática, mas que algo está tocando em pontos importantes para você e merece atenção com cuidado e acolhimento.
Sim, isso é mais comum do que parece e não tem nada a ver com “drama”. Quando você sente que não é amada após um conflito, isso geralmente é sinal de esquemas emocionais formados lá na infância: padrões internos que fazem você interpretar críticas, brigas ou tensões como rejeição.

Esses esquemas surgem das experiências que tivemos com nossos cuidadores e, sem perceber, continuamos reagindo a partir deles na vida adulta; especialmente em momentos emocionais.

Essa sensação de “incomodar”, de ser “demais” ou de não ser amada, na verdade, revela hipersensibilidade ao vínculo, algo totalmente tratável na psicoterapia. Em um processo terapêutico seguro, esses padrões podem ser ressignificados, e você aprende a diferenciar um conflito real de uma sensação antiga de abandono.

Se isso está te causando sofrimento, buscar psicoterapia pode ser um passo muito importante.

Isadora Klamt – Psicóloga CRP 07/19323
O nosso passado influencia muito a forma como percebemos as coisas. Por exemplo, se uma pessoas diz a outra que não gostou da cor do presente que recebeu, quem deu o presente pode ter diferentes interpretações como, tudo que eu faço não tem valor, outro poderia pensar que seria melhor ter perguntado a ela sua cor preferida, outra pessoa poderia pensar que o outro é uma pessoa ingrata, etc. No caso de relacionamentos de família, isso também acontece, pois o problema não é o que aconteceu ,mas como percebemos aquilo que aconteceu. É muito comum interpretarmos a intensão do outro de modo equivocado. No caso em questão, podem haver várias coisas como, sentimentos de que ninguém me entende, de que tenho algum problema, etc. Se esses tipos de sentimentos são muito frequentes, é interessante perceber as origens desses sentimentos e entender o que está acontecendo e para isso um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode te ajudar a elaborar as necessidades envolvidas.
Obrigado por compartilhar algo tão profundo e que parece causar tanto sofrimento. Respondendo à sua pergunta: sim, essa é uma experiência sentida por muitas pessoas, e é compreensível que seja muito difícil lidar com esses sentimentos quando eles surgem com tanta força.

Pelo que você descreve, parece que acontece uma conexão quase imediata e muito dolorosa: uma discussão ou uma briga rapidamente se transforma, dentro de você, na conclusão de que não é amada.

É interessante notar como você percebe isso: o pensamento "ela só briga comigo" sugere uma sensação de totalidade, como se, naquele momento, a briga apagasse todo o resto e definisse a relação inteira.

Você também mencionou a sensação de "estar incomodando" outras pessoas.

Fico pensando se, para você, esses sentimentos — o de "não ser amada" durante uma briga e o de "estar incomodando" em outras situações — podem vir de um lugar parecido.

E quando você expressa essa dor e a chamam de "dramática", imagino que isso deva aumentar ainda mais a sensação de inadequação, como se o que você sente não fosse válido ou real. No entanto, você deixa claro que, para você, esses sentimentos são muito reais e difíceis de afastar.

Você já demonstra uma grande capacidade de observação ao perceber esses padrões.

Como você mesma intuiu, isso não é algo que se resolva com uma "definição". Em um processo terapêutico, o objetivo não é rotular, mas sim explorar:

De onde vêm esses sentimentos?

Que experiências do passado podem ter ensinado essa conexão tão rápida entre "conflito" e "falta de amor"?

Como seria possível vivenciar um desentendimento sem que ele abale sua sensação de ser amada?

Essas são reflexões profundas. É justamente para poder explorar essas questões em um ambiente seguro, acolhedor e sem julgamentos que um acompanhamento terapêutico é indicado. Um profissional pode ajudar você a navegar por essas memórias e sentimentos, e a construir novas formas de se relacionar consigo mesma e com os outros.

At., Ivaní B. Irineu
Psicólogo

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