Como posso apagar o que sinto por alguém do passado? Há décadas atrás, quando eu era um pré-adole
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Como posso apagar o que sinto por alguém do passado?
Há décadas atrás, quando eu era um pré-adolescente eu queria me declarar para uma pessoa mas acabei não fazendo por medo. A pessoa até ficou sabendo mesmo disso, mas eu nunca cheguei a dizer a essa pessoa como eu me sentia.
Passou-se se décadas e mesmo agora nos vinte poucos anos acho que meu lado emocional não superou essa pessoa de fato. Apesar de eu ter decidido a esquecer e seguir em frente.
Queria entender também como isso é possível.
Eu até cheguei a conclusão comigo mesmo nessas semanas ja tinha chegado a conclusão que isso era amor mas no máximo uma paixão não correspondida. Mas ontem a noite eu sonhei que eu me Casava com essa pessoa. Era eu de joelhos me declarando para essa pessoa. Até lembro do vestido que essa pessoa usava
.
.Todos sonhos já tive com essa pessoa por mais diferentes que fossem sempre terminaram assim. Ou então era só nós dois conversando.
Queria saber o que eu preciso fazer para isso parar ou então entender por que não sigo como qualquer outra paixão não correspondida já lidei e segui em frente facilmente.
Há décadas atrás, quando eu era um pré-adolescente eu queria me declarar para uma pessoa mas acabei não fazendo por medo. A pessoa até ficou sabendo mesmo disso, mas eu nunca cheguei a dizer a essa pessoa como eu me sentia.
Passou-se se décadas e mesmo agora nos vinte poucos anos acho que meu lado emocional não superou essa pessoa de fato. Apesar de eu ter decidido a esquecer e seguir em frente.
Queria entender também como isso é possível.
Eu até cheguei a conclusão comigo mesmo nessas semanas ja tinha chegado a conclusão que isso era amor mas no máximo uma paixão não correspondida. Mas ontem a noite eu sonhei que eu me Casava com essa pessoa. Era eu de joelhos me declarando para essa pessoa. Até lembro do vestido que essa pessoa usava
.
.Todos sonhos já tive com essa pessoa por mais diferentes que fossem sempre terminaram assim. Ou então era só nós dois conversando.
Queria saber o que eu preciso fazer para isso parar ou então entender por que não sigo como qualquer outra paixão não correspondida já lidei e segui em frente facilmente.
Olá. Vamos por partes. Uma coisa seria o sentimento que voce teve ou tem por essa pessoa. Por certo voce não foi correspondido e se fosse talvez hoje estaria com uma ideia diferente do que realmente ela é de fato. Sim porque ao nos apaixonar imaginamos muito do que nós mesmos somos e transferimos isso ao outro(a). No seu caso por nao ter havido uma declaração de amor voce acredita que ela ainda é aquilo que imaginava ser. Isso é uma parte.Vamos a outra, o sonho. O sonho é uma expressão do seu inconsciente. É o que esta la no fundo que quer se manifestar e por diversos motivos não consegue fazer isso conscientemente. Então ele "escapa" nos sonhos. São desejos. Então poderiamos dizer que são desejos seus se manifestando em sonhos. E a moça que voce relata é uma representação deste desejo. Não ela propriamente dito mas uma representação. Pode ser um desejo de carinho, afeto, amor, etc etc. Para saber mais somente numa sessão de análise seria possivel relacionar o seu sonho com o momento que esta passando.
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O que você está sentindo é mais comum do que parece, e não há nada de "errado" em ainda carregar algo tão antigo dentro de si. Às vezes, experiências que nos marcam profundamente — especialmente quando não foram vividas até o fim ou não tiveram um desfecho claro — ficam guardadas em um lugar sensível da nossa mente e do nosso coração. O sonho que você descreveu pode ser uma forma do seu inconsciente tentar lidar com sentimentos não resolvidos. Não se trata apenas da pessoa em si, mas talvez do que ela representava: um momento da vida, um tipo de conexão, ou uma parte de você que não foi expressa na época. Quando você se pergunta por que essa experiência marcou mais do que outras, pode ser que ela toque algo mais profundo. Por isso, iniciar um processo de psicoterapia pode ser muito valioso. É nesse espaço que você pode explorar com calma o que ficou guardado, compreender por que isso ainda ressoa tanto e, aos poucos, abrir espaço para seguir em frente com mais leveza e clareza. Você merece esse cuidado.
