Tenho 15 anos, me sinto frequentemente nervoso, irritado, ou vivendo no automático, tenho dificuldad

21 respostas
Tenho 15 anos, me sinto frequentemente nervoso, irritado, ou vivendo no automático, tenho dificuldades para ir para escola (tenho crise quase sempre la), não sei exatamente porque mas apenas pensar ou falar a palavra é o suficiente para me fazer passar mal e vomitar, não tenho problemas la mas estou pensando diariamente em abandonar, não consigo aprender, as vezes quando estou la só quero fugir, isso tambem acontece quando estou em casa, as vezes quero sair (mesmo que estejamos bem la), não tenho exatamente problemas com meus pais, mas não sinto uma forte aversão a pessoas tentando entrar na minha vida ou fazer acordos comigo, mesmo sabendo que são para me ajudar. Me afasto das pessoas sem um motivo específico, a primeira impressão geralmente é a que fica, não mudo meus pensamentos com facilidade. Deixei de falar com minha melhor amiga a meses mesmo que eu ainda ame ela e me preocupe, não sei porque fiz isso. Sei que as coisas são igualmente difíceis para todos e não queria me sentir assim. Não gosto nem pretendo me expor a situações desconfortáveis mas as vezes penso em coisas extremas para resolver um problema pequeno, como chegar ate a pensar em me machucar ou pior. Eu odeio quando me obrigam a fazer algo e isso me faz perder o interesse, não gosto de livros de alto ajuda, nem de pessoas que vivem falando sobre saúde, não gosto de exageros. Criação (tanto para os pais, quanto para os filhos) me parece um castigo. As vezes só penso em andar sem rumo e nunca mais voltar, tenho uma alta dificuldade em me expressar e dizer oque estou sentindo sem parecer defencivo de mais, tenho sentido ansiedade todos os dias o dia todo des de quando acordo, a melhor parte do meu dia é quando vou dormir, mesmo assim não exatamente "gosto disso".
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?
Primeiro, quero te agradecer por ter escrito tudo isso com tanta sinceridade. Dá pra perceber que você colocou ali sentimentos muito profundos, e talvez até difíceis de nomear — e isso já mostra uma coragem que talvez nem você perceba que tem. É como se, no meio do caos silencioso que você está vivendo, você ainda tivesse encontrado um jeito de dizer: “tem algo aqui dentro que precisa ser ouvido”.

O que você descreve não é apenas um “mau humor passageiro” ou “fase difícil da adolescência”. É um sofrimento real, complexo, e que parece estar tomando conta de vários pedaços da sua vida: a escola, os vínculos, a relação com seu corpo, sua forma de pensar, e até sua capacidade de descansar de verdade. Sabe... quando até dormir perde o gosto, algo dentro da gente está mesmo pedindo ajuda. Não de um jeito dramático — mas urgente.

A neurociência tem nos mostrado que quando o cérebro está constantemente em estado de alerta, como você descreve com essa ansiedade diária, ele ativa regiões responsáveis pela sobrevivência, não pela reflexão. Ou seja, fica mais difícil pensar com clareza, confiar nas pessoas, aprender coisas novas ou tomar decisões equilibradas. O mundo parece mais ameaçador, mesmo quando objetivamente não há perigo, e o corpo responde com reações intensas — como crises, vontade de fugir, náuseas, impulsos. Não é frescura, nem drama: é o cérebro tentando lidar com uma carga emocional maior do que ele consegue processar sozinho.

Você trouxe uma imagem muito potente quando falou em “querer andar sem rumo e nunca mais voltar”. Isso me faz pensar: o que você espera deixar para trás quando pensa em ir embora? Que parte de você está tão cansada assim? Que tipo de presença você sente que falta, mesmo quando está com outras pessoas por perto?

Diante de tudo isso, o mais importante agora é que você não guarde tudo isso só pra você. É fundamental que você compartilhe com seus pais ou cuidadores o que está sentindo. Você não precisa mostrar esse texto, se não quiser, mas talvez ele possa ser um começo, sabe? Um ponto de partida pra dizer algo como: “eu não tô bem e acho que preciso de ajuda”. E você merece essa ajuda — não porque está “fraco”, mas porque já segurou o peso disso tempo demais sozinho.

