olá, ultimamente tenho estado preocupada com minha irmã mais velha, de 26 anos, que sempre teve ansi

23 respostas
olá, ultimamente tenho estado preocupada com minha irmã mais velha, de 26 anos, que sempre teve ansiedade forte, já passou e passa com psicólogos a anos e recebeu laudo de ansiedade "severa" que eu me lembre foi esse termo usado, não tenho certeza. Já foi indicada a passar com psiquiatra e nunca foi, se nega a ir, porem parece a única solução pra ajudar ela, já que sem ajuda de remédios ela esta tendo crises e sofrendo, estamos todos preocupados, mas ninguém consegue convencer ela a dar uma chance de passar com psiquiatra
 Luíza Pedroso Cunha
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Olá! Sua irmã parece estar atravessando um momento onde a resistência em buscar ajuda psiquiátrica pode estar associada a um medo profundo de confrontar algo que a angústia tenta proteger. A ansiedade severa, muitas vezes, funciona como um sinal de alerta para conflitos não elaborados, e a recusa em considerar medicação pode revelar um temor de perder o controle sobre o que já parece tão frágil. Acolher essa resistência com paciência, sem pressionar, pode abrir espaço para que ela mesma perceba a necessidade desse passo. Enquanto isso, continuar oferecendo apoio e escuta pode ser uma forma de ajudá-la a encontrar seu próprio caminho para o cuidado.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

É tocante ver o quanto você se importa com sua irmã e está atenta ao sofrimento dela. Quando alguém que amamos recusa ajuda, especialmente em momentos em que a dor emocional parece transbordar, é comum surgir uma mistura de preocupação, impotência e até frustração. A sensação é de ver alguém se afogando e, mesmo com a boia na mão, ela recusar o resgate. Mas a verdade é que, para quem está do outro lado, aceitar ajuda nem sempre é tão simples assim.

Muitas vezes, a resistência em procurar um psiquiatra está relacionada a medos sutis e profundos — medo de ser rotulada, de perder o controle, de depender de medicação, ou até de confrontar algo que está guardado há muito tempo. E para alguém com histórico de ansiedade severa, esse medo pode se apresentar de forma ainda mais intensa. É como se o cérebro dela, já em estado de alerta, interpretasse qualquer nova possibilidade como um risco, mesmo que seja uma ajuda. A neurociência nos mostra que o sistema límbico, responsável pelas emoções, pode “roubar a cena” nesses momentos, fazendo com que a lógica e a abertura ao novo fiquem em segundo plano.

Será que ela se sente ouvida quando vocês falam sobre a ida ao psiquiatra? Será que o tom que chega até ela é de imposição ou de convite? Às vezes, a forma como dizemos algo faz toda a diferença. Como seria, por exemplo, perguntar a ela do que exatamente ela tem medo ou dúvida em relação ao psiquiatra, em vez de apenas sugerir que vá? Ou ainda: será que existe alguém com quem ela tenha mais abertura e que possa iniciar essa conversa de um lugar mais sensível, sem que ela sinta que está sendo pressionada?

Você já está fazendo algo muito significativo: cuidando de quem você ama, mesmo sem ter todas as respostas. Talvez ela ainda não esteja pronta para dar esse passo, mas a presença constante e respeitosa da família pode ser uma âncora até que ela consiga. Acolher o tempo emocional dela, mesmo quando parece longo demais, também é uma forma de ajudar.

Caso precise, estou à disposição.
 Nathalia Vieira
Psicólogo
Maringá
É compreensível sua preocupação com sua irmã, especialmente quando ela já sofre há anos com ansiedade severa e não está conseguindo melhorar apenas com a terapia. A resistência a procurar um psiquiatra é comum, seja por medo, preconceito com medicamentos ou por acreditar que pode lidar sozinha.

Como ajudá-la a considerar o psiquiatra?**
**Valide os sentimentos dela**–Em vez de insistir diretamente, tente demonstrar empatia: *“Eu entendo que pode ser assustador pensar em psiquiatra, mas vejo o quanto você sofre e só queremos que você se sinta melhor.”*
**Explique que psiquiatra não é só remédio**–Ele pode avaliar a situação e, se for necessário, sugerir medicamentos que ajudem no equilíbrio emocional sem “mudar quem ela é”.
**Mostre exemplos positivos** – Se conhecer alguém que melhorou com ajuda psiquiátrica, compartilhe a experiência para desmistificar a ideia.
**Sugira um primeiro passo mais leve**–Talvez ela aceite uma consulta inicial só para tirar dúvidas, sem compromisso imediato com medicação.
**Evite pressões e cobranças**–Ansiedade pode piorar com pressão. Dê tempo para ela processar a ideia.