Olá, como vai?
Sua demanda é muito válida, devido a esse fator do "por quê" acontece isso. Visto que vem desde a infância e se reconfigura na vida adulta, a demanda do amor sempre vai existir. No seu caso, o que posso te indicar é o processo terapeutico, para explorar suas questões pessoais e compreender o que significa esse sentimento por essa pessoa, e se aprofundando, será que é por essa pessoa ou outra? Seria interessante descobrir.
Caso precise de apoio, fico a disposição.
Sua demanda é muito válida, devido a esse fator do "por quê" acontece isso. Visto que vem desde a infância e se reconfigura na vida adulta, a demanda do amor sempre vai existir. No seu caso, o que posso te indicar é o processo terapeutico, para explorar suas questões pessoais e compreender o que significa esse sentimento por essa pessoa, e se aprofundando, será que é por essa pessoa ou outra? Seria interessante descobrir.
Caso precise de apoio, fico a disposição.
Boa tarde! Com certeza você vivenciou algo bem significativo! Não sei se já fez algum tipo de acompanhamento psicológico, mas a terapia bem direcionada para trabalhar questões que envolvam o amor, relacionamentos afetivos e seu próprio autoconhecimento possam beneficiar todo o seu processo clínico. E também a lidar com todas essas questões pessoais e compreendê-las.
É comum a gente criar uma fantasia do que seja a outra pessoa, a paixão faz com que o apaixonado releve ou não veja, características negativas no amado. Na sua descrição não fica claro se seria uma fantasia que você criou da pessoa, por outro lado, seria interessante investigar o que está por trás desses sonhos, desse interesse por essa pessoa, pois isso pode ter haver com necessidades emocionais. Se essa situação estiver causando sofrimento, vale a pena buscar ajuda de um psicólogo.
Marque um horário para melhor acolher compreensão.
Apesar de não ser possível apagar algo de nossa história, é possível compreender melhor sobre esses afetos que perduram. Cada relação que temos ao longo da vida é singular, sempre que nos relacionamos com alguém somos tocados em lugares únicos e sensíveis de nossa história e subjetividade. Pode ser importante buscar compreender o que teve nesta relação antiga que te afetou deste modo tão intenso e o que isso diz sobre você, sobre seu desejo. A partir disso, será possível vivenciar algo desta história que não se apaga a partir de um outro lugar: com novas perspectivas e possibilidades de ação!
Oi, tudo bem? O que você compartilha toca em uma experiência muito comum e humana, o poder duradouro das emoções não vividas, daquilo que ficou por dizer. Seu relato pode estar relacionado a um desejo que não encontrou caminho para a realidade e, por isso mesmo, ganhou morada no inconsciente e na fantasia. É muito comum que aquilo que não se pôde viver permaneça como uma fantasia, essa fantasia, muitas vezes, passa a ocupar um lugar de idealização. Logo, esse espaço representa não só o que você viveu na adolescência, mas também muitos desejos do que poderia estar vivendo agora no presente. Não é mais apenas aquela pessoa que ficou no passado, mas tudo o que ela representava: o desejo de ser visto, amado, reconhecido, acolhido, e talvez também a primeira experiência de se sentir profundamente tocado por alguém.
