Como a instabilidade da autoimagem se manifesta no dia a dia de alguém com Transtorno de Personalida
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Como a instabilidade da autoimagem se manifesta no dia a dia de alguém com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Oi, tudo bem?
A instabilidade da autoimagem é um dos aspectos mais marcantes do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), e ela pode se manifestar de formas muito sutis — ou intensas — no cotidiano. O curioso é que, para quem vive isso, nem sempre é fácil perceber que essa oscilação está acontecendo; muitas vezes, parece simplesmente que “as coisas mudaram de sentido”.
No dia a dia, essa instabilidade aparece quando a pessoa muda frequentemente a forma como se enxerga. Em um momento, pode se sentir confiante, competente e especial; no outro, completamente inútil ou “sem valor”. Pequenas situações — uma crítica, uma rejeição, um fracasso, ou até um elogio — podem redefinir quem ela acredita ser. É como se o espelho interno refletisse imagens diferentes conforme a emoção dominante do momento.
Isso também se reflete nas relações e nas decisões. A pessoa pode alternar entre idealizar alguém (“essa pessoa é perfeita, me entende completamente”) e desvalorizar no instante seguinte (“não posso confiar em ninguém”). O mesmo vale para projetos, metas e estilos de vida: hoje há uma convicção clara sobre o que quer, amanhã surge o desejo oposto. Essa instabilidade não é falsidade, e sim o resultado de um sistema emocional que busca desesperadamente coerência em meio à intensidade.
Do ponto de vista da neurociência, esse fenômeno tem base na dificuldade de integração entre emoção e memória. Quando a amígdala (centro emocional do cérebro) se ativa fortemente, o córtex pré-frontal — responsável por manter a estabilidade da identidade e das decisões — fica “offline”. Por isso, cada emoção parece criar uma nova narrativa de quem a pessoa é.
Você já percebeu momentos em que sente ser uma pessoa totalmente diferente dependendo de quem está com você? Ou quando algo pequeno muda completamente a forma como você se enxerga? Essas experiências mostram como a autoimagem no TPB não é fixa, mas moldada pelas ondas emocionais e pelos vínculos afetivos.
Na terapia, o objetivo é fortalecer uma sensação de identidade mais estável — não eliminando as mudanças, mas aprendendo a reconhecer que existe um “eu” contínuo, mesmo quando o mundo interno muda de cor. Quando isso começa a acontecer, a pessoa deixa de ser refém das marés emocionais e passa a se sentir autora da própria história.
Caso precise, estou à disposição.
A instabilidade da autoimagem é um dos aspectos mais marcantes do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), e ela pode se manifestar de formas muito sutis — ou intensas — no cotidiano. O curioso é que, para quem vive isso, nem sempre é fácil perceber que essa oscilação está acontecendo; muitas vezes, parece simplesmente que “as coisas mudaram de sentido”.
No dia a dia, essa instabilidade aparece quando a pessoa muda frequentemente a forma como se enxerga. Em um momento, pode se sentir confiante, competente e especial; no outro, completamente inútil ou “sem valor”. Pequenas situações — uma crítica, uma rejeição, um fracasso, ou até um elogio — podem redefinir quem ela acredita ser. É como se o espelho interno refletisse imagens diferentes conforme a emoção dominante do momento.
Isso também se reflete nas relações e nas decisões. A pessoa pode alternar entre idealizar alguém (“essa pessoa é perfeita, me entende completamente”) e desvalorizar no instante seguinte (“não posso confiar em ninguém”). O mesmo vale para projetos, metas e estilos de vida: hoje há uma convicção clara sobre o que quer, amanhã surge o desejo oposto. Essa instabilidade não é falsidade, e sim o resultado de um sistema emocional que busca desesperadamente coerência em meio à intensidade.
Do ponto de vista da neurociência, esse fenômeno tem base na dificuldade de integração entre emoção e memória. Quando a amígdala (centro emocional do cérebro) se ativa fortemente, o córtex pré-frontal — responsável por manter a estabilidade da identidade e das decisões — fica “offline”. Por isso, cada emoção parece criar uma nova narrativa de quem a pessoa é.
Você já percebeu momentos em que sente ser uma pessoa totalmente diferente dependendo de quem está com você? Ou quando algo pequeno muda completamente a forma como você se enxerga? Essas experiências mostram como a autoimagem no TPB não é fixa, mas moldada pelas ondas emocionais e pelos vínculos afetivos.
Na terapia, o objetivo é fortalecer uma sensação de identidade mais estável — não eliminando as mudanças, mas aprendendo a reconhecer que existe um “eu” contínuo, mesmo quando o mundo interno muda de cor. Quando isso começa a acontecer, a pessoa deixa de ser refém das marés emocionais e passa a se sentir autora da própria história.
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No dia a dia, a instabilidade da autoimagem no TPB se manifesta como incerteza constante sobre quem a pessoa é, quais são seus valores ou objetivos. Isso pode gerar mudanças abruptas de opinião, dificuldade em tomar decisões, oscilação entre autoestima alta e baixa e comportamentos impulsivos. Relacionamentos e escolhas de vida, como trabalho ou estudos, acabam sendo profundamente impactados por essa instabilidade.
Na instabilidade da autoimagem no Transtorno de Personalidade Borderline, a pessoa costuma sentir que não tem um “eu” fixo. A forma como se enxerga muda com facilidade, de acordo com o humor, as emoções e, principalmente, com a forma como se sente nas relações. Em alguns momentos pode se perceber confiante e capaz, e pouco depois se sentir vazia, sem valor ou sem saber quem é.
No dia a dia, isso aparece como mudanças frequentes de gostos, objetivos, planos e até de comportamentos, numa tentativa de encontrar algo que dê sentido e identidade. Muitas vezes, a sensação de quem se é fica muito ligada ao outro: quando há acolhimento, surge uma sensação de completude; quando há rejeição ou afastamento, aparece um vazio intenso. Essa experiência é cansativa e dolorosa, mas com acompanhamento psicológico é possível construir, gradualmente, uma autoimagem mais estável e integrada.
No dia a dia, isso aparece como mudanças frequentes de gostos, objetivos, planos e até de comportamentos, numa tentativa de encontrar algo que dê sentido e identidade. Muitas vezes, a sensação de quem se é fica muito ligada ao outro: quando há acolhimento, surge uma sensação de completude; quando há rejeição ou afastamento, aparece um vazio intenso. Essa experiência é cansativa e dolorosa, mas com acompanhamento psicológico é possível construir, gradualmente, uma autoimagem mais estável e integrada.
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