Não precisa resolver tudo de uma vez. Mas dar o primeiro passo — buscar apoio psicológico com um profissional que saiba lidar com o que você está sentindo — pode mudar completamente o caminho. Se em algum momento sentir que posso te acompanhar nisso, saiba que estou por aqui.

Caso precise, estou à disposição.

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 Cirano Araújo
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Olá, como tem passado?
Do ponto de vista da psicanálise, nada do que você sente é sem sentido. Esses desconfortos, essas angústias, essa vontade de fugir, de se isolar ou até de desaparecer de tudo, são expressões de algo que seu inconsciente está tentando dizer. E, muitas vezes, quando a palavra não encontra espaço para sair, o corpo simboliza isso, seja na forma de ansiedade constante, de vômitos, de crises ou de pensamentos extremos. Isso não significa que você esteja quebrado, errado ou falho. Isso significa que algo dentro de você está pedindo para ser escutado, elaborado e simbolizado.
O que será que seu corpo e sua mente estão tentando te contar quando surge essa vontade intensa de se afastar, de se proteger, de não querer estar no mundo do jeito que ele está te sendo imposto? Será que há uma dor antiga, talvez nunca nomeada, que hoje retorna na forma dessa angústia quase constante?
A psicanálise entende que o sofrimento não é um defeito, mas uma forma de expressão. Aquilo que hoje te faz adoecer, que te faz querer fugir, pode, sim, ser atravessado, elaborado e transformado, não através de fórmulas mágicas, nem de frases prontas, mas através de um espaço seguro, onde tudo isso possa ser escutado, sem julgamentos, sem pressões, e no seu tempo.
Procurar um psicólogo ou psicanalista para falar sobre essas questões pode ser uma boa saída para falar sobre esse sofrimento ainda não explorado e elaborado.
Espero ter ajudado e fico à disposição.
Olá, sinto muito pelo que esta passando, demonstra que esta em um sofrimento significativo e profundo. Os pensamentos rígidos e inflexíveis podem ser trabalhos em terapia e acompanhamento com psicólogo. Busque ajuda profissional, tanto de um psicólogo quanto de um psiquiatra, vejo que suas crises estão recorrentes, é possível que necessite também entrar com medicações para controle das crises de ansiedade. O acompanhamento psicológico da Terapia Cognitiva Comportamental, pode ajuda-lo a compreender melhor seus pensamentos e comportamentos, a não acreditar em tudo que pense, e também a flexibilizar seus padrões rígidos. Espero ter ajudado. Abraço.
Olá, espero que esteja tudo bem com você. Muitas vezes os sentimentos de ansiedade e de inadequação a um grupo de pessoas ou a regras sociais podem ser sintomas de alguma angustia que você passa ou já passou em sua vida, e que em algumas situações, não são identificadas conscientemente. Nesse caso, é muito importante a busca por um profissional psicologo para um acompanhamento, assim será possível organizar todos esses seus pensamentos e sentimentos sobre a escola, sobre as regras que você não se sente bem em obedecer, o por que de tudo isso. Na psicoterapia você terá um espaço seguro para se expressar, e nesse caso, aprender a se expressar aos poucos, e assim iniciar o processo de autoconhecimento. Na terapia, você pode aprender estratégias para uma melhor qualidade de vida, e identificar o que tanto está fazendo mal nesse contexto atual.
Dra. Aparecida Collepiccolo
Psicólogo, Sexólogo, Psicanalista
Jundiaí
Sinto muito que você esteja passando por isso, e é importante que você tenha compartilhado seus sentimentos. O que você está vivendo parece ser uma combinação de ansiedade e dificuldades emocionais, o que pode ser difícil de lidar sozinho, especialmente com tantas mudanças na sua idade.

O fato de você ter crises de nervosismo, dificuldades com a escola e até pensamentos extremos indica que seria muito útil procurar ajuda profissional. Um psicólogo pode te ajudar a entender melhor esses sentimentos, aliviar a ansiedade e aprender a se expressar de maneira mais saudável.

Os pensamentos de se machucar ou fugir são sinais de que você precisa de apoio. É importante não ignorar esses sentimentos e, se necessário, falar com um adulto de confiança ou buscar ajuda profissional. Você merece apoio e não está sozinho nessa.








O que você descreve mostra que está passando por um momento difícil, com muita ansiedade, angústia e confusão. Sentir que está sempre no automático, querer fugir da escola, não conseguir se conectar com as pessoas, se afastar de quem você ama sem entender por quê. Tudo isso pode parecer sem sentido, mas tem algo aí dentro tentando falar de um jeito que você talvez ainda não consiga entender totalmente.

Na psicanálise, a gente não dá respostas prontas nem tenta encaixar a pessoa em um rótulo. A ideia é escutar de verdade, sem julgamentos, e te ajudar a entender o que está por trás do que você sente. Esses pensamentos mais pesados, a vontade de sumir ou de se machucar, não são frescura nem exagero, são formas de mostrar que algo está apertado demais aí dentro e precisa ser olhado com cuidado.

Mesmo que você não veja um motivo claro pra se sentir assim, isso não significa que não haja algo importante aí. Às vezes a gente guarda coisas que nem percebe, mas que continuam nos afetando. O processo de análise pode te ajudar a começar a colocar isso em palavras, devagar, no seu tempo.

Você não precisa lidar com tudo isso sozinho. Falar com alguém que possa te ouvir de verdade, sem querer te consertar ou te forçar a ser diferente, pode fazer muita diferença. Esse mal-estar tem sentido, e merece ser escutado. Procurar ajuda é um passo importante e possível.
 Michelle Novello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! O que você está sentindo é sério e merece ser escutado com cuidado. Esses sintomas de angústia, ansiedade constante, vontade de fugir e dificuldade em se conectar com as pessoas podem estar ligados a conflitos emocionais profundos que ainda não encontraram espaço para serem elaborados. Na psicanálise, entendemos que o sofrimento tem um sentido, mesmo quando não está claro de início. Um processo terapêutico pode te ajudar a nomear essas dores, compreender o que está em jogo em tantas dificuldades, e construir novas formas de lidar com o que hoje parece insuportável. Você não precisa passar por isso sozinho. Buscar ajuda já é um grande passo.
Olá! Como você está?
Muito obrigado por compartilhar algo tão profundo. O que você está sentindo é sério, real e merece cuidado. É importante dizer que você não está sozinho — e, sim, existe ajuda. A dificuldade de ir à escola, o mal-estar ao pensar nela, o afastamento das pessoas (mesmo amando algumas), a vontade de fugir, a irritabilidade, a sensação de viver no automático… tudo isso mostra que seu corpo e sua mente estão tentando dizer que algo precisa de atenção. Você não está “exagerando”, nem é “fraco” por sentir isso. Aliás, é muito corajoso da sua parte conseguir colocar em palavras algo tão difícil. Pensar em se machucar ou querer desaparecer não é a solução — mas é um sinal claro de que você precisa de acolhimento, escuta e um espaço seguro para entender o que está sentindo. Como psicóloga, posso te dizer que existe tratamento. E ele pode te ajudar a entender suas emoções e reações; aprender a lidar com essa ansiedade intensa; construir uma forma mais leve de estar com os outros (e com você mesmo); resgatar o prazer de viver, aos poucos. Se você sentir que está pronto(a) para começar a entender tudo isso com ajuda profissional, minha agenda está aberta para te acolher com todo o cuidado que você merece. Você não precisa carregar esse peso sozinho(a). Se estiver em um momento de crise, considere também conversar com um responsável de confiança ou procurar apoio no posto de saúde ou CAPS mais próximo. E, em caso de urgência, o CVV (188) está disponível 24h por dia com escuta sem julgamentos. Você importa. Sua dor importa. E sua melhora é possível. Vamos caminhar juntos(as) se quiser. :)
Oi. Antes de qualquer coisa, queria te agradecer por ter conseguido colocar tudo isso em palavras. Dá pra sentir o quanto está sendo difícil — e o quanto, ao mesmo tempo, existe em você um desejo de entender o que está acontecendo, de não deixar isso crescer sozinho por dentro.