Na fantasia, diferente da realidade, temos controle. Podemos imaginar o reencontro perfeito, a declaração que não foi feita, o casamento sonhado, as conversas íntimas e completas. Sonhos, como você descreveu, são uma forma do inconsciente tentar realizar simbolicamente o que não pôde acontecer na realidade. A dificuldade de "esquecer" pode estar relacionada não à força do sentimento em si, mas à resistência de abrir mão do controle que a fantasia oferece. Já na vida real, a declaração poderia ter trazido frustração, rejeição, ou o fim de uma ilusão. A ausência de resolução talvez tenha preservado a imagem idealizada, mas também prendeu uma parte sua nesse tempo emocional não vivido. Você pergunta como fazer isso parar. A resposta pode não estar em “apagar” o sentimento, mas em transformá-lo, entender o que falta hoje, permitir-se viver a tristeza pelo que não aconteceu, e, pouco a pouco, abrir espaço para o novo.
Acolher esses sentimentos fazem parte de um processo, e você já deu passos significativos, como refletir, nomear e buscar entender.
Se precisar, estou à disposição!
Na fantasia, diferente da realidade, temos controle. Podemos imaginar o reencontro perfeito, a declaração que não foi feita, o casamento sonhado, as conversas íntimas e completas. Sonhos, como você descreveu, são uma forma do inconsciente tentar realizar simbolicamente o que não pôde acontecer na realidade. A dificuldade de "esquecer" pode estar relacionada não à força do sentimento em si, mas à resistência de abrir mão do controle que a fantasia oferece. Já na vida real, a declaração poderia ter trazido frustração, rejeição, ou o fim de uma ilusão. A ausência de resolução talvez tenha preservado a imagem idealizada, mas também prendeu uma parte sua nesse tempo emocional não vivido. Você pergunta como fazer isso parar. A resposta pode não estar em “apagar” o sentimento, mas em transformá-lo, entender o que falta hoje, permitir-se viver a tristeza pelo que não aconteceu, e, pouco a pouco, abrir espaço para o novo.
Acolher esses sentimentos fazem parte de um processo, e você já deu passos significativos, como refletir, nomear e buscar entender.
Se precisar, estou à disposição!
Olá, como tem passado?
Quando um sentimento atravessa décadas e insiste em retornar é porque ele carrega um valor simbólico que vai além da pessoa em si. Não se trata apenas de esquecer alguém, mas de compreender o lugar que esse outro ocupou na construção do seu desejo, da sua afetividade, da sua história emocional.
Na escuta psicanalítica, compreendemos que certos amores, mesmo não realizados, se fixam como marcas. Eles se tornam figuras estruturantes daquilo que foi sonhado, idealizado ou silenciado. O amor que não foi vivido pode ganhar, com o tempo, uma força que o amor vivido muitas vezes não sustenta porque nele não há falha, não há desgaste, não há cotidiano. Apenas aquilo que poderia ter sido.
O sonho, ao trazer você de joelhos, se declarando, talvez revele alguns desejos ainda não simbolizados, os quais poderão ser descobertos em uma terapia. E enquanto isso não encontra lugar na vida consciente, o inconsciente insiste em representar.
Buscar um espaço de escuta terapêutica pode te ajudar a elaborar essas cenas internas, a transformar essa história congelada em algo que possa ser compreendido, sentido e finalmente ressignificado. Às vezes, não é sobre esquecer, mas sobre dar novo sentido ao que ficou suspenso no tempo.
Fico à disposição.
Quando um sentimento atravessa décadas e insiste em retornar é porque ele carrega um valor simbólico que vai além da pessoa em si. Não se trata apenas de esquecer alguém, mas de compreender o lugar que esse outro ocupou na construção do seu desejo, da sua afetividade, da sua história emocional.
Na escuta psicanalítica, compreendemos que certos amores, mesmo não realizados, se fixam como marcas. Eles se tornam figuras estruturantes daquilo que foi sonhado, idealizado ou silenciado. O amor que não foi vivido pode ganhar, com o tempo, uma força que o amor vivido muitas vezes não sustenta porque nele não há falha, não há desgaste, não há cotidiano. Apenas aquilo que poderia ter sido.
O sonho, ao trazer você de joelhos, se declarando, talvez revele alguns desejos ainda não simbolizados, os quais poderão ser descobertos em uma terapia. E enquanto isso não encontra lugar na vida consciente, o inconsciente insiste em representar.
Buscar um espaço de escuta terapêutica pode te ajudar a elaborar essas cenas internas, a transformar essa história congelada em algo que possa ser compreendido, sentido e finalmente ressignificado. Às vezes, não é sobre esquecer, mas sobre dar novo sentido ao que ficou suspenso no tempo.
Fico à disposição.
Para poder se desprender de uma história passada, é preciso olhá-la com cuidado, para que se possa compreender o que ali não consegue abrir mão. Uma análise permite que se debruce sobre esses momentos e aos poucos trabalhe aquilo que está engasgado, permitindo que novas histórias possam acontecer.
Olá,
- Existem várias técnicas para aprendermos a lidar com marcas que são deixadas em nossa história. Amores antigos, situações de trauma, situações de abuso, situações de guerra... Mas cada pessoas é uma singularidade e temos que descobrir o que de fato, os detalhes, que essa pessoa marcou em você. Se puder dar mais detalhes de como estão seus pensamentos e emoções no momento, podemos analisar juntos um caminho de superação como você deseja e que atenda a suas necessidades atuais de acordo com o seu perfil.
Abraços
- Existem várias técnicas para aprendermos a lidar com marcas que são deixadas em nossa história. Amores antigos, situações de trauma, situações de abuso, situações de guerra... Mas cada pessoas é uma singularidade e temos que descobrir o que de fato, os detalhes, que essa pessoa marcou em você. Se puder dar mais detalhes de como estão seus pensamentos e emoções no momento, podemos analisar juntos um caminho de superação como você deseja e que atenda a suas necessidades atuais de acordo com o seu perfil.
Abraços
Quando algo que parecia pequeno na infância ou adolescência permanece com a gente por tantos anos, mesmo em silêncio, é porque carrega um significado que ainda não foi totalmente elaborado. Nem sempre o que nos prende a alguém tem a ver com a pessoa em si, mas com o que ela representou — uma experiência emocional única, um desejo não vivido, um momento congelado no tempo.
Não é estranho que esse sentimento resista, mesmo com outras paixões e com a decisão racional de seguir em frente. A razão entende, mas o emocional precisa ser escutado de outro jeito. E os sonhos, muitas vezes, dizem algo que ainda está tentando se dizer.
Ao invés de tentar apagar o que sente, talvez o caminho seja perguntar: por que isso ainda tem tanta força? O que esse amor silencioso guardou em você, durante tanto tempo?
Às vezes, a gente só se liberta quando compreende — e não quando tenta esquecer.
Não é estranho que esse sentimento resista, mesmo com outras paixões e com a decisão racional de seguir em frente. A razão entende, mas o emocional precisa ser escutado de outro jeito. E os sonhos, muitas vezes, dizem algo que ainda está tentando se dizer.
Ao invés de tentar apagar o que sente, talvez o caminho seja perguntar: por que isso ainda tem tanta força? O que esse amor silencioso guardou em você, durante tanto tempo?
Às vezes, a gente só se liberta quando compreende — e não quando tenta esquecer.
Desculpe pela dureza das palavras, mas talvez uma das questões seja entender que a obsessão pela imagem romantizada de uma pessoa não é paixão e nem amor por uma pessoa real, mas um mero processo mental. Pode estar ou não ligado a patologia. De toda forma, tem relação com emoções intensas, que lhe trouxeram (e ainda trazem) muito sofrimento, por não terem sido bem satisfeitas a seu tempo. Talvez seu sonho sejam uma expressão inconsciente, do tipo "reparador", tentando resolver à noite o que está difícil de solucionar à luz do dia! Acredito que um processo psicoterapêutico possa lhe fazer bem! @psicologopascoalzani
O que você sente por essa pessoa do passado parece estar associado a um desejo que nunca encontrou seu lugar - não por falta de reciprocidade, mas porque ficou suspenso no momento em que foi interrompido pelo medo. Esses sonhos repetidos, onde você finalmente se declara ou se casa com ela, podem ser como ecos de algo que ainda pede para ser vivido, nem que seja simbolicamente. A psicanálise entende que o que não é elaborado retorna, não como falha sua, mas como um convite para olhar o que essa pessoa ainda representa em você. Talvez ela encarne menos um amor perdido e mais um "e se" que nunca se fechou - uma possibilidade que insiste em ser revisitada. Não se trata de apagar, mas de dar palavras a esse desejo parado no tempo, para que ele não precise mais se repetir em sonhos. A análise poderia ser esse espaço onde, ao falar sobre isso, você descobre por que essa paixão, em particular, resiste quando outras foram deixadas para trás.
