Qual a diferença entre a Síndrome de Asperger e o autismo de alto funcionamento?
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Qual a diferença entre a Síndrome de Asperger e o autismo de alto funcionamento?
Oi, tudo bem? Essa é uma dúvida muito comum, especialmente porque os dois termos — Síndrome de Asperger e autismo de alto funcionamento — foram usados durante muito tempo quase como sinônimos, mas há diferenças importantes na forma como cada um foi compreendido ao longo da história.
A Síndrome de Asperger, segundo as classificações anteriores ao DSM-5 (como o DSM-IV), era considerada uma forma mais leve de autismo, caracterizada por dificuldades significativas de interação social e padrões restritos de comportamento, mas com linguagem e cognição preservadas. Já o termo “autismo de alto funcionamento” começou a ser usado informalmente para se referir a pessoas com TEA que também têm bom desempenho cognitivo e de linguagem — ou seja, que conseguem funcionar de forma relativamente autônoma, apesar dos desafios sociais e sensoriais.
A partir de 2013, o DSM-5 unificou todos esses quadros sob o mesmo diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa mudança refletiu o entendimento de que não há fronteiras nítidas entre o que antes era chamado de Asperger e outras formas de autismo, mas sim um contínuo de características com diferentes intensidades e combinações. Na prática clínica, isso significa que hoje o foco está menos no “rótulo” e mais em compreender como cada pessoa vivencia suas particularidades emocionais, cognitivas e sociais.
Você já percebeu como as palavras que usamos influenciam a forma como enxergamos o outro? E o quanto a busca por um nome pode, às vezes, esconder a necessidade mais profunda de ser compreendido como indivíduo? Talvez a questão não seja tanto “qual é o nome do diagnóstico”, mas “como essa pessoa sente, pensa e se relaciona com o mundo”.
A compreensão e o acompanhamento terapêutico adequado podem ajudar muito a transformar essas diferenças em formas únicas de estar no mundo, promovendo autonomia, pertencimento e qualidade de vida. Quando o olhar é acolhedor e científico ao mesmo tempo, o diagnóstico deixa de limitar e começa a explicar.
Caso queira aprofundar o tema, estou à disposição.
A Síndrome de Asperger, segundo as classificações anteriores ao DSM-5 (como o DSM-IV), era considerada uma forma mais leve de autismo, caracterizada por dificuldades significativas de interação social e padrões restritos de comportamento, mas com linguagem e cognição preservadas. Já o termo “autismo de alto funcionamento” começou a ser usado informalmente para se referir a pessoas com TEA que também têm bom desempenho cognitivo e de linguagem — ou seja, que conseguem funcionar de forma relativamente autônoma, apesar dos desafios sociais e sensoriais.
A partir de 2013, o DSM-5 unificou todos esses quadros sob o mesmo diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa mudança refletiu o entendimento de que não há fronteiras nítidas entre o que antes era chamado de Asperger e outras formas de autismo, mas sim um contínuo de características com diferentes intensidades e combinações. Na prática clínica, isso significa que hoje o foco está menos no “rótulo” e mais em compreender como cada pessoa vivencia suas particularidades emocionais, cognitivas e sociais.
Você já percebeu como as palavras que usamos influenciam a forma como enxergamos o outro? E o quanto a busca por um nome pode, às vezes, esconder a necessidade mais profunda de ser compreendido como indivíduo? Talvez a questão não seja tanto “qual é o nome do diagnóstico”, mas “como essa pessoa sente, pensa e se relaciona com o mundo”.
A compreensão e o acompanhamento terapêutico adequado podem ajudar muito a transformar essas diferenças em formas únicas de estar no mundo, promovendo autonomia, pertencimento e qualidade de vida. Quando o olhar é acolhedor e científico ao mesmo tempo, o diagnóstico deixa de limitar e começa a explicar.
