Como as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se comunicam?

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Como as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se comunicam?
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista se comunicam de formas muito variadas. Algumas usam linguagem verbal, mas podem ter fala atípica, ecolalia ou dificuldade em manter diálogos recíprocos. Outras dependem de comunicação não verbal, como gestos, expressões faciais, imagens, símbolos ou dispositivos de comunicação assistida. A comunicação pode ser literal e direta, com dificuldade em interpretar sarcasmo, metáforas ou pistas sociais implícitas. Apesar das diferenças, todas buscam transmitir necessidades, interesses e sentimentos, muitas vezes precisando de apoio estruturado para se expressar de maneira eficaz.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? Que bom que você trouxe essa pergunta, porque falar de interação social no TEA exige delicadeza e, ao mesmo tempo, precisão técnica. Muita gente imagina que a dificuldade está apenas em “não saber conversar”, mas isso é uma visão bem limitada. No espectro, a interação social é afetada por fatores que envolvem leitura emocional, interpretação de intenções e até o modo como o cérebro processa estímulos — e nada disso tem relação com falta de interesse ou vontade.

O que costuma acontecer é que a comunicação social, para uma pessoa autista, funciona como um quebra-cabeça com peças menos previsíveis. Expressões faciais, mudanças sutis no tom de voz, pausas na conversa ou até regras implícitas de “quando é minha vez de falar” podem exigir um esforço mental enorme. Já percebeu como, às vezes, a intenção de uma pessoa não é óbvia? Para quem está no espectro, isso pode ser ainda mais complexo. O cérebro pode priorizar a lógica e a coerência literal, enquanto o mundo social opera muito na entrelinha. Você já reparou em quais situações as dificuldades ficam mais evidentes? Elas aparecem mais em grupos, em conversas rápidas ou em situações novas?

Outro ponto é que a interação social envolve sensorialidade. Sons, cheiros, movimentos e múltiplas pessoas falando ao mesmo tempo podem criar uma espécie de “chuva de estímulos” que fatiga rápido. Não é falta de interesse nas pessoas, é como se o sistema nervoso estivesse tentando acompanhar um volume de sinais muito maior do que consegue regular. Nesses momentos, vale observar o que costuma deixá-lo mais sobrecarregado. Ele já descreveu como se sente quando está em ambientes sociais? Quais situações parecem consumir mais energia emocional?

E existe também a questão da reciprocidade social. Muitas vezes, a pessoa autista quer se conectar, mas usa outra lógica de comunicação. Enquanto alguns seguem pistas intuitivas, quem está no espectro tende a usar pistas explícitas. É por isso que, às vezes, o comportamento pode parecer distante, direto demais ou até desinteressado. Mas é só um jeito diferente de se vincular, não uma ausência de vínculo.

Se desejar aprofundar essa compreensão para observar melhor como isso se manifesta no dia a dia e o que pode facilitar a convivência, posso te ajudar nessa exploração. Caso precise, estou à disposição.

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