Como a psicoterapia pode ajudar no controle inibitório em pessoas com transtorno de personalidade bo

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Como a psicoterapia pode ajudar no controle inibitório em pessoas com transtorno de personalidade borderline (TPB)?
No Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), o controle inibitório — a capacidade de frear impulsos, pensamentos ou reações emocionais automáticas — costuma estar prejudicado, contribuindo para explosões emocionais, comportamentos impulsivos e decisões arriscadas.

A psicoterapia ajuda a melhorar esse controle por meio de estratégias como:

1.Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

Ensina a identificar pensamentos automáticos e distorcidos que disparam impulsos.

Desenvolve alternativas mais adaptativas antes de agir, promovendo reflexão e autocontrole.

2.Terapia Dialética Comportamental (TCD)

Trabalha regulação emocional e tolerância à frustração, fortalecendo a capacidade de pausar antes de reagir.

Utiliza exercícios de atenção plena (mindfulness) para aumentar consciência das emoções e impulsos, criando espaço entre estímulo e reação.

3.Treino de habilidades executivas

Estruturação de rotina, planejamento de metas e resolução de problemas ajudam a treinar a inibição de respostas impulsivas.


A psicoterapia não só reduz comportamentos de risco, mas também fortalece a habilidade de pausar, refletir e escolher respostas mais adaptativas, melhorando relações, decisões e bem-estar emocional. É importante lembrar que cada tratamento é individualizado, ajustado às necessidades, objetivos e ritmo de cada paciente, podendo variar os resultados e estratégias utilizadas.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? Que bom que você trouxe essa pergunta, porque ela toca em algo muito delicado para quem convive com o transtorno de personalidade borderline: aquele “impulso que chega antes do pensamento”, quase como se o corpo reagisse mais rápido que a própria pessoa. Esse funcionamento não é sinal de fraqueza, e sim de um sistema emocional que aprendeu a se proteger de forma intensa demais.

Quando a gente fala de controle inibitório no TPB, estamos falando da capacidade do cérebro de frear respostas impulsivas quando a emoção sobe rápido. A psicoterapia ajuda justamente porque cria um espaço contínuo onde a pessoa aprende a reconhecer esses gatilhos, compreender o que acontece dentro dela e reorganizar esse circuito emocional que parece tão veloz. Modelos como TCC, Terapia dos Esquemas, ACT e DBT trabalham para fortalecer essa pausa entre sentir e agir, algo que com o tempo modifica padrões profundamente arraigados. Algumas pessoas dizem que é como finalmente conseguir “ouvir” seus próprios limites antes de ultrapassá-los.

Talvez uma boa reflexão seja observar quando esses impulsos surgem com mais força. Em que momentos do dia as emoções parecem transbordar e atropelar sua intenção inicial? O que você costuma sentir segundos antes de agir de um jeito que depois te pesa? Será que existe alguma situação específica em que você percebe que esse freio interno funciona melhor? Essas perguntas ajudam a construir consciência, que é o primeiro passo para mudar qualquer padrão emocional.

E mesmo quando tudo parece automático, há processos sendo reorganizados ali dentro. A neurociência mostra que, com repetição e acolhimento, o cérebro consegue desenvolver novas rotas de resposta, permitindo reações mais equilibradas. A terapia, nesse sentido, funciona como um laboratório emocional seguro, onde você pode experimentar novas formas de se relacionar consigo mesmo(a) e com os outros.

Se sentir que faz sentido aprofundar isso em um processo terapêutico, posso te ajudar a explorar essas camadas com cuidado e respeito ao seu ritmo. Caso precise, estou à disposição.

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