Tenho 27 anos, em outubro de 2024 fui diagnosticada com autismo, TDAH, transtorno de ansiedade e tra

10 respostas
Tenho 27 anos, em outubro de 2024 fui diagnosticada com autismo, TDAH, transtorno de ansiedade e transtorno depressivo.

Atualmente tomo os seguintes remédios: 2 comprimidos de sertralina 50mg (1 de manhã e 1 a noite); 2 comprimidos de quetiapina de 25mg a noite; 1 comprimido do concerta de 36mg de manhã.

Quando passei a tomar esses remédios eu senti uma melhora incrível, tem pouco mais de 1 ano que tomo. Meu foco melhorou, fiquei mais animada, não procrastinava mais e não tinha mais devaneios.

Porém, hoje, as coisas não estão mil maravilhas. Estou seria, sem muitas emoções, voltei a procrastinar um pouco, tendo crises depressivas e de choro com um pouco regulares, mas oq mais me irrita e me deixa cansada são os devaneios.

Eu passo o dia todo vivendo duas vidas: a minha real e a minha imaginária. E isso cansa demais! Quando o trabalho fica um pouco tedioso eu largo tudo, deito, coloco música e fujo pro meu mundo criado. Não muito tempo depois, eu volto a realidade e volto ao trabalho, e isso acontece o dia todo. Sem contar quando eu estou falando e interpretando os personagens ao vivo, sozinha, ou seja, eu tiro da cabeça e passo a viver no dia a dia.

Eu sempre tive isso, mas quando eu era mais nova, 18, 20, 21 anos, isso não me incomodava... Mas agora, eu fico com raiva, porque não consigo viver. Eu não quero viver presa na minha cabeça, eu não quero saber ter controle só na minha cabeça. Eu sair com minha família e viver o momento, ficar feliz, e não ficar "tirando foto" da realidade para depois eu deitar e ficar imaginando oq poderia ter feito, oq seria perfeito. Não quero isso! Eu quero viver o agora na vida real e não só em imaginação.

Eu já pesquisei sobre esse assunto e já vi várias pessoas falando várias coisas: falta de dopamina, um dom que eu não deveria me preocupar, hormônios desregulados, sintomas de depressão, sintomas do TDAH, faz dieta tal que ajuda, toma tal coisa que ajuda... E aí vai!

Mas, por favor!!!! Alguém pode me dizer oq devo procurar, quem devo buscar ajuda, oq devo fazer, pq eu não aguento mais!!! Por favor!!!
Sinto muito pela exaustão que você está vivendo: o que você descreve não é fraqueza, mas um sofrimento real que merece cuidado especializado e compassivo. Quando há múltiplos diagnósticos (como TEA, TDAH, ansiedade e depressão) associados a aumento de devaneios intrusivos, queda de motivação e alterações emocionais, se torna essencial reavaliar o tratamento com um(a) psiquiatra. Tanto a medicação quanto o contexto de vida podem precisar de ajustes ao longo do tempo, e isso não significa regressão; significa apenas que o seu cérebro está pedindo uma atualização no plano de cuidado. Ao mesmo tempo, a psicoterapia oferece caminhos eficazes para reduzir a fuga imaginativa, fortalece o “estar no agora” e reconstrói o senso de presença. Abordagens como a Terapia Cognitivo Comportamental trabalham tanto com técnicas de ancoragem no presente quanto com a identificação das situações que antecedem os períodos de imersão na fantasia. Você não está “presa na cabeça” porque é incapaz; você está sobrecarregada, e isso é tratável com psicoterapia contínua e, possivelmente, com ajustes psiquiátricos. Fico a disposição como psicólogo clínico especializado em TCC e retorne ao psiquiatra que prescreve sua medicação para uma avaliação atual. Você merece viver a vida real com leveza, conexão e presença, e isso é absolutamente possível com o suporte adequado.

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Pelo que você descreve, acredito que seria muito importante manter um acompanhamento combinado com psicólogo e psiquiatra. No seu caso, além da psicoterapia, é essencial ter consultas regulares com o psiquiatra, até porque os sintomas que voltaram a aparecer podem indicar a necessidade de avaliar a medicação, ajustar doses ou pensar em outras alternativas. As medicações atuam de forma muito específica no organismo e, com o tempo, podem realmente precisar de reajustes para continuar fazendo efeito da melhor maneira possível. A psicoterapia também pode ajudar muito a compreender o que está acontecendo, olhar para a forma como você tem vivido esses devaneios e construir outras possibilidades de estar no mundo e se relacionar com a própria existência. Buscar esse cuidado conjunto pode trazer mais clareza e alívio.
Olá, espero que você esteja bem. Diante do que você descreve, dá para sentir o quanto tudo isso tem sido cansativo e o quanto você está tentando entender o que está acontecendo com você.