Se a resistência ao psiquiatra continuar, o **EMDR pode ser uma abordagem terapêutica eficaz para reduzir crises e trabalhar a raiz da ansiedade.** Talvez, ao sentir melhora com a terapia, ela fique mais aberta a outras formas de ajuda. O importante é que ela se sinta apoiada, sem julgamentos.
Muitas pessoas têm a visão distorcida sobre o que é ir ao psiquiatra, associando-o apenas para casos graves, tenta explicar que o profissional vai ajudá-la a melhorar sua qualidade de vida e ouça-a sem julgamentos. Apoie no que for preciso e se continuar em resistência, Indica uma consulta com psicólogo, possa parecer menos intimidador.
Espero ter ajudado.
À disposição.
De fato existem doenças como a distimia, por exemplo, que afetam o humor da pessoa de forma crônica, mas antes de partir para um diagnóstico é importante se inteirar do que está acontecendo como a pessoa, se está passando por alguma crise pessoal, se tem algum problema não resolvido com alguém, se sofreu algum trauma emocional, etc. É importante identificar as origens da ansiedade, independentemente de precisar usar medicação ou não, pois os medicamentos ajudam no equilíbrio da química cerebral, quando necessário, mas não resolvem traumas, medos, conflitos, etc. É importante que ela encontre um psicólogo com quem ela se perceba acolhida, segura, tenha liberdade para falar o que está se passando sem ser julgada e se necessário, um tratamento psiquiátrico.
Parece que essa situação tem gerado bastante preocupação para você e para a família, especialmente ao ver sua irmã sofrendo e recusando uma ajuda que poderia aliviar esse sofrimento. Como tem sido para você lidar com essa sensação de impotência diante da resistência dela?

A recusa em buscar um psiquiatra pode ter significados profundos para ela. Será que há algum medo por trás dessa recusa? Alguma experiência anterior que fez com que ela se fechasse para essa possibilidade? Talvez, em vez de insistir diretamente, um caminho seja tentar entender o que isso representa para ela. O que faria com que ela considerasse essa possibilidade? Existe algo que possa ajudá-la a sentir que essa decisão ainda está em suas mãos e não sendo imposta?
Olá. Em vez de insistir no psiquiatra diretamente, tente conversar sobre como ela se sente e o que ela gostaria de melhorar. Você pode sugerir que ela marque uma consulta apenas para conversar e tirar dúvidas, sem compromisso de iniciar um tratamento imediatamente.Se possível, ofereça-se para acompanhá-la na consulta. Procurar um profissional que seja mais acolhedor e que tenha uma abordagem humanizada pode fazer a diferença.
Se, mesmo com tudo isso, ela continuar resistindo, o ideal é respeitar o tempo dela e reforçar seu apoio. Às vezes, a própria necessidade de mudança surge naturalmente quando a pessoa percebe que precisa de ajuda, além da que já existe. Sempre à disposição.
Olá, acredito que vc deva abordar alguns pontos inportantes como:
*Demonstre compreenção e acolhimento." Sei que a ansiedade pode ser suficante e vc não precisa enfrentar isso sozinha, estou aqui com vc"
* Destaque os benefícios do tratamento. Um especialista pode te ajudar a entender como a ansiedade funciona e identificar os gatilhos que desencadeiam as crises.
* Mostre que procurar ajuda não é um sinal de fraqueza. Procurar ajuda mostra que vc está se cuidando, assim como faria se estivesse com uma dor física.
* Ofereça apoio concreto - Diga que ela não esta sozinha , e que vc vai acompanha- la ao psiquiatra
Espero ter ajudado, qualquer dúvida fico a disposicão
Andrea Monlevade
A resistência ao psiquiatra é bem comum, especialmente para quem já está acostumado a lidar com a ansiedade há muito tempo e pode ter receios sobre a medicação. É compreensível que você e sua família estejam preocupados, porque parece que a terapia sozinha não está sendo suficiente para ajudar sua irmã a ter mais qualidade de vida.

Uma abordagem que pode ajudar é validar o que ela sente, sem pressioná-la. Em vez de insistir diretamente para que ela vá ao psiquiatra, tente conversar sobre o impacto da ansiedade na vida dela e como seria bom encontrar algo que a ajudasse a se sentir melhor. Você pode sugerir que ela apenas vá a uma consulta para tirar dúvidas, sem compromisso de começar a tomar remédios. Às vezes, a ideia da medicação assusta mais do que a consulta em si.

Outra estratégia é pedir para o psicólogo dela reforçar a importância dessa avaliação. Se for um profissional que ela confia, pode ser mais fácil ouvir esse conselho vindo dele. Também vale a pena mostrar histórias de outras pessoas que conseguiram melhorar com um acompanhamento psiquiátrico, destacando que não é uma questão de "fraqueza", mas sim de buscar ferramentas a mais para ter uma vida mais leve.

Se ela aceitar dar esse primeiro passo, mesmo que com receio, já será um grande avanço. O importante é que ela sinta que tem apoio, sem se sentir forçada. Você já está fazendo muito ao se preocupar e buscar formas de ajudá-la!
Olá!
É uma situação delicada e difícil mesmo pra quem está próximo. O trabalho delicado de ir mostrando pra pessoa que a medicação irá auxiliar a sentir-se melhor precisa ser elaborado principalmente por quem está próximo, demonstrando não julgar por como ela se sente. O risco de quadros severos denominados ansiedade é que pode na realidade se tratarem de outros transtornos ou evoluírem.
Em caso de estar em risco o integridade da mesma ou de terceiros, situação não desejada, é também a possibilidade de uma internação. O Psicólogo que trabalha com ela e família devem se colocar a disposição para ir quando ela entender que está pronta, e perguntar se ela sabe qual o motivo de não querer conversar com um Psiquiatra que é um médico como outro qualquer, além Suporte multidisciplinar, disponibilidade, respeito e uma verdade colocada de forma amorosa de que melhorar vai depender dela se permitir conhecer as possibilidades, além da terapia.
Dra. Patricia Soares Salomon
Psicólogo
Vila Velha
O processo é de cada um e as escolhas do outro nos afetam mesmo. Eu trabalho com hipnoterapia que pode ajudar bastante. Para ajudar as pessoas a entender o que seria esta técnica eu ofereço 30 minutos de bate papo( não é terapia gratuita! é apenas orientação !) para que a pessoa possa me conhecer e conhecer a hipnoterapia. Se ela desejar ! Me manda uma mensagem que a gente marca!
Se cuide vc tb!
sds
Patrícia Salomon
Olá, bom dia! Sobre o seu relato posso afirmar que realmente faz necessário o acompanhamento com um psiquiatra, pois a melhora do quadro dependerá do auxílio medicamentoso. Para isso, o diagnóstico avaliado pelo especialista terá uma contribuição fundamental na evolução do tratamento psicológico.
A ansiedade generalizada vem de fatores ambientais (história de vida, cuidado parental, relacionamento interpessoal, eventos estressantes, traumas, frustrações, vícios e estilo de vida) e fatores biológicos (características específicas do indivíduo, outras patologias, alterações fisiológicas, hormonais, bioquímicas, faixa etária, sexo biológico e um grande determinante genético.
A medicação e a psicoeducação são componentes fundamentais para o alívio dos sintomas da ansiedade.
Bom dia!
Como sua irmã foi diagnosticada com ansiedade severa, é muito importante além da terapia, ser acompanhada pelo médico Psiquiatra, a medicação vai regular a química cerebral e estabilizar as emoções, mas o que vai resolver as questões e gatilhos emocionais é a terapia com Psicólogo. A terapia EMDR e TCC são muito eficazes no tratamento de ansiedades e depressão. Me coloco a disposição
Olá! Entendo seu sofrimento... deve se sentir impotente... ela faz terapia? A terapia seria um complemento do tratamento. Estimule a procurar a terapia, o psicólogo poderá ajudar, ensinando técnicas para ela conseguir controlar a ansiedade e ir convencendo da necessidade da medicação e acompanhamento do psiquiatra. Infelizmente, seria o máximo que consegue fazer por ela.. apoiar e estimular que procure ajuda de profissionais.
 Tamy Moreira
Psicólogo
Belém do Pará
Importante ela iniciar o processo psicoterápico e o Psicólogo trabalhar com ela a cerca das crenças que tem sobre tomar remédio... a medida que forem trabalhando isso, ela poderá ver a tomada do medicamento de uma outra forma
Olá! Como você está?
Ela continua no processo de psicoterapia? Existem momentos com a nossa família que temos que aceitar aquele velho ditado que "santo de casa não faz milagre", sabe? Às vezes, a resistência vem justamente de ouvir conselhos de quem está muito próximo. Se ela já estiver em psicoterapia, ótimo! O psicólogo poderá ajudá-la a questionar e flexibilizar esses pensamentos contrários à medicação, caso realmente seja necessário incluí-la. Agora, se ela não está em acompanhamento, é ideal incentivar que ela retome esse processo. A terapia não é algo eterno, mas é um recurso valioso para que ela desenvolva novas estratégias de pensamento e comportamento diante da ansiedade severa — e, se for o caso, trabalhar também essa resistência em relação ao psiquiatra. Se ela sentir vontade de recomeçar esse processo, minha agenda está aberta para acolhê-la e ajudá-la nesse caminho! :)
Olá! Entendo sua preocupação com sua irmã. A resistência em buscar um psiquiatra pode estar ligada a algumas crenças que reforçam a ansiedade e o medo da mudança. Em pessoas com muita ansiedade podemos notar pensamentos como:

'Se eu for ao psiquiatra, ele vai me obrigar a tomar remédios e vou perder o controle.’

‘Se eu precisar de medicação, significa que sou fraca ou que nunca vou melhorar sem ela.’

‘Já faço terapia há anos, então se até agora não melhorou, nada mais pode ajudar.’

Essas crenças podem estar dificultando a aceitação de novas possibilidades de tratamento. Sendo necessário, primeiramente trabalhar com essas crenças, o que provavelmente vai aumentar sua adesão aos remédios.
 Vinicius Finocchio Temoteo
Psicólogo
Indaiatuba
Olá!
Para se poder ter um melhor direcionamento, é interessante uma avaliação. Caso ela ainda tenha acompanhamento por um profissional da psicologia, questione a ela se já abordou este assunto com ele, o que o/a profissional acha. A saúde mental ainda é um tabu para muitos, tenho também esses casos no consultório, onde vou trabalhando a desconstrução de crenças que auxiliem que não procurem a ajuda medicamentosa, qual muitas vezes é necessária. Gosto de utilizar muitas analogias para poder explicar a importância, de muitas vezes, a psicologia e psiquiatria andarem de mãos nada no tratamento de um paciente. Peça para conversar com o psicólogo dela.
 Gabriel Bernardi
Psicólogo, Psicanalista
São Leopoldo
Olá. Entendo sua preocupação. Acontece muito de alguém ter um familiar com uma questão de saúde mental, porém a pessoa não querer ajuda. Pode ser por negação, preconceito com os profissionais da área, etc. Você que percebe a importância de se preocupar com o psicológico afetado pode tentar algumas coisas. Primeiro não adianta muito forçar. Quando isso acontece, é aí que a pessoa não vai querer ajuda. É preciso falar dos benefícios, dar exemplos de pessoas que se beneficiaram de um tratamento ou até sugerir de acompanhar ela na primeira consulta. Se ela não quiser sair de casa, você pode agendar uma consulta por vídeo para ela. Se nada adiantar, mantenha-se próxima. Ter uma rede de apoio é essencial em casos assim. Espero ter ajudado. Fico à disposição. Abraço!

É compreensível sua preocupação com sua irmã – ver alguém que amamos sofrendo sem aceitar ajuda pode ser muito difícil. Quando a ansiedade é severa, o acompanhamento com um psiquiatra pode realmente fazer uma grande diferença, mas o medo ou a resistência ao tratamento é comum. Às vezes, o ideal é ir com calma, oferecendo apoio sem pressionar, mostrando que buscar ajuda médica não é sinal de fraqueza, mas sim um passo de cuidado consigo mesma. Se ela estiver aberta, talvez conversar com outras pessoas que já passaram por isso e se beneficiaram da medicação possa ajudar. Continuem demonstrando que ela não está sozinha e que pode contar com vocês quando estiver pronta.
É compreensível a preocupação com sua irmã, ainda mais considerando que a ansiedade severa pode ser bastante debilitante. Na psicanálise, os sintomas ansiosos são vistos não apenas como algo a ser eliminado, mas como uma manifestação de algo mais profundo que precisa ser compreendido. A resistência dela em procurar um psiquiatra pode ter um sentido subjetivo, ou seja, pode estar ligada a um medo inconsciente, a uma crença pessoal ou até mesmo a uma posição psíquica em relação ao próprio sofrimento.

Uma possibilidade dentro do tratamento psicanalítico é aumentar a frequência das sessões. O atendimento uma vez por semana pode ser insuficiente quando os sintomas estão muito intensos. Ir mais vezes pode permitir que ela elabore melhor as angústias e, quem sabe, possa se questionar sobre sua resistência ao tratamento psiquiátrico. Muitas vezes, o medo de perder o controle, de mudar ou até mesmo de se confrontar com aspectos difíceis da própria história podem estar por trás dessa recusa.

