Recentemente durante a cirurgia de retirada de siso eu tive uma crise de pânico e o meu dentista me

8 respostas
Recentemente durante a cirurgia de retirada de siso eu tive uma crise de pânico e o meu dentista me encaminhou para um psiquiatra, ele me diagnosticou com ansiedade e me prescreveu um remédio (Exodus), gostaria de saber se além do psiquiatra é necessário o acompanhamento de algum outro profissional (psicólogo ou psicanalistas por exemplo) e caso seja necessário qual método/profissional seria o mais recomendado para alguém com ansiedade?
Crises de pânico se caracterizam por ataques súbitos de intenso medo ou angústia, que pioram rapidamente (minutos) até chegar a um pico e, depois, melhoram de modo um pouco mais vagaroso. Durante a crise ocorrem sintomas como falta de ar, palpitações no peito, suor, tremores, náuseas, vontade de urinar ou defecar, tontura, sensações desagradáveis no estômago e visão embaçada (nem sempre ocorrem todos os sintomas, simultaneamente). Pode haver uma grande vontade de fugir do lugar onde se tem a crise. Crises de pânico isoladas devem ser observadas e não constituem por si só um transtorno de pânico. No transtorno de pânico as crises devem ser frequentes e ocorrerem, algumas vezes, sem desencadeantes ("gatilhos") evidentes. No seu caso, você relata que ocorreu no decorrer de uma cirurgia, que pode ser o desencadeante. Quando há presença de um transtorno de pânico, o tratamento habitual é através de medicações inibidoras seletivas de recaptura de serotonina, eventualmente o que o médico prescreveu, o escitalopram (Exodus*). Crises únicas ou raras não costumam ser assim tratadas. Dependendo do caso, há algumas medicações que a pessoa pode tomar só no início da crise ou quando sabe que existe alta probabilidade de ter uma. Quando os desencadeantes são evidentes, a terapia cognitivo-comportamental, com psiquiatra ou psicólogo experiente nesta modalidade, costuma ser útil.

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Depende do seu "grau"de ansiedade, da sua resposta a medicação, dos fatores predisponentes e causais do quadro. Tudo isso deve ser avaliado pelo psiquiatra que irá recomendar o método mais adequado para o seu caso.
 Tainá Borges
Psicólogo
Salvador
Nesses casos o acompanhamento psicológico é de fundamental importância, para entender quais são as causas dessa ansiedade e como lidar com essa ansiedade. O psicólogo independente da linha teórica é capaz de te ajudar nesse processo, principalmente quem tem experiência com esse transtorno. Espero ter te ajudado!
 Carmen Bitarães Coutinho Alves
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Você cita um caso pontual recente: relata que foi ao dentista arrancar dente siso - procedimento que é mais invasivo do que a extração de outros dentes da arcada dentária.

A ansiedade neste caso é normal, afinal é uma cirurgia bucal um pouco mais complexa e que normalmente exige repouso pós-operatório.

Se Você já teve crises de pânico anteriormente, ou tem medo de tratamentos odontológicos, sem dúvida é indicada uma intervenção através de um(a) profissional da área de Psicologia, pois este quadro indica Ansiedade patológica.

Entretanto, apesar destes dados não constarem em sua narrativa, percebe-se uma certa ansiedade e preocupação na procura de profissional da área citada.

Por isto seria prudente procurar um(a) psicólogo(a) para analisar seu caso com mais detalhes, verificar a intensidade e frequência de sua ansiedade, quais gatilhos a desencadeiam e principalmente identificar outros pontos de disfuncionalidade que Você pode estar empregando no enfrentamento às situações do dia a dia, de forma que, ao combater o medo de ir ao dentista, iniba que este seja substituído por outro tipo de medo.

Qualquer processo psicoterápico possui estratégicas próprias para combater a Ansiedade patológica.

A abordagem usada pelo(a) psicoterapeuta é menos importante do que a abordagem na qual Você se sentirá mais seguro(a) e confortável em se submeter.

A capacitação do especialista, a confiança que Você deposita nele(a) e sua adesão ao tratamento é que fazem a diferença no resultado.

Pesquisar neste site o(a)s profissionais da área de Psicologia que atendem em sua cidade é um bom ponto de partida para se decidir com qual dele(a)s Você inicialmente deve entrar em contato e verificar sua real necessidade de um tratamento psicológico.

