O que desencadeia a resposta de luta ou fuga em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (
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O que desencadeia a resposta de luta ou fuga em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Olá, tudo bem?
Essa é uma pergunta que mostra um olhar atento para os bastidores emocionais do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A resposta de luta ou fuga — que é um mecanismo automático do nosso sistema nervoso para lidar com ameaças — pode ser acionada de forma intensa e desproporcional em pessoas com TPB, não porque elas escolham isso, mas porque o cérebro interpreta determinadas situações emocionais como se fossem perigos reais e iminentes, mesmo que não sejam.
No TPB, experiências de rejeição, abandono, críticas sutis ou até mesmo a sensação de não ser compreendido podem ativar esse sistema de alarme interno. É como se algo aparentemente pequeno, para os outros, tocasse em feridas profundas e deixasse o organismo em estado de alerta máximo. O corpo entra em modo de sobrevivência: ou ataca (luta), ou foge (evasão, dissociação, impulsividade). Não se trata de drama, e sim de um sistema emocional altamente sensível que reage com urgência diante de dores que, muitas vezes, têm raízes na história da pessoa.
Do ponto de vista da neurociência, essa reatividade está associada a uma amígdala hiperativa — responsável por detectar ameaças — e um córtex pré-frontal com dificuldade de inibir ou regular essas reações. Ou seja, o cérebro literalmente responde como se estivesse em perigo real, mesmo quando o que está em jogo é uma memória emocional ou um vínculo ameaçado. Esse funcionamento não é uma falha de caráter, mas sim uma adaptação cerebral diante de vivências emocionais intensas ou traumáticas.
E aqui vale algumas perguntas: quais situações fazem seu corpo reagir como se algo muito ruim estivesse para acontecer? Que tipo de sensação aparece logo antes da explosão ou do afastamento? E o que você acredita que aconteceria se, ao invés de fugir ou lutar, você pudesse apenas... sentir?
Essas são questões que podem ser cuidadosamente exploradas em um processo terapêutico. Não para suprimir respostas emocionais, mas para oferecer novas formas de lidar com elas — com mais clareza, segurança e autonomia. Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma pergunta que mostra um olhar atento para os bastidores emocionais do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A resposta de luta ou fuga — que é um mecanismo automático do nosso sistema nervoso para lidar com ameaças — pode ser acionada de forma intensa e desproporcional em pessoas com TPB, não porque elas escolham isso, mas porque o cérebro interpreta determinadas situações emocionais como se fossem perigos reais e iminentes, mesmo que não sejam.
No TPB, experiências de rejeição, abandono, críticas sutis ou até mesmo a sensação de não ser compreendido podem ativar esse sistema de alarme interno. É como se algo aparentemente pequeno, para os outros, tocasse em feridas profundas e deixasse o organismo em estado de alerta máximo. O corpo entra em modo de sobrevivência: ou ataca (luta), ou foge (evasão, dissociação, impulsividade). Não se trata de drama, e sim de um sistema emocional altamente sensível que reage com urgência diante de dores que, muitas vezes, têm raízes na história da pessoa.
Do ponto de vista da neurociência, essa reatividade está associada a uma amígdala hiperativa — responsável por detectar ameaças — e um córtex pré-frontal com dificuldade de inibir ou regular essas reações. Ou seja, o cérebro literalmente responde como se estivesse em perigo real, mesmo quando o que está em jogo é uma memória emocional ou um vínculo ameaçado. Esse funcionamento não é uma falha de caráter, mas sim uma adaptação cerebral diante de vivências emocionais intensas ou traumáticas.
E aqui vale algumas perguntas: quais situações fazem seu corpo reagir como se algo muito ruim estivesse para acontecer? Que tipo de sensação aparece logo antes da explosão ou do afastamento? E o que você acredita que aconteceria se, ao invés de fugir ou lutar, você pudesse apenas... sentir?
Essas são questões que podem ser cuidadosamente exploradas em um processo terapêutico. Não para suprimir respostas emocionais, mas para oferecer novas formas de lidar com elas — com mais clareza, segurança e autonomia. Caso precise, estou à disposição.
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Em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), a resposta de luta ou fuga pode ser desencadeada por situações que ativam intensamente o medo de abandono, rejeição ou invalidação. Isso não precisa acontecer de forma explícita — basta um gesto, um silêncio, uma mudança de tom ou algo que a pessoa interprete como sinal de afastamento para que o sistema emocional entre em alerta.