Você descreve algo que vai muito além de uma fase ruim ou um desânimo comum. Parece que tem sido mesmo pesado demais carregar tudo isso: esse nervosismo constante, essa sensação de estar no automático, o incômodo com a escola, a dificuldade de se aproximar das pessoas, e até esse impulso de sumir ou de fazer algo contra si mesmo quando as coisas parecem demais.

Você fala da escola como um lugar que só de pensar já te deixa mal fisicamente, mesmo sem conseguir apontar exatamente o motivo. Será que esse mal-estar vem só do lugar em si, ou tem a ver com o quanto se sente pressionado, observado ou forçado a se encaixar em algo que não faz sentido pra você? O que será que acontece aí quando alguém espera alguma coisa de você?

E tem também essa coisa de se afastar das pessoas, mesmo quando existe amor, como com sua amiga. Fico pensando: será que esse afastamento é uma forma de se proteger, mesmo que nem sempre seja algo que você escolha conscientemente? Como é pra você quando alguém se aproxima e quer te escutar de verdade, sem tentar te consertar?

Não acho que você esteja exagerando, nem querendo chamar atenção. O que você está sentindo é real, é sério, e você não precisa passar por isso sozinho. Existe ajuda, sim — uma ajuda que não vem com frases prontas, livros de autoajuda ou conselhos vazios, mas com escuta, com cuidado, com tempo.

Você já pensou em procurar um psicólogo ou um serviço de apoio psicológico para adolescentes? Em muitos lugares isso pode ser feito de forma gratuita. E não precisa ser com pressa — só de poder conversar com alguém de fora, sem julgamento, isso pode aliviar um pouco essa pressão por dentro.

Você não está sozinho nisso. Mesmo quando parece tudo sem saída, pode ter algo começando a se abrir — talvez como agora, nesse seu gesto de escrever. Obrigado por isso.
Sua situação parece um tanto desagradável! É comum que, quando temos um ambiente onde existe muito direcionamento de nossas vidas por parte de pais, cuidadores, autoridades, etc., sem levar em conta nossos próprios interesses, isso pode nos causar muita desmotivação, raiva, etc. Esse é apenas um exemplo de situação. Para uma ajuda de fato é indispensável ter um conhecimento mais profundo do que está acontecendo com você. Um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode te ajudar a entender melhor o que está acontecendo e te ajudar a elaborar o que for necessário.
Querido(a),

Compreendo perfeitamente o que você está sentindo. É muito corajoso da sua parte compartilhar tudo isso. Pelo que você descreve, parece que você está passando por um período de muita ansiedade e angústia, e é importante saber que você não está sozinho(a) e que esses sentimentos são válidos.

Essa dificuldade de ir à escola, o mal-estar físico só de pensar nela, e o desejo de fugir tanto de casa quanto da escola, são sinais claros de um sofrimento emocional significativo. É como se seu corpo estivesse reagindo a uma pressão interna muito grande, mesmo que você não consiga identificar a origem exata.

A aversão a pessoas tentando entrar na sua vida ou fazer acordos, o afastamento dos outros sem motivo aparente, e a dificuldade de mudar de opinião, podem ser formas de se proteger de algo que você sente como uma ameaça ou um desconforto. É como se, ao se afastar, você tentasse manter um controle sobre suas emoções e seu espaço pessoal.

Entendo que você se preocupa com sua melhor amiga e ainda a ama, mesmo tendo se afastado. Isso mostra que, apesar da dificuldade de se conectar, você tem afeto e cuidado pelas pessoas. O afastamento pode ser uma consequência da sobrecarga emocional que você está vivenciando, tornando difícil manter laços que exigem uma certa energia e vulnerabilidade.