Abraços.
Psicóloga Carmen Bitarães (Belo Horizonte)
É interessante um trabalho em conjunto de psiquiatra e psicólogo, onde os medicamentos ajudam no controle dos sintomas e o acompanhamento psicológico busca lidar com as questões que a pessoa evita por causa da ansiedade, a identificar e avaliar as situações que geram ansiedade para que possa aprender a controlar e modificar seus pensamentos e comportamentos.
A Terapia Cognitivo-Comportamental é a que tem se mostrado mais eficaz no tratamento deste transtorno com ganhos relativamente estáveis.
Você não precisa passar por isso sozinho... busque ajuda!
Dra. Ana Paula Peixoto Bravo de Souza
Psiquiatra, Médico do sono
Rio de Janeiro
EU FIQUEI UM POUCO EM DÚVIDA EM RELAÇÃO À SUA PERGUNTA POR CONTA DE ALGUMAS QUESTÕES ESPECÍFICAS. ACHEI MUITO POSITIVA O ENCAMINHAMENTO QUE O SEU DENTISTA FEZ PARA O PSIQUIATRA MAS NÃO NECESSARIAMENTE UMA ÚNICA CRISE DE ANSIEDADE AGUDA OU CRISE DE PÂNICO FECHA CRITÉRIO PARA O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DO PÂNICO. ÀS VEZES CRISES ISOLADAS DE ANSIEDADE OCORREM E NÃO REQUEREM NENHUMA FORMA DE TRATAMENTO ESPECÍFICO EXISTEM CRITÉRIOS PARA QUE DA GENTE PENSE NÃO AGORA NÓS TEMOS UM TRANSTORNO DE PÂNICO E PORTANTO PRECISAMOS TRATAR MEDICAMENTOS AMENTE TALVEZ SEJA MAIS PRODUTIVO PRA VOCÊ TIRAR ESSAS DÚVIDAS COM TEU PRÓPRIO PSIQUIATRA QUE COM CERTEZA ESTÁ MUITO MAIS A PAR DE TODA ESSA SITUAÇÃO DO QUE NÓS. EM RELAÇÃO AOS SUA SEGUNDA PERGUNTA SOBRE A PSICOTERAPIA SIM A PSICOTERAPIA É CONSIDERADA UMA FORMA DE TRATAMENTO PARA OUTRAS DE ANSIEDADE INDEPENDENTE DE QUAL LINHA LUCILIA SIGA.
ATUALMENTE, RECOMENDA-SE O TRATAMENTO COM TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL PORQUE DENTRE TODAS AS TÉCNICAS EXISTENTES É AQUELA QUE NÓS CONSEGUIMOS TER UMA MAIOR SEGURANÇA DE SUA EFICÁCIA, S E REMISSÃO DE SINTOMAS. MAS É POSSÍVEL SIM QUE SE VOCÊ ESTABELECER UMA RELAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA COM UM TERAPEUTA QUE SIGA UMA OUTRA LINHA TEÓRICA COMO POR EXEMPLO PSICANÁLISE TAMBÉM HAJAM GANHOS ENTÃO EU PARTICULARMENTE DEIXO O PACIENTE À VONTADE NESSE SENTIDO. UM ABRAÇO.
Esse estado significa uma certa vulnerabilidade diante de situações de estresse, o que pode ser corrigido com uma boa psicoterapia e tratamento medicamentoso associado.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
Sim, o acompanhamento com um psicólogo é altamente recomendado — e, em muitos casos, é o que realmente consolida a melhora do quadro de ansiedade a longo prazo. O medicamento (como o Exodus, nome comercial do escitalopram) atua na regulação química cerebral, equilibrando os níveis de serotonina e reduzindo os sintomas físicos e emocionais da ansiedade, mas ele não atua diretamente nas causas comportamentais e cognitivas que mantêm o problema. Por isso, a combinação entre tratamento medicamentoso e psicoterapia é considerada o padrão ouro pelas principais diretrizes médicas internacionais. O tipo de psicoterapia mais indicado para transtornos ansiosos é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Esse método é prático, estruturado e baseado em evidências científicas, ajudando o paciente a identificar pensamentos automáticos, distorções cognitivas e padrões de comportamento que alimentam a ansiedade, substituindo-os por respostas mais realistas e funcionais. A TCC também ensina técnicas de respiração, relaxamento, controle da preocupação e prevenção de recaídas, sendo particularmente eficaz em casos de crise de pânico, fobias, ansiedade generalizada e ansiedade social. Em alguns casos específicos, outros modelos terapêuticos podem complementar o tratamento — por exemplo, a terapia de aceitação e compromisso (ACT), a mindfulness-based therapy (voltada à regulação emocional e atenção plena), ou a psicanálise, quando há necessidade de compreender aspectos inconscientes e traumas antigos que influenciam o comportamento atual. No seu caso, considerando que o episódio de pânico ocorreu em um contexto de procedimento odontológico, é possível que exista também um componente fóbico (ansiedade antecipatória associada a dor, controle ou ambiente clínico), e isso costuma responder muito bem à TCC, associada ao tratamento farmacológico. O mais importante é que o psiquiatra e o psicólogo trabalhem de forma integrada, ajustando a medicação conforme o progresso terapêutico. A tendência é que, com o tempo, você aprenda a reconhecer e modular suas respostas corporais e cognitivas, podendo até reduzir ou suspender o medicamento sob orientação médica. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, ansiedade, pânico e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira - Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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