Como psicóloga de orientação psicanalítica, acolho seu relato com atenção e cuidado. O que você compartilha toca em uma questão bastante sensível: a permanência de uma experiência emocional do passado que insiste em não se dissolver com o tempo. Mesmo que você pense racionalmente nisso como um amor não correspondido, os sentimentos mais calorosos permanecem vivos; eles reaparecem nos sonhos, que são como um bilhete premiado da loteria para o inconsciente tentando comunicar aquilo que, na vida desperta, muitas vezes nos escapa.
Na psicanálise, não tentamos “apagar” sentimentos como se fossem algo que pudesse ser deletado. O que sentimos, especialmente na infância e adolescência, marca profundamente e para sempre a nossa subjetividade. Com frequência, as primeiras experiências amorosas se tornam referências internas para nossos afetos futuros, porque condensam desejos, expectativas, idealizações e também feridas.
Os sonhos que você relatou, de casamento e declarações desse amor antigo, parecem apontar para algo que talvez não tenha sido plenamente simbolizado ou elaborado. Provavelmente não se trata apenas de um traço de saudade ou arrependimento, mas sim de algo que ainda está muito vivo como presença emocional para você. Às vezes, trata-se menos da pessoa em si e mais do que ela representou: um desejo que não pôde ser vivido, uma parte de você que não conseguiu se expressar, um tempo que ficou congelado emocionalmente.
Você menciona já ter vivido outros amores não correspondidos, mas este se destaca e não se resolve como os demais. Isso sugere que ele se inscreveu de forma única em seu tecido psíquico. Por isso, simplesmente tentar esquecer ou “seguir em frente” racionalmente não adianta - o inconsciente não obedece à lógica do tempo cronológico.
E o que pode ajudar? A escuta. Falar sobre isso em análise, dar a essa história o lugar que lhe é devido, nomear os significados que ela tem para você (no passado e no presente). Ao invés de tentar fazer isso “parar”, talvez o caminho seja permitir-se compreender o que exatamente permanece vivo ali e por quê. Assim, talvez algo desse afeto possa se transformar, e o que hoje retorna de forma tão insistente possa, com o tempo e o trabalho psíquico, ocupar outro lugar em você.
Estou à disposição para te ajudar a encontrar um espaço de apoio apropriado para que isso possa acontecer. Seu sofrimento merece ser acolhido com respeito e sem pressa, algo que só o tempo e o processo analítico podem verdadeiramente proporcionar.
Na psicanálise, não tentamos “apagar” sentimentos como se fossem algo que pudesse ser deletado. O que sentimos, especialmente na infância e adolescência, marca profundamente e para sempre a nossa subjetividade. Com frequência, as primeiras experiências amorosas se tornam referências internas para nossos afetos futuros, porque condensam desejos, expectativas, idealizações e também feridas.
Os sonhos que você relatou, de casamento e declarações desse amor antigo, parecem apontar para algo que talvez não tenha sido plenamente simbolizado ou elaborado. Provavelmente não se trata apenas de um traço de saudade ou arrependimento, mas sim de algo que ainda está muito vivo como presença emocional para você. Às vezes, trata-se menos da pessoa em si e mais do que ela representou: um desejo que não pôde ser vivido, uma parte de você que não conseguiu se expressar, um tempo que ficou congelado emocionalmente.
Você menciona já ter vivido outros amores não correspondidos, mas este se destaca e não se resolve como os demais. Isso sugere que ele se inscreveu de forma única em seu tecido psíquico. Por isso, simplesmente tentar esquecer ou “seguir em frente” racionalmente não adianta - o inconsciente não obedece à lógica do tempo cronológico.
