A hiperfixação é um sintoma do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?

2 respostas
A hiperfixação é um sintoma do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?
Sua pergunta é muito importante — e ajuda a esclarecer uma confusão comum sobre o que realmente faz parte do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A hiperfixação, apesar de ser frequentemente observada em pessoas autistas, não é um sintoma formal listado nos manuais diagnósticos, como o DSM-5. Ela é, na verdade, uma forma de manifestação de algo mais amplo que o TEA contempla: os interesses restritos e repetitivos.

Esses interesses podem se expressar de muitas formas, e a hiperfixação é uma delas. A diferença está na intensidade e no papel que esse foco tem na vida da pessoa. Para muitos autistas, mergulhar profundamente em um tema não é apenas curiosidade — é uma forma de organizar o mundo interno, encontrar previsibilidade e sentir prazer. Do ponto de vista da neurociência, esse processo está ligado à forma como o cérebro autista regula a atenção e processa recompensas, tornando certas experiências extremamente gratificantes.

Enquanto em outras condições, como o TDAH, a hiperfixação tende a ser mais passageira e impulsiva, no TEA ela costuma ter continuidade, propósito e coerência interna. É como se aquele tema se tornasse uma linguagem própria — uma ponte entre o interno e o externo.

Uma boa reflexão é: quando você ou alguém próximo mergulha em algo por horas, o que acontece emocionalmente? Há uma sensação de calma, prazer ou necessidade de controle? Entender essa diferença pode ajudar a perceber se essa hiperfixação é apenas uma forma de expressão do funcionamento autista ou se está sendo usada como refúgio diante de uma sobrecarga sensorial ou emocional.

Caso precise, estou à disposição.

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A hiperfixação não é um sintoma isolado, mas pode fazer parte das características associadas ao TEA, especialmente dentro do grupo de comportamentos repetitivos e interesses restritos.
É importante lembrar que o grau e a forma como isso aparece variam muito de pessoa para pessoa. Além disso, pessoas que não estão no espectro também podem apresentar períodos de hiperfoco, a diferença está na intensidade, na frequência e no impacto que isso tem na rotina.

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