Esse estado é resultado de uma hipersensibilidade emocional, muito comum no TPB. O cérebro interpreta essas situações como ameaças reais, mesmo que, racionalmente, não sejam perigosas. O corpo responde como se estivesse diante de um perigo físico: aceleração dos batimentos, tensão muscular, urgência em reagir — seja atacando (luta), se afastando (fuga) ou até mesmo se fechando totalmente (congelamento).
Essa reatividade não é uma escolha consciente, mas sim um mecanismo aprendido e reforçado ao longo da vida, muitas vezes em contextos de relações instáveis, negligência emocional ou traumas precoces. Ao longo da psicoterapia, a pessoa pode aprender a reconhecer esses gatilhos, nomear as emoções envolvidas e encontrar outras formas de lidar com o desconforto sem agir impulsivamente.
Esse estado é resultado de uma hipersensibilidade emocional, muito comum no TPB. O cérebro interpreta essas situações como ameaças reais, mesmo que, racionalmente, não sejam perigosas. O corpo responde como se estivesse diante de um perigo físico: aceleração dos batimentos, tensão muscular, urgência em reagir — seja atacando (luta), se afastando (fuga) ou até mesmo se fechando totalmente (congelamento).
Essa reatividade não é uma escolha consciente, mas sim um mecanismo aprendido e reforçado ao longo da vida, muitas vezes em contextos de relações instáveis, negligência emocional ou traumas precoces. Ao longo da psicoterapia, a pessoa pode aprender a reconhecer esses gatilhos, nomear as emoções envolvidas e encontrar outras formas de lidar com o desconforto sem agir impulsivamente.
Para além de um diagnóstico, os comportamentos podem variar de acordo com a personalidade do sujeito. Mas geralmente quem sofre do transtorno de borderline tende a reagir negativamente aos estímulos que lhe são aversivos!
Em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), a resposta de luta ou fuga é frequentemente desencadeada por situações que ameaçam a estabilidade emocional, especialmente relacionadas a rejeição, abandono, críticas, ou sentimentos de invalidação. Essa reação é muitas vezes desproporcional à situação real, pois o cérebro interpreta experiências emocionais como ameaças à sobrevivência psicológica.
Principais gatilhos:
1. Medo de abandono (real ou percebido)
Situações simples, como uma demora para responder mensagens ou o fim de uma conversa abrupta, podem ser vividas como ameaças intensas.
O sistema de alarme emocional é acionado, ativando reações defensivas: raiva, desespero, impulsividade.
2. Sensação de rejeição ou crítica
Mesmo observações neutras podem ser interpretadas como ataques pessoais.
Pode gerar reações explosivas (luta) ou fuga emocional/física (isolamento, autoagressão, dissociação).
3. Conflitos interpessoais
Discussões, desentendimentos ou confrontos evocam memórias emocionais dolorosas e despertam a sensação de que o vínculo está em risco.
4. Percepções distorcidas da realidade
Pessoas com TPB frequentemente interpretam as intenções dos outros como ameaçadoras ou maliciosas, o que ativa o sistema de alerta.
5. Mudanças bruscas ou perda de controle
Qualquer situação imprevisível ou que gere sensação de instabilidade pode ativar o modo de sobrevivência.
6. Traumas prévios não resolvidos
Muitas pessoas com TPB têm histórico de trauma (infância negligente, abuso, instabilidade emocional).
Situações do presente podem reativar circuitos neurais ligados ao trauma e provocar uma resposta automática de luta/fuga.
Principais gatilhos:
1. Medo de abandono (real ou percebido)
Situações simples, como uma demora para responder mensagens ou o fim de uma conversa abrupta, podem ser vividas como ameaças intensas.
O sistema de alarme emocional é acionado, ativando reações defensivas: raiva, desespero, impulsividade.
2. Sensação de rejeição ou crítica
Mesmo observações neutras podem ser interpretadas como ataques pessoais.
Pode gerar reações explosivas (luta) ou fuga emocional/física (isolamento, autoagressão, dissociação).
3. Conflitos interpessoais
Discussões, desentendimentos ou confrontos evocam memórias emocionais dolorosas e despertam a sensação de que o vínculo está em risco.
4. Percepções distorcidas da realidade
Pessoas com TPB frequentemente interpretam as intenções dos outros como ameaçadoras ou maliciosas, o que ativa o sistema de alerta.
5. Mudanças bruscas ou perda de controle
Qualquer situação imprevisível ou que gere sensação de instabilidade pode ativar o modo de sobrevivência.
6. Traumas prévios não resolvidos
Muitas pessoas com TPB têm histórico de trauma (infância negligente, abuso, instabilidade emocional).
Situações do presente podem reativar circuitos neurais ligados ao trauma e provocar uma resposta automática de luta/fuga.
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