Esse retorno dos devaneios, a dificuldade de foco e os momentos depressivos não significam que o tratamento deixou de funcionar, mas que algo no seu processo precisa ser revisado. É comum que, com o tempo, o organismo responda de maneira diferente às medicações, e por isso é importante conversar com o(a) psiquiatra para uma reavaliação.

Ao mesmo tempo, existe um aspecto importante que a medicação sozinha não alcança: como você lida com tudo isso internamente. Esses devaneios constantes, essa sensação de viver “duas vidas”, a dificuldade de estar no momento presente e o peso emocional que isso traz são vivências que precisam ser compreendidas, não apenas controladas.

Na psicoterapia, trabalhamos justamente esse movimento: entender o que esses mundos internos representam, o que eles tentam resolver, como aparecem no seu cotidiano e, aos poucos, construir maneiras de estar mais presente na própria vida.

Você não precisa enfrentar isso sozinha. O primeiro passo é revisar o tratamento psiquiátrico; o segundo é ter um espaço terapêutico em que seu funcionamento psíquico possa ser explorado com calma, respeito e profundidade.

Se você sentir que precisa desse acompanhamento para compreender melhor o que está vivendo e encontrar caminhos mais sustentáveis, estou à disposição para te receber em terapia.
Olá! Sinto muito que esteja passando por este momento.

Essa sensação de viver entre a realidade e um mundo imaginário pode ser bastante cansativo.

Eu atuo com base na psicanálise e entendemos esse tipo de devaneio não como “falta de força de vontade”, mas como uma resposta da mente a tensões internas, conflitos emocionais ou sobrecargas que ainda não encontraram um caminho para serem elaborados.

Quando a fantasia começa a ocupar espaço demais, geralmente é um sinal de que algo dentro de você está precisando ser visto, nomeado e trabalhado. A medicação ajuda muito com o foco, ansiedade e o humor, mas ela não substitui essa parte do processo, "de olhar para dentro".

O que você precisa agora não é “uma dica rápida”, mas um espaço contínuo onde possa falar sobre tudo isso e entender o que esses devaneios estão lhe trazendo, se servem para lhe proteger, compensar algo, etc.

Um processo de psicoterapia psicanalítica pode te ajudar a voltar a sentir mais presença na vida real, menos culpa e menos fuga para dentro da cabeça.

Você não precisa passar por isso sozinha. Qualquer coisa estou disponível.
Os medicamentos são muito importantes em determinadas situações, mas se a raiz do problema é originária de relacionamentos conflituosos, problemas no trabalho, traumas, etc. é importante ir além dos remédios, como uma mudança de forma de pensar, agir, elaborar situações traumáticas, etc. Para situações como essas, um bom psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode ser transformadora.
Olá! Antes de tudo, quero dizer que o que você descreve é muito real, muito cansativo e você não está sozinha nisso.
Quando alguém convive com TDAH, autismo, ansiedade e depressão, o cérebro pode usar a imaginação como uma forma de escape emocional. No início pode até parecer um refúgio, mas quando isso começa a tomar o lugar da vida real, vira sofrimento.
Essa experiência de “viver duas vidas” e se perder em devaneios frequentes pode acontecer por alguns motivos combinados:
Sobrecarga mental
Oscilações do TDAH, principalmente quando há tédio ou tarefas repetitivas
Ansiedade e depressão, que aumentam a necessidade de fuga
Autismo, que favorece hiperfoco em mundos internos
E também pode indicar que a medicação atual precisa ser reavaliada após um ano de uso
Nada disso significa “regredir”; significa que seu cérebro está pedindo um ajuste.
O ponto mais importante:
Você não está “presa na cabeça” porque quer. Isso é um SINTOMA, não uma escolha. E sintomas podem ser tratados em um bom processo de psicoterapia.
O caminho agora é:
Reavaliar a medicação com o(a) psiquiatra que te acompanha — especialmente porque você percebeu piora recente.
Iniciar ou retomar psicoterapia, para trabalhar autorregulação, presença, limites internos e estratégias para diminuir o ciclo dos devaneios.
Construir, passo a passo, uma vida em que você consegue estar mais no “agora”, sem precisar fugir para o imaginário. E isso também é trabalho em terapia, a habilidade de estar mais presente.
Você merece viver a realidade com leveza, presença e prazer; e isso é totalmente possível com o acompanhamento certo.
Se fizer sentido para você, posso te ajudar nesse processo.
Isadora Klamt, Psicóloga CRP 07/19323
Pelo que descreve, sua rotina emocional está muito difícil de sustentar sozinha, e isso não é culpa sua. Seus sintomas, as oscilações, a sensação de viver duas realidades e o impacto no cotidiano são sinais de que você precisa de acompanhamento médico urgente, de preferência com um psiquiatra que revise seus remédios e o momento atual do seu quadro. Às vezes, mesmo com tratamento, ajustes são necessários. Você não está “enlouquecendo”; está sofrendo, e sofrimento assim merece cuidado imediato. Procure atendimento o quanto antes, seja com seu psiquiatra, CAPS ou pronto-atendimento, principalmente porque você já está no limite. Você não precisa enfrentar isso sozinha e existe tratamento para estabilizar o que está sentindo. Peça ajuda hoje mesmo — você merece acolhimento, segurança e um cuidado adequado. Estou com você.
Sinto muito que esteja passando por essa exaustão, mas quero te dizer algo importante: você não está sozinha e isso tem nome. O que você descreve (criar mundos, interpretar personagens, 'sair' da realidade quando está tedioso) é frequentemente chamado de Devaneio Excessivo.