É importante ressaltar que você não escolheu se sentir assim. A frase "sei que as coisas são igualmente difíceis para todos e não queria me sentir assim" mostra uma percepção da realidade e um desejo genuíno de bem-estar. No entanto, o sofrimento é algo muito pessoal, e o que pode ser difícil para um, é devastador para outro. Seus sentimentos são válidos e precisam ser cuidados.

A parte mais preocupante do seu relato é o pensamento em "coisas extremas para resolver um problema pequeno", incluindo a ideia de se machucar. Quando a dor emocional se torna tão intensa que leva a esses pensamentos, é um sinal de alerta de que você precisa de apoio profissional imediato.

A sua rejeição a livros de autoajuda e a discursos sobre saúde, assim como a aversão a ser obrigado(a) a fazer algo, são compreensíveis nesse contexto. Pode ser que, no momento, essas abordagens pareçam mais uma pressão ou uma cobrança, quando o que você mais precisa é de acolhimento e compreensão.

O desejo de "andar sem rumo e nunca mais voltar" e a dificuldade em se expressar são reflexos de uma grande exaustão emocional. É como se você estivesse procurando uma forma de escapar de tudo o que está sentindo. O fato de a melhor parte do seu dia ser a hora de dormir indica que o descanso é o único momento em que você encontra um alívio dessa ansiedade constante.

O que fazer agora?

O mais importante neste momento é que você busque ajuda profissional. Você não precisa enfrentar tudo isso sozinho(a). Um psicólogo ou psiquiatra pode te ajudar a entender o que está acontecendo, identificar as causas da sua ansiedade e angústia, e te oferecer ferramentas para lidar com esses sentimentos de uma forma mais saudável.

Converse com alguém de confiança: Sei que você tem dificuldade em se expressar, mas tente conversar com seus pais ou com outro adulto em quem confie. Mostre a eles o que você escreveu aqui, se for mais fácil. Eles precisam saber o que você está passando para poder te apoiar na busca por ajuda.

Procure um profissional: O ideal é que você procure um psicólogo ou um psiquiatra. Ambos são profissionais de saúde mental que podem te ajudar. O psicólogo trabalha com terapia, conversas e técnicas para entender e lidar com as emoções. O psiquiatra é um médico que pode, se necessário, prescrever medicamentos para ajudar a controlar a ansiedade e outros sintomas mais intensos.

Lembre-se, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem e autocuidado. É um passo fundamental para que você possa se sentir melhor e retomar o controle da sua vida. Você merece se sentir bem e ter uma vida com mais leveza.

Que tal conversarmos um pouco mais sobre como você se sentiria ao procurar um profissional ou como conversar com seus pais sobre isso?
 Lays Faria
Psicólogo
Rio de Janeiro
Seu relato é bastante intimo e pessoal, vou tentar responder ele de forma pessoal também, sem auto ajuda ou algo assim. Particularmente, parece que você tem se deparado com a sua própria forma de pensar sobre as situações e dependendo de onde estamos, no caso de um ambiente onde as pessoas tem uma forma de funcionar que não se alinham com o que a gente pensa e sente, entre em conflito com a vontade que sentimos de estar ali ou entregar o que as pessoas esperam de nós de alguma forma e entendo que pode "castigo" muitas vezes. Não posso afirmar sobre o que precisa ou não, você tem razão quando fala sobre a questão de autoajuda, porque nem sempre essas ideias consideram a complexidade de lidar com as coisas no dia a dia, mas minha aposta aqui é pensar em qual espaço você tem, pra perceber o que sente, sem que tenha a necessidade de "não estar na defensiva"? Lendo sua mensagem, parece que tem uma parte sua, que se posiciona fortemente em não ser castigado(a), sobre como dar sentido e lidar com isso é algo que você mesmo(a) vai precisar entender, sem uma receita mágica.. se tiver alguém próximo ou como buscar de fato uma pessoa (pode sim ser um profissional que seja) pode ser uma boa forma de abrir espaço pra se acolher um pouco em meio a tantos sentimentos neste momento. Espero ter ajudado :)
 Jenyffer Carvalho
Psicólogo
Maringá
Olá, adolescer pode ser um desafio, uma fase com grandes mudanças e uma percepção da vida de um outro ponto de vista, que não a infância. Sei que confiar nas pessoas nesse momento pode ser complexo e desafiador, visto que ninguém parece ser confiável nesta fase para escutar aquilo que você tem a dizer, que nem sempre será tão agradável ou bonito de falar ou escutar. A boa notícia é que todos temos pensamentos que não são tão legais assim e uma psicóloga pode te auxiliar nesse processo de se entender. De entender essa vontade de se expressar e de se esconder ao mesmo tempo. Essa tensão entre a vontade de fugir e a vontade de ficar. Essa ambivalência faz parte da nossa vida e espero que consiga confiar em alguém para te auxiliar em seu processo. A vida pode ser mais leve, com menos ansiedade e com menos sofrimento.
Abraços!
O que você está sentindo indica um quadro de ansiedade e possível sofrimento emocional. É muito importante procurar ajuda profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, para fazer uma avaliação adequada e iniciar um acompanhamento. Não hesite em buscar apoio, pois existem estratégias e tratamentos que podem ajudar você a se sentir melhor e lidar com essas dificuldades
Olá! Muito prazer... Você parece ter um quadro traumático, de transtorno de personalidade ou neurodivergencia... De qualquer forma, é necessária uma avaliação muito bem feita para que se possa entender e tratar seu caso... Não desista, procure boa ajuda e você poderá ter uma vida boa!
Você deveria fazer psicoterapia, para entender melhor tudo isso que você está passando. Adolescência é realmente uma fase difícil, de muitas cobranças e transformações, mas através da terapia você pode aprender a flexibilizar o pensamento, descobrir porque não consegue aprender e conseguir expressar melhor sua emoções.
Dra. Rosana Paula Silva Medeiros
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá. A adolescência pode ser um período bastante desafiador para alguns jovens e adolescentes, pode ser uma fase de intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Muitas vezes, surgem desafios como a dificuldade em lidar com emoções, conflitos familiares, pressão social e dúvidas sobre a identidade. A terapia oferece um espaço seguro para que você possa expressar seus sentimentos, compreender suas experiências e desenvolver recursos para enfrentar essas mudanças de forma saudável. A abordagem sistêmica valoriza as particularidades de cada jovem, entendo seu contexto familiar e o ampliando para que possa ter um novo olhar, e assim te ajudando-o a construir maior equilíbrio emocional e capacidade para tomar decisões mais conscientes.

Espero ter ajudado!

Com carinho, Rosana Paula
Dra. Patricia De Lucia Nadruz
Psicólogo, Terapeuta complementar
São Paulo
Obrigado por confiar esse desabafo tão sincero. O que você está vivendo não é frescura, nem exagero; é sofrimento real, e precisa ser escutado com cuidado, sem julgamento. O que você descreve envolve muitos sinais importantes: Ansiedade constante, crises na escola e pensamentos extremos; Sentimentos de desconexão, afastamento de pessoas queridas sem motivo claro; Dificuldade para se expressar, sensação de estar vivendo no automático; Evitação de situações desconfortáveis e uma aversão a controle ou imposições; Vontade de desaparecer, dormir para escapar da realidade e um certo cansaço emocional de tudo. Esses sinais podem indicar um quadro de ansiedade severa, depressão ou alguma condição que afete o modo como você percebe e sente o mundo. Nenhuma dessas coisas define quem você é mas são pistas de que você está sobrecarregado, tentando dar conta de muita coisa por dentro e talvez sem ferramentas suficientes para lidar sozinho. Você disse que sabe que as coisas são igualmente difíceis para todos e não queria se sentir assim. Isso mostra que você tem consciência e empatia, mas também pode estar diminuindo a legitimidade do seu próprio sofrimento. O fato de outras pessoas também terem dificuldades não anula o que você sente e não significa que você precise aguentar tudo sozinho ou calado. Converse com um adulto de sua confiança a respeito de procurar um psicólogo ou um profissional da saúde mental o quanto antes. Mesmo que seja difícil se abrir, mesmo que você ache que não vai saber explicar o profissional está ali justamente para te ajudar a colocar em palavras aquilo que parece confuso por dentro. Fale com um adulto de confiança (pai, mãe, tio, avó, professor) e diga que está se sentindo mal, com pensamentos que te assustam. Você não precisa dizer tudo de uma vez, mas dar esse primeiro passo é fundamental. Evite se isolar totalmente. Mesmo que você sinta aversão a pessoas tentando se aproximar, se puder manter um canal de contato com alguém (mesmo só ouvindo), isso já é um ponto de apoio emocional. E lembre-se: ter crises, evitar a escola ou se sentir esgotado emocionalmente não é sinal de fraqueza. É sinal de que você está passando por um momento muito difícil e que precisa ser cuidado.
O que você está sentindo é sério, e a forma como você conseguiu colocar tudo isso em palavras mostra que você tem um nível de percepção e sensibilidade muito importantes, mesmo que, neste momento, tudo pareça confuso ou doloroso demais.

Essa angústia constante, os pensamentos extremos, a dificuldade de estar na escola, a vontade de fugir e a sensação de viver no automático são sinais que merecem atenção e acolhimento profissional urgente. Você não está sozinho e não precisa carregar isso sem ajuda.

Não é fraqueza sentir o que você sente. Isso pode estar relacionado a um quadro de ansiedade intensa, depressão, ou até mesmo um esgotamento emocional profundo. Tudo isso tem tratamento, e você tem todo o direito de buscar um espaço seguro para se escutar, entender e encontrar alívio.

Falar com um psicólogo pode ser o primeiro passo para começar a organizar tudo isso com calma, com respeito, no seu tempo. Se quiser, posso te oferecer atendimento psicológico. Estou aqui pra te ajudar.
Bom, o que você relatou tem relação com alguns dos primeiros sintomas de Transtorno Esquizoafetivo. De acordo com Organização Mundial da Saúde na Classificação Internacional de Doenças (CID – 11 – de Janeiro de 2025) os sintomas são:

Transtorno esquizoafetivo é um transtorno episódico no qual os critérios diagnósticos de esquizofrenia e de um episódio maníaco, misto ou depressivo moderado ou grave são atendidos no mesmo episódio da doença, simultaneamente ou com alguns dias de intervalo entre eles. Sintomas proeminentes de esquizofrenia (p. ex., delírios, alucinações, desorganização na forma de pensamento, experiências de influência, passividade e controle) são acompanhados por sintomas típicos de um episódio depressivo moderado ou grave (p. ex., humor deprimido, perda de interesse, energia reduzida), um episódio maníaco (p. ex., um estado de humor extremo caracterizado por euforia, irritabilidade ou expansividade; aumento da atividade ou uma experiência subjetiva de aumento de energia) ou um episódio misto. Podem estar presentes distúrbios psicomotores, incluindo catatonia. Os sintomas devem persistir por pelo menos um mês. Os sintomas não são uma manifestação de outra condição médica (p. ex., um tumor cerebral) e não são devidos ao efeito de uma substância ou medicamento no sistema nervoso central (p. ex., corticosteroides), incluindo abstinência (p. ex., abstinência de álcool).

Se estiver em sofrimento, dúvida, tiver mais questões sobre psicoterapia ou precisar demais informações sobre processos de avaliação, estratégias de intervenção, psicoterapia, direitos ou recursos disponíveis, estou à disposição para ajudar. O diálogo aberto contribui para construir caminhos melhores.
Abraços
 Patrícia Nunes
Psicólogo
São Paulo
Você não vive sozinho e precisa das pessoas que estão ao seu lado. A Terra gira em torno do sol e não o contrário. Pense nisso. Seja humilde, perdoe-se e aos outros. Sei que é difícil mas sabedoria, paciência, disciplina, rotina, convivência, estudos, trabalho faz parte do VIVER. Pensamentos e sensações ruins 'tomam conta de nós' se assim o permitimos, porém, às vezes, é necessário, até, medicação para 'voltar ao centro'. Pense nisso!! Converse com seus responsáveis ou alguém de sua confiança e procure um psicólogo para te auxiliar na transição da adolescência para a vida adulta. Estou a disposição.

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