Como diferenciar autismo de fobia social ? .

2 respostas
Como diferenciar autismo de fobia social ? .
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? Essa é uma dúvida muito importante — e bastante comum, porque de fora, o comportamento de quem tem autismo e o de quem tem fobia social podem parecer parecidos. Ambos podem evitar situações sociais, manter pouco contato visual ou parecer “tímidos”, mas as razões por trás disso são bem diferentes.

No Transtorno do Espectro Autista (TEA), a dificuldade vem da forma como o cérebro processa informações sociais e sensoriais. A pessoa pode não entender bem expressões faciais, ironias, ou o que é esperado em cada contexto. Não é que ela queira evitar pessoas — é que interagir pode ser confuso e cansativo, quase como tentar seguir um roteiro sem conhecer o idioma. Já na fobia social, o medo central é ser julgado, rejeitado ou passar vergonha. A pessoa compreende as regras sociais, mas a ansiedade intensa diante do olhar do outro faz com que evite essas situações.

Do ponto de vista emocional, quem está no espectro geralmente sente desconforto por não entender a lógica das interações; quem tem fobia social sofre porque entende demais — e teme não corresponder. É uma diferença sutil, mas profunda. Você já percebeu se o desconforto social vem de não saber o que fazer ou dizer, ou de medo do que os outros vão pensar? E se a ansiedade aparece até quando está sozinho, pensando em interações futuras? Essas pistas ajudam muito a diferenciar.

Em ambos os casos, a terapia é um espaço essencial. No TEA, ela ajuda a desenvolver estratégias de comunicação, regulação e previsibilidade; na fobia social, trabalha-se o medo da avaliação, o autocrítico interno e o manejo da ansiedade. Em alguns casos, pode haver sobreposição — e aí o olhar clínico é o que faz toda a diferença. Caso queira aprofundar esse entendimento, estou à disposição.

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Na fobia social, o medo de julgamento é o foco central, e a pessoa deseja se encaixar, mas teme a rejeição. No autismo, a dificuldade está mais na compreensão e na leitura das interações. O autista pode não perceber nuances sociais, enquanto quem tem fobia as percebe com exagero. Em alguns casos, as duas condições coexistem, e o diagnóstico exige escuta clínica e análise cuidadosa do histórico. Diferenciar é importante para que a intervenção não busque apenas “melhorar a sociabilidade”, mas compreender o funcionamento que existe por trás dela.

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