Como o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) se relaciona com sentimentos que podem ser inter

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Como o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) se relaciona com sentimentos que podem ser interpretados como ansiedade existencial ?
Bom dia. O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) pode se relacionar com sentimentos semelhantes à ansiedade existencial porque, em muitos casos, o paciente vive uma profunda instabilidade de identidade, um vazio interno persistente e uma dificuldade em encontrar sentido e segurança nas relações e na própria vida. Esses aspectos podem gerar questionamentos constantes sobre quem a pessoa é, qual o propósito de sua existência e se será capaz de manter vínculos estáveis, o que se aproxima do que chamamos de ansiedade existencial. Além disso, o medo intenso do abandono e a dificuldade em regular emoções intensas podem reforçar esse sentimento de insegurança frente ao futuro e ao sentido da vida. A psicoterapia, especialmente em abordagens como a DBT em perspectiva transdiagnóstica pode ajudar a compreender esses processos e construir uma vivência mais estável e significativa. Espero ter ajudado, grande abraço.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? Quando falamos de TPB e sentimentos que parecem “ansiedade existencial”, estamos tocando em duas dimensões que às vezes se misturam a ponto de a pessoa não saber onde termina uma e começa a outra. No Transtorno de Personalidade Borderline, a sensibilidade emocional é intensa, as fronteiras internas oscilam e o medo de perder vínculos importantes costuma ganhar um peso enorme. Já a ansiedade existencial aparece quando a mente toca temas amplos como sentido, futuro, identidade ou pertencimento. Quando esses dois mundos se encontram, a experiência pode ficar ainda mais profunda e confusa.

No TPB, é comum que emoções cheguem com força e rapidez, quase como ondas que não pedem permissão. A pessoa sente mudanças internas e externas com mais intensidade e, quando essas sensações se conectam a perguntas sobre “quem eu sou”, “para onde estou indo” ou “qual é o meu lugar no mundo”, o corpo reage como se estivesse diante de uma ameaça real. O que poderia ser apenas uma reflexão se transforma em angústia, vazio ou medo de perder a si mesmo. Não é que a pessoa esteja “filosofando demais”, mas que a mente emocional interpreta essas dúvidas como risco de instabilidade ou abandono, ativando os gatilhos mais sensíveis da personalidade borderline.

Talvez seja interessante observar como isso aparece em você. Quando essas sensações chegam, elas mexem mais com identidade, com a necessidade de pertencimento ou com medo de ficar sozinho? O que exatamente acontece nos primeiros segundos depois que o desconforto aparece: uma busca por sentido, uma sensação de desmoronamento interno ou uma urgência para encontrar alguém que te ajude a se sentir seguro? E, se você pudesse descrever com calma o que sente no corpo nesses momentos, que história essa sensação contaria sobre aquilo que te machuca?

Na terapia, o trabalho envolve traduzir essa ansiedade para uma linguagem emocional mais clara, para que ela deixe de ser vivida como ameaça e comece a ser compreendida como parte da sua sensibilidade e profundidade emocional. Conforme você constrói um senso interno mais estável, essas dúvidas deixam de desorganizar e passam a fazer parte da vida com muito menos peso. Se fizer sentido explorar isso com tranquilidade e profundidade, posso te ajudar nesse caminho. Caso precise, estou à disposição.

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