E o que pode ajudar? A escuta. Falar sobre isso em análise, dar a essa história o lugar que lhe é devido, nomear os significados que ela tem para você (no passado e no presente). Ao invés de tentar fazer isso “parar”, talvez o caminho seja permitir-se compreender o que exatamente permanece vivo ali e por quê. Assim, talvez algo desse afeto possa se transformar, e o que hoje retorna de forma tão insistente possa, com o tempo e o trabalho psíquico, ocupar outro lugar em você.
Estou à disposição para te ajudar a encontrar um espaço de apoio apropriado para que isso possa acontecer. Seu sofrimento merece ser acolhido com respeito e sem pressa, algo que só o tempo e o processo analítico podem verdadeiramente proporcionar.
Olá, recomendo que busque ajuda terapêutica para elaborar esse sentimento que insiste em permanecer , mesmo com a chegada de outros amores. Um ponto também importante a ser refletido é como você lida com despedidas, se também tem dificuldade de se despedir de outras coisas. Como pode vê , há vários fatores que se cruzam e podem está relacionados. Deste modo , o melhor espaço para elaborar essa e outras dúvidas é o espaço terapêutico.
Uma solução que propõe a terapia cognitivo comportamental é a ressignificação de essas experiências recorrentes-obsessivas. Consulta um terapeuta cognitivo comportamental.
Já se questionou o porquê de ter que apagar isso, ou essa pessoa?
Já tentou entender o porquê não conseguiu se declarar?
Talvez o não ter superado essa pessoa fale mais sobre você do que sobre essa história. Existem coisas que só passamos a entender quando nos permitimos conhecer quem nós somos de verdade.
Já tentou entender o porquê não conseguiu se declarar?
Talvez o não ter superado essa pessoa fale mais sobre você do que sobre essa história. Existem coisas que só passamos a entender quando nos permitimos conhecer quem nós somos de verdade.
Tudo que fazemos e sentimos pela primeira vez pode nos marcar de forma mais intensa. Talvez possa ser sim só um amor não correspondido (mas pelo que escreveu não sabe se não era correspondido, pois nunca expressou seus sentimentos), mas pode ser que nunca mais sentiu algo tão intenso por outra pessoa. As vezes é mais difícil lidar com algo que não aconteceu e talvez poderia, do que receber uma negativa. Se é algo que ainda hoje gera esse impacto todo em você, talvez seja importante tentar lidar com isso, independente dos resultados, tirar esse "pendente" de dentro de você pode te ajudar a compreender se de fato é amor ou não, se é algo da adolescência ou não.
Olá aqui é Higor Oliveira psicólogo clinico, é necessário realizar terapia para compreender e entender melhor essa situaçao, pois envolve sentimentos, emoções, tomada de decisão, então na terapia será ótima para a resolução dessas questões, meu Instagram @psi.higoroliveira, tem meu contato na bio, me chama lá que posso te ajudar. um forte abraço!
Na terapia sistêmica, entendemos que certos vínculos do passado não se mantêm apenas por quem a pessoa foi, mas pelo significado emocional e simbólico que ela representou para você naquele momento da vida. Essa pessoa pode ter se tornado, ao longo dos anos, uma 'âncora emocional' ligada a desejos não vividos, à sua identidade em formação ou até a uma parte de você que não teve espaço para se expressar. O fato de esse vínculo ainda aparecer em sonhos mostra que talvez o ciclo afetivo não tenha se encerrado dentro de você — não por falta de vontade, mas por falta de elaboração emocional. Trabalhar esse conteúdo em terapia pode ajudar a integrar essa experiência como parte da sua história, sem que ela continue ocupando tanto espaço no presente."
Olá, tudo bem?
O que você trouxe tem uma delicadeza que poucas pessoas conseguem colocar em palavras com tanta clareza. Parece que esse sentimento atravessou o tempo, não como algo que está constantemente presente no seu dia a dia, mas como uma espécie de lugar emocional não resolvido, que ficou congelado em alguma parte sua — como se algo ali tivesse começado e nunca tivesse tido a chance de se encerrar de verdade.
Do ponto de vista emocional e neurocientífico, experiências intensas vividas na adolescência, especialmente aquelas associadas à expectativa, frustração e desejo, tendem a ser armazenadas em áreas do cérebro ligadas à memória afetiva com uma força muito significativa. Isso acontece porque, durante a pré-adolescência e adolescência, regiões como o hipocampo e a amígdala estão altamente ativas e sensíveis a experiências emocionais — e quando essas experiências não são vividas até o fim, ou ficam sem uma "conclusão emocional", elas não se apagam... apenas se silenciam por um tempo. É como se o cérebro dissesse: “Ainda não terminei de entender isso”.
Mais do que apagar o que sente, talvez a questão mais profunda seja: o que exatamente esse sentimento ainda representa para você hoje? Será que é só sobre a pessoa… ou também sobre o adolescente que você foi e que ainda carrega essa versão de si mesmo que não teve espaço para ser ouvido, expor sua verdade ou ser rejeitado com dignidade?
E se esses sonhos forem menos sobre a pessoa em si… e mais sobre a tentativa do seu inconsciente de criar um final possível para uma história que nunca teve começo? Já pensou que talvez esse casamento no sonho não seja exatamente com a pessoa… mas com a parte sua que ainda espera ser reconhecida, valorizada ou libertada daquela antiga expectativa?
Você não está “preso” à pessoa — mas talvez esteja preso a uma versão sua que parou ali no tempo, no silêncio de um amor não vivido. E resgatar esse pedaço seu pode ser mais importante do que tentar apagar o sentimento. Isso, aliás, é algo que pode ser cuidadosamente trabalhado em um espaço terapêutico, onde você possa olhar para tudo isso sem pressa, mas com profundidade.
Porque às vezes, o que a gente mais precisa não é esquecer… mas integrar. Caso precise, estou à disposição.
O que você trouxe tem uma delicadeza que poucas pessoas conseguem colocar em palavras com tanta clareza. Parece que esse sentimento atravessou o tempo, não como algo que está constantemente presente no seu dia a dia, mas como uma espécie de lugar emocional não resolvido, que ficou congelado em alguma parte sua — como se algo ali tivesse começado e nunca tivesse tido a chance de se encerrar de verdade.
Do ponto de vista emocional e neurocientífico, experiências intensas vividas na adolescência, especialmente aquelas associadas à expectativa, frustração e desejo, tendem a ser armazenadas em áreas do cérebro ligadas à memória afetiva com uma força muito significativa. Isso acontece porque, durante a pré-adolescência e adolescência, regiões como o hipocampo e a amígdala estão altamente ativas e sensíveis a experiências emocionais — e quando essas experiências não são vividas até o fim, ou ficam sem uma "conclusão emocional", elas não se apagam... apenas se silenciam por um tempo. É como se o cérebro dissesse: “Ainda não terminei de entender isso”.
Mais do que apagar o que sente, talvez a questão mais profunda seja: o que exatamente esse sentimento ainda representa para você hoje? Será que é só sobre a pessoa… ou também sobre o adolescente que você foi e que ainda carrega essa versão de si mesmo que não teve espaço para ser ouvido, expor sua verdade ou ser rejeitado com dignidade?
E se esses sonhos forem menos sobre a pessoa em si… e mais sobre a tentativa do seu inconsciente de criar um final possível para uma história que nunca teve começo? Já pensou que talvez esse casamento no sonho não seja exatamente com a pessoa… mas com a parte sua que ainda espera ser reconhecida, valorizada ou libertada daquela antiga expectativa?
Você não está “preso” à pessoa — mas talvez esteja preso a uma versão sua que parou ali no tempo, no silêncio de um amor não vivido. E resgatar esse pedaço seu pode ser mais importante do que tentar apagar o sentimento. Isso, aliás, é algo que pode ser cuidadosamente trabalhado em um espaço terapêutico, onde você possa olhar para tudo isso sem pressa, mas com profundidade.
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