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Na verdade, a Síndrome de Asperger e o que hoje chamamos de autismo de alto funcionamento se referem a condições muito próximas, e, atualmente, os manuais de diagnóstico (como o DSM-5) não as diferenciam mais como categorias separadas. Ambos estão dentro do que chamamos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), que abrange diferentes níveis de suporte e características individuais.
Mas é importante entender de onde vem essa distinção. A antiga Síndrome de Asperger era descrita como uma forma de autismo em que a pessoa apresentava inteligência e linguagem preservadas, mas com dificuldades significativas na comunicação social, na leitura de nuances emocionais, na flexibilidade de pensamento e no manejo das interações. Já o autismo de alto funcionamento era usado para descrever pessoas dentro do espectro que também tinham bom desempenho intelectual e autonomia, mas cujas dificuldades sensoriais e sociais eram um pouco mais perceptíveis.
Em outras palavras, as diferenças entre os dois eram mais de grau do que de natureza. Hoje, a neurociência entende que não existe uma linha divisória rígida entre “Asperger” e “autismo de alto funcionamento”, mas sim um continuum, um espectro onde cada pessoa se manifesta de forma única.
Do ponto de vista psicanalítico, tanto em um caso quanto no outro, o que está em jogo é a forma singular de experimentar o laço com o outro e o mundo. As pessoas dentro do espectro têm uma maneira muito própria de processar estímulos, de perceber emoções e de organizar pensamentos — e isso não é um defeito, mas uma diferença estrutural. A escuta analítica entra justamente aí: no acolhimento dessa singularidade, ajudando o sujeito a construir um modo de existir que seja mais fluido, mais consciente e menos doloroso.
Então, o que antes se chamava Síndrome de Asperger e o que se chama hoje de autismo de alto funcionamento falam, essencialmente, da mesma experiência — vivida com nuances diferentes. O importante não é o rótulo, mas o olhar clínico e humano sobre quem você é, o que sente e como se relaciona com o mundo.
E esse olhar é o que a psicanálise oferece: um espaço para compreender as particularidades da sua forma de pensar, sentir e estar no mundo — sem patologizar, mas dando lugar à sua singularidade.
Mas é importante entender de onde vem essa distinção. A antiga Síndrome de Asperger era descrita como uma forma de autismo em que a pessoa apresentava inteligência e linguagem preservadas, mas com dificuldades significativas na comunicação social, na leitura de nuances emocionais, na flexibilidade de pensamento e no manejo das interações. Já o autismo de alto funcionamento era usado para descrever pessoas dentro do espectro que também tinham bom desempenho intelectual e autonomia, mas cujas dificuldades sensoriais e sociais eram um pouco mais perceptíveis.
Em outras palavras, as diferenças entre os dois eram mais de grau do que de natureza. Hoje, a neurociência entende que não existe uma linha divisória rígida entre “Asperger” e “autismo de alto funcionamento”, mas sim um continuum, um espectro onde cada pessoa se manifesta de forma única.
Do ponto de vista psicanalítico, tanto em um caso quanto no outro, o que está em jogo é a forma singular de experimentar o laço com o outro e o mundo. As pessoas dentro do espectro têm uma maneira muito própria de processar estímulos, de perceber emoções e de organizar pensamentos — e isso não é um defeito, mas uma diferença estrutural. A escuta analítica entra justamente aí: no acolhimento dessa singularidade, ajudando o sujeito a construir um modo de existir que seja mais fluido, mais consciente e menos doloroso.
Então, o que antes se chamava Síndrome de Asperger e o que se chama hoje de autismo de alto funcionamento falam, essencialmente, da mesma experiência — vivida com nuances diferentes. O importante não é o rótulo, mas o olhar clínico e humano sobre quem você é, o que sente e como se relaciona com o mundo.
E esse olhar é o que a psicanálise oferece: um espaço para compreender as particularidades da sua forma de pensar, sentir e estar no mundo — sem patologizar, mas dando lugar à sua singularidade.
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