Como a identificação introjetiva se relaciona com doenças mentais cronicas ?

2 respostas
Como a identificação introjetiva se relaciona com doenças mentais cronicas ?
 Caroline Olivo
Psicólogo
Ribeirão Preto
A identificação introjetiva é quando a pessoa “engole” sentimentos, pensamentos ou atitudes de outra pessoa sem conseguir diferenciar se aquilo é dela ou do outro.

Quando falamos de doenças mentais crônicas (como esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão recorrente, transtornos de personalidade), essa identificação pode ficar ainda mais complicada, porque:

Fronteiras frágeis – a pessoa pode ter mais dificuldade de separar o que sente de verdade do que vem do outro, aumentando a confusão sobre sua identidade.

Autocrítica pesada – muitas vezes, críticas ou exigências recebidas no passado ficam “introjetadas” e viram uma voz interna dura, alimentando sintomas como baixa autoestima ou desesperança.

Dependência emocional – por não conseguir diferenciar bem o eu do outro, a pessoa pode se tornar mais dependente em relacionamentos, o que pode dificultar a recuperação.

Reforço do sofrimento – se a pessoa absorve sentimentos negativos (como culpa, medo, raiva de outros), isso pode intensificar crises e dificultar o tratamento.

Ciclo difícil de quebrar – em doenças crônicas, esses padrões de introjeção podem se repetir por anos, tornando ainda mais importante o acompanhamento terapêutico.

Mas tem um lado positivo também: quando trabalhada em terapia, a identificação introjetiva pode ser usada de forma saudável — por exemplo, ao introjetar valores, aprendizados e modelos positivos que ajudam na reabilitação.

Ou seja: em doenças mentais crônicas, a identificação introjetiva pode ser tanto um fator de risco (se mal digerida) quanto um recurso de crescimento (se bem trabalhada).

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 Camila Ferrari
Psicólogo, Psicanalista
Ribeirão Preto
A identificação introjetiva é um jeito que a mente encontra pra lidar com vínculos importantes. É como se a gente “guardasse” dentro da gente pedaços de pessoas que marcaram muito (um pai, uma mãe, um parceiro). Às vezes, a gente faz isso pra não perder o outro completamente, pra continuar tendo ele por perto de algum modo.

O problema é que, quando isso acontece de forma muito forte ou sem que a pessoa perceba, ela pode começar a viver mais com as vozes internas que “pegou” do outro do que com a própria. Por exemplo, alguém que teve um cuidador muito crítico pode acabar repetindo essa crítica consigo mesmo, como se a voz de fora tivesse virado uma voz de dentro.

Com o tempo, isso pode pesar. Pode gerar quadros mais crônicos, como depressão, ansiedade intensa, dificuldade de se sentir inteiro ou até de diferenciar o que é “meu” e o que veio do outro.

Então, a identificação introjetiva em si não é uma coisa ruim, ela faz parte da forma como a gente se constrói. O que causa sofrimento é quando ela fica “presa”, quando a pessoa não consegue elaborar o que é dela e o que pertence ao outro. A terapia ajuda justamente a ir separando isso, dando espaço pra que o sujeito possa se reconhecer de novo como ele mesmo.

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