Quais são os mecanismos de defesa do transtorno de personalidade borderline (TPB)?
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Quais são os mecanismos de defesa do transtorno de personalidade borderline (TPB)?
Olá, como tem passado?
Responderei um pouco para tentar ajudar com algo que eu possa contriubir dentro dos meus limites.
Na psicanálise, os mecanismos de defesa são formas que o psiquismo encontra para tentar proteger o sujeito da angústia. No caso do borderline, alguns desses mecanismos aparecem de maneira muito característica. Um deles pode ser a clivagem, em que a pessoa enxerga os outros ou a si mesma em extremos: totalmente bons ou totalmente maus, sem nuances. Outro é a idealização seguida de desvalorização, quando alguém é colocado num pedestal e depois rapidamente rebaixado. Há ainda a projeção, em que sentimentos difíceis de reconhecer em si são colocados no outro, e a identificação projetiva, quando o sujeito não só projeta, mas tenta fazer com que o outro sinta aquilo que ele mesmo não suporta.
Esses mecanismos não surgem à toa. Eles são tentativas, ainda que dolorosas, de lidar com uma fragilidade profunda no sentido de identidade e na capacidade de regular afetos. O borderline não “escolhe” reagir dessa forma, mas seu aparelho psíquico recorre a esses recursos para dar conta de uma intensidade emocional que, muitas vezes, transborda.
Por isso, o trabalho em análise ou em psicoterapia é tão importante: não se trata de eliminar os mecanismos de defesa, mas de oferecer um espaço onde eles possam ser compreendidos e transformados. A partir do momento em que o sujeito consegue falar do que sente, ele pode criar novas formas de lidar com a angústia, menos marcadas pela ruptura e mais abertas à construção de vínculos sustentáveis.
Espero ter ajudado um pouco mais em algo e estou à disposição.
Responderei um pouco para tentar ajudar com algo que eu possa contriubir dentro dos meus limites.
Na psicanálise, os mecanismos de defesa são formas que o psiquismo encontra para tentar proteger o sujeito da angústia. No caso do borderline, alguns desses mecanismos aparecem de maneira muito característica. Um deles pode ser a clivagem, em que a pessoa enxerga os outros ou a si mesma em extremos: totalmente bons ou totalmente maus, sem nuances. Outro é a idealização seguida de desvalorização, quando alguém é colocado num pedestal e depois rapidamente rebaixado. Há ainda a projeção, em que sentimentos difíceis de reconhecer em si são colocados no outro, e a identificação projetiva, quando o sujeito não só projeta, mas tenta fazer com que o outro sinta aquilo que ele mesmo não suporta.
Esses mecanismos não surgem à toa. Eles são tentativas, ainda que dolorosas, de lidar com uma fragilidade profunda no sentido de identidade e na capacidade de regular afetos. O borderline não “escolhe” reagir dessa forma, mas seu aparelho psíquico recorre a esses recursos para dar conta de uma intensidade emocional que, muitas vezes, transborda.
Por isso, o trabalho em análise ou em psicoterapia é tão importante: não se trata de eliminar os mecanismos de defesa, mas de oferecer um espaço onde eles possam ser compreendidos e transformados. A partir do momento em que o sujeito consegue falar do que sente, ele pode criar novas formas de lidar com a angústia, menos marcadas pela ruptura e mais abertas à construção de vínculos sustentáveis.
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No Transtorno de Personalidade Borderline, é comum que a pessoa utilize mecanismos de defesa como a cisão (ver o outro como totalmente bom ou totalmente mau), a idealização e a desvalorização, a projeção e a negação, muitas vezes como uma forma de lidar com emoções intensas e medo de abandono
Esses recursos são tentativas inconscientes de proteger-se da dor, mas podem gerar sofrimento nas relações e na autoestima.
A psicoterapia pode ajudar a reconhecer esses padrões e desenvolver formas mais saudáveis de lidar com os sentimentos, fortalecendo o equilíbrio emocional.
Busque iniciar sua psicoterapia pra juntos encontrarem as melhores estratégias pro seu caso
Esses recursos são tentativas inconscientes de proteger-se da dor, mas podem gerar sofrimento nas relações e na autoestima.
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