Talvez uma conversa com ela, sem pressão, ajudando-a a pensar sobre os próprios motivos para evitar o psiquiatra, possa ser um caminho. Em alguns casos, perceber que há um sofrimento excessivo pode ajudá-la a considerar novas possibilidades. Se o receio for sobre o uso de medicação, um bom psiquiatra pode explicar melhor as opções e ajudá-la a ter mais segurança no processo.

Espero ter ajudado,
Abraços!
É muito difícil ver alguém que amamos sofrer e não querer buscar a ajuda necessária. No caso da sua irmã, parece que ela está enfrentando um ciclo de sofrimento que poderia ser amenizado com o tratamento adequado. A ansiedade severa muitas vezes exige uma abordagem multidisciplinar, unindo psicoterapia e, em alguns casos, o uso de medicação prescrito por um psiquiatra. Acrescente-se a isso as mudanças no modo de vida, buscando hábitos mais saudáveis como alimentação correta e exercícios apropriados. Se ela tem resistência a consultar um psiquiatra, pode haver alguns fatores contribuindo para isso, como preconceitos, medo de ser "rotulada", ou até desconhecimento sobre como o psiquiatra pode ajudá-la. Como ela já faz terapia, pode ser útil que o psicólogo a encoraje a consultar o psiquiatra. Se isso não ajudar, em vez de insistir diretamente para que ela vá ao psiquiatra, valide o que ela está sentindo. Se ela se sentir mais confortável, ofereça-se para acompanhá-la à consulta. Apenas saber que terá alguém ao lado pode ser reconfortante. Se você ou alguém da família já teve uma boa experiência com um psiquiatra ou medicação, compartilhar isso pode ajudar a reduzir o medo. Propor uma única consulta, sem compromisso, pode diminuir a pressão. Explique que ela pode apenas ouvir o que o médico tem a dizer, sem precisar tomar nenhuma decisão de imediato. Desejo sucesso! Sempre às ordens.
 Margarete Volpi
Psicólogo
São Paulo
Olá!
Agradeço profundamente por dividir essa preocupação com tanto carinho. É muito bonito ver o quanto você se importa com sua irmã — isso, por si só, já é uma forma poderosa de cuidado.

Quando alguém que amamos sofre com a ansiedade de forma intensa, é natural que a gente queira encontrar uma solução rápida para aliviar a dor. E sim, em muitos casos, a combinação entre psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico pode trazer um suporte essencial, especialmente quando a ansiedade atinge níveis que dificultam a rotina, o descanso, os relacionamentos e a qualidade de vida.

Mas também é importante reconhecer que buscar ajuda nem sempre é simples para quem está dentro do sofrimento. Muitas vezes, a resistência pode vir do medo, de experiências passadas, ou até de um sentimento de perda de controle. Na abordagem sistêmica, compreendemos que cada pessoa faz parte de uma rede de relações, e que o sofrimento emocional não surge isolado — ele está conectado a histórias, vivências, significados. Por isso, cada passo precisa ser respeitado no tempo da pessoa, mesmo que, do lado de fora, pareça urgente.

Uma ideia que pode ajudar é abrir conversas afetivas, sem pressão, onde sua irmã possa sentir que está sendo ouvida, e não apenas direcionada. Em vez de insistir na ida ao psiquiatra como uma exigência, talvez seja possível apresentar isso como uma possibilidade de cuidado, de alívio, algo que não a enfraquece, mas que pode ajudá-la a se sentir mais inteira.

Na medicina chinesa, o desequilíbrio da ansiedade está ligado à energia do coração e da mente — o "Shen" — que precisa de calma, acolhimento e segurança para se reorganizar. As neurociências também mostram que o medo da mudança pode ativar mecanismos de defesa, o que justifica muitas das resistências que vemos. Por isso, o afeto, a escuta e a presença tranquila da família são, muitas vezes, os primeiros remédios a abrirem espaço para outros.

Você está fazendo o que pode, com muito amor. Continue sendo esse ponto de apoio e, se sentir necessidade, você também pode buscar um espaço terapêutico para cuidar da sua própria angústia nesse processo. Às vezes, o sofrimento de quem cuida também precisa ser olhado com carinho.

Se precisar conversar mais, estarei por aqui.
Um abraço acolhedor para você e sua família.

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