Como os familiares podem lidar com o familiar) no Transtorno de Personalidade Borderline - TPB - (Ac
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Como os familiares podem lidar com o familiar) no Transtorno de Personalidade Borderline - TPB - (Acomodação Familiar)?
Bom dia. Essa é uma pergunta essencial, porque o papel da família no cuidado do paciente com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é muito significativo. Muitas vezes, na tentativa de evitar conflitos ou reduzir o sofrimento imediato, os familiares acabam entrando em acomodação familiar — ou seja, ajustam seus comportamentos de forma excessiva às crises ou demandas do paciente, o que pode aliviar momentaneamente, mas a longo prazo reforça padrões disfuncionais.
Na prática, isso pode acontecer quando os familiares cedem a exigências para evitar explosões emocionais, evitam conversar sobre determinados assuntos ou assumem responsabilidades que seriam do paciente. Embora feito com boa intenção, esse tipo de acomodação pode dificultar a autonomia e a regulação emocional do familiar com TPB.
O que a literatura científica e a TCC baseada em evidências sugerem é que a família busque um equilíbrio: oferecer apoio, escuta empática e acolhimento, mas também aprender a estabelecer limites saudáveis, incentivar a busca de tratamento adequado e não reforçar comportamentos desadaptativos. Programas psicoeducativos para familiares, grupos de apoio e a própria psicoterapia familiar podem ser recursos muito valiosos nesse processo.
Em resumo: lidar com um familiar com TPB exige tanto compreensão e acolhimento quanto clareza e firmeza nos limites. Esse equilíbrio ajuda a reduzir o sofrimento de todos e favorece o processo terapêutico do paciente.
Na prática, isso pode acontecer quando os familiares cedem a exigências para evitar explosões emocionais, evitam conversar sobre determinados assuntos ou assumem responsabilidades que seriam do paciente. Embora feito com boa intenção, esse tipo de acomodação pode dificultar a autonomia e a regulação emocional do familiar com TPB.
O que a literatura científica e a TCC baseada em evidências sugerem é que a família busque um equilíbrio: oferecer apoio, escuta empática e acolhimento, mas também aprender a estabelecer limites saudáveis, incentivar a busca de tratamento adequado e não reforçar comportamentos desadaptativos. Programas psicoeducativos para familiares, grupos de apoio e a própria psicoterapia familiar podem ser recursos muito valiosos nesse processo.
Em resumo: lidar com um familiar com TPB exige tanto compreensão e acolhimento quanto clareza e firmeza nos limites. Esse equilíbrio ajuda a reduzir o sofrimento de todos e favorece o processo terapêutico do paciente.
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Olá, tudo bem? A sua pergunta é essencial, porque quando falamos de TPB não estamos falando apenas da pessoa que sente a dor, mas também de uma rede familiar que, muitas vezes, fica perdida entre o desejo de ajudar e o medo de piorar a situação. E é aí que o tema da acomodação familiar entra de forma muito significativa.
No TPB, as emoções costumam vir com intensidade, e a família, querendo evitar conflitos ou crises, às vezes passa a “andar em ovos”, tentando prever, acalmar ou fazer tudo para que o outro não sofra. Essa acomodação nasce de amor, mas pode acabar reforçando padrões que mantêm o sofrimento de todos. A neurociência ajuda a entender um pouco disso: quando o cérebro vive em alerta emocional, qualquer mudança no ambiente vira sinal de perigo, e a família tenta apagar esses sinais antes que eles cresçam. O problema é que isso impede a construção de autonomia emocional, tanto para quem tem TPB quanto para quem convive de perto.
Talvez faça sentido olhar para alguns pontos com delicadeza. Quais situações fazem você ou sua família mudarem completamente a rotina para evitar reações? Quando alguém desregula, a resposta familiar é tentar resolver por completo ou tentar compreender o que está por trás da dor? Vocês percebem que, às vezes, o medo de conflito impede conversas reais? São perguntas importantes, porque mostram que a acomodação não é culpa de ninguém, mas um movimento compreensível diante de muita intensidade emocional.
O caminho geralmente passa por aprender novas formas de se relacionar, com limites amorosos que não punem, mas também não salvam o tempo todo. Dentro da terapia — especialmente abordagens como TCC, DBT e Terapia dos Esquemas — trabalhamos muito a ideia de validar a dor sem reforçar comportamentos que aumentam o sofrimento. Para quem convive, isso pode significar escutar sem assumir o papel de resolver, apoiar sem abandonar a própria saúde emocional e aprender a responder, em vez de reagir.
Se você ou sua família já estão em acompanhamento, vale muito levar esse tema ao terapeuta responsável, porque cada dinâmica familiar é única e o cuidado precisa ser personalizado. E se ainda não estiverem, esse pode ser um excelente ponto de partida para construir novos caminhos de convivência que aliviem a todos. Caso precise, estou à disposição.
No TPB, as emoções costumam vir com intensidade, e a família, querendo evitar conflitos ou crises, às vezes passa a “andar em ovos”, tentando prever, acalmar ou fazer tudo para que o outro não sofra. Essa acomodação nasce de amor, mas pode acabar reforçando padrões que mantêm o sofrimento de todos. A neurociência ajuda a entender um pouco disso: quando o cérebro vive em alerta emocional, qualquer mudança no ambiente vira sinal de perigo, e a família tenta apagar esses sinais antes que eles cresçam. O problema é que isso impede a construção de autonomia emocional, tanto para quem tem TPB quanto para quem convive de perto.
Talvez faça sentido olhar para alguns pontos com delicadeza. Quais situações fazem você ou sua família mudarem completamente a rotina para evitar reações? Quando alguém desregula, a resposta familiar é tentar resolver por completo ou tentar compreender o que está por trás da dor? Vocês percebem que, às vezes, o medo de conflito impede conversas reais? São perguntas importantes, porque mostram que a acomodação não é culpa de ninguém, mas um movimento compreensível diante de muita intensidade emocional.
O caminho geralmente passa por aprender novas formas de se relacionar, com limites amorosos que não punem, mas também não salvam o tempo todo. Dentro da terapia — especialmente abordagens como TCC, DBT e Terapia dos Esquemas — trabalhamos muito a ideia de validar a dor sem reforçar comportamentos que aumentam o sofrimento. Para quem convive, isso pode significar escutar sem assumir o papel de resolver, apoiar sem abandonar a própria saúde emocional e aprender a responder, em vez de reagir.
Se você ou sua família já estão em acompanhamento, vale muito levar esse tema ao terapeuta responsável, porque cada dinâmica familiar é única e o cuidado precisa ser personalizado. E se ainda não estiverem, esse pode ser um excelente ponto de partida para construir novos caminhos de convivência que aliviem a todos. Caso precise, estou à disposição.
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