A mulher autista tem mais empatia emocional do que a cognitiva?

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A mulher autista tem mais empatia emocional do que a cognitiva?
Geralmente, mulheres autistas podem apresentar empatia cognitiva reduzida (dificuldade de interpretar intenções e perspectivas alheias), mas empatia emocional preservada ou até intensa, sentindo fortemente as emoções dos outros mesmo sem compreender totalmente o contexto social.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, que pergunta incrível — e muito relevante quando falamos sobre as nuances do autismo feminino. A resposta, de forma geral, é que muitas mulheres autistas tendem a apresentar maior empatia emocional do que cognitiva, embora esse equilíbrio varie bastante de pessoa para pessoa.

A empatia emocional é a capacidade de sentir o que o outro sente — é um tipo de sintonia afetiva quase instintiva. Já a empatia cognitiva é a habilidade de compreender racionalmente o que o outro está sentindo ou pensando, sem necessariamente sentir junto. A neurociência mostra que, no autismo, o que costuma estar mais desafiado não é a emoção em si, mas a capacidade de decodificar sinais sociais e entender intenções — e é aí que a empatia cognitiva entra.

Muitas mulheres autistas relatam sentir profundamente as emoções alheias, às vezes até de forma avassaladora, mas têm dificuldade em colocar em palavras o que o outro precisa ou em ajustar suas respostas emocionais às expectativas sociais. Isso faz com que, do lado de fora, pareçam distantes ou “frias”, quando, na verdade, estão absorvendo o ambiente emocional com intensidade. É como se sentissem a dor do outro, mas tivessem dificuldade de traduzir essa dor em gestos socialmente compreensíveis.

Além disso, por viverem em contextos que cobram sociabilidade e cuidado, muitas mulheres no espectro desenvolvem estratégias de camuflagem empática — imitam reações esperadas, ainda que não se sintam naturalmente confortáveis com elas. O resultado é um esgotamento emocional, uma espécie de fadiga por “sentir demais e compreender de menos”.

Você se reconhece mais nesse tipo de sensibilidade emocional intensa? Ou sente que entende as pessoas de forma lógica, mas nem sempre sente junto? Entender onde essa balança pende ajuda a fortalecer tanto o acolhimento de si quanto a regulação emocional nas relações.

Essas diferenças não são falhas — são expressões singulares de um cérebro que sente o mundo de um jeito mais profundo e, às vezes, mais silencioso. Caso queira compreender melhor como isso se manifesta em você, estou à disposição.
Em muitas mulheres autistas, a empatia emocional (sentir a emoção do outro) pode ser preservada ou até intensa, enquanto a empatia cognitiva (compreender e interpretar sinais sociais e intenções) tende a ser mais desafiadora. Isso pode gerar sobrecarga emocional e mal-entendidos, não falta de sensibilidade.

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