Isso é muito comum em pessoas com TDAH e Autismo. O seu cérebro, buscando estímulo ou alívio, 'foge' para um lugar seguro. Mas quando isso foge do controle, gera sofrimento real.

O que fazer agora?

Retorne ao seu Psiquiatra: Relate especificamente essa sensação de estar 'séria e sem emoções'. Isso pode indicar que a medicação precisa de ajuste. Às vezes, o remédio ajuda no foco, mas pode causar esse 'embotamento', e isso tem solução.

Terapia Focada: Busque um psicólogo (TCC é muito indicada) para trabalhar técnicas de 'ancoragem' no presente. Você precisa treinar seu cérebro a tolerar o tédio da vida real sem fugir. Há tratamento e você pode retomar o controle."
Prática e "Passo a Passo"
Como ela está confusa com muita informação da internet, essa opção organiza a rota de ação.

"Respire fundo. Com tanta informação na internet (hormônios, dietas, teorias), é normal se sentir perdida. Vamos simplificar o seu caminho de ajuda:

O sintoma que mais te aflige hoje (viver no mundo imaginário) é uma resposta do seu cérebro neurodivergente (TDAH/Autismo) que não está conseguindo lidar com o tédio ou com a falta de estímulo do 'mundo real'. Não é falha de caráter, é um sintoma.

Quem buscar? Você precisa da dupla Psiquiatra + Psicólogo. Conte ao seu médico que, apesar da melhora inicial, você sente que 'estagnou' e que os devaneios voltaram com força. O ajuste medicamentoso é essencial aqui. E, na terapia, o foco não deve ser apenas desabafar, mas aprender estratégias comportamentais para perceber quando você está 'indo embora' para a imaginação e conseguir voltar para o aqui e agora de forma gentil. Não desista, essa recaída tem contorno.
Olá, como vai?
Imagino que você deva estar passando por um momento delicado e de reflexões interessantes sobre o seu futuro e principalmente o seu agora. Você já buscou psicoterapia? Mais especificamente a psicanálise? Pois o seu sofrimento pode ser escutado e elaborado junto do seu analista. Por mais que dietas, chás, atividades, hormônios enfim tudo o que você já pesquisou possa fazer algum sentido, ser ouvida e acolhida no seu sofrimento é transformador e pode, aos poucos, te trazer para a realidade. Busque ajuda com um profissional da psicologia!
Espero ter ajudado, fico à disposição!
Olá! Acredito que o acompanhamento em psicoterapia, somado ao uso das medicações, seria interessante no seu cenário para poder aprofundar melhor nesses pontos que você menciona. Outro fator é avaliar novamente com um médico psiquiatra para verificar se seria válido o aumento de dosagem ou substituição por outros medicamentos, já que você percebeu que houve uma resposta positiva com as escolhas das medicações inicialmente.

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