. Como trabalhar o hiperfoco de forma construtiva no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
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. Como trabalhar o hiperfoco de forma construtiva no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Oi, tudo bem? Que ótima pergunta. O hiperfoco é um fenômeno fascinante — e, dentro do espectro autista, pode ser tanto um ponto de força quanto um desafio, dependendo de como é vivido e manejado. Ele surge quando o cérebro encontra algo que aciona uma sensação intensa de interesse e previsibilidade, o que gera uma espécie de “zona de segurança emocional e cognitiva”. Nesses momentos, as áreas ligadas à atenção e à recompensa se alinham, produzindo uma concentração quase hipnótica.
O ponto central está em transformar esse foco intenso em algo que sirva à pessoa, e não o contrário. Isso envolve aprender a reconhecer quando o hiperfoco está sendo produtivo e quando começa a limitar outras experiências importantes. É interessante se perguntar: o que essa atividade me proporciona emocionalmente? O que estou evitando sentir ou lidar quando mergulho tão fundo nisso? E, quando saio desse estado, como meu corpo e minha mente reagem? Essas reflexões ajudam a mapear o papel que o hiperfoco tem na regulação emocional, e esse é o primeiro passo para trabalhar com ele, não contra ele.
Na prática clínica, a ideia não é “diminuir” o hiperfoco, mas criar pontes. Por exemplo, é possível usá-lo para desenvolver habilidades, planejar rotinas com pausas conscientes e, aos poucos, incluir pequenas variações que ampliem o repertório sem quebrar a sensação de segurança. Essa transição precisa de cuidado, porque o cérebro autista tende a reagir com desconforto diante de mudanças bruscas. O trabalho terapêutico busca exatamente esse equilíbrio: preservar o que faz bem, enquanto se cria espaço para o novo.
Vale lembrar que esse processo costuma ser mais efetivo com o acompanhamento de um psicólogo que compreenda as nuances do TEA e, quando necessário, em parceria com outros profissionais — como neuropsicólogos ou terapeutas ocupacionais — para ajustar estratégias que respeitem o funcionamento singular de cada pessoa. Caso precise, estou à disposição.
O ponto central está em transformar esse foco intenso em algo que sirva à pessoa, e não o contrário. Isso envolve aprender a reconhecer quando o hiperfoco está sendo produtivo e quando começa a limitar outras experiências importantes. É interessante se perguntar: o que essa atividade me proporciona emocionalmente? O que estou evitando sentir ou lidar quando mergulho tão fundo nisso? E, quando saio desse estado, como meu corpo e minha mente reagem? Essas reflexões ajudam a mapear o papel que o hiperfoco tem na regulação emocional, e esse é o primeiro passo para trabalhar com ele, não contra ele.
Na prática clínica, a ideia não é “diminuir” o hiperfoco, mas criar pontes. Por exemplo, é possível usá-lo para desenvolver habilidades, planejar rotinas com pausas conscientes e, aos poucos, incluir pequenas variações que ampliem o repertório sem quebrar a sensação de segurança. Essa transição precisa de cuidado, porque o cérebro autista tende a reagir com desconforto diante de mudanças bruscas. O trabalho terapêutico busca exatamente esse equilíbrio: preservar o que faz bem, enquanto se cria espaço para o novo.
Vale lembrar que esse processo costuma ser mais efetivo com o acompanhamento de um psicólogo que compreenda as nuances do TEA e, quando necessário, em parceria com outros profissionais — como neuropsicólogos ou terapeutas ocupacionais — para ajustar estratégias que respeitem o funcionamento singular de cada pessoa. Caso precise, estou à disposição.
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Trabalhar o hiperfoco de forma construtiva no Transtorno do Espectro Autista envolve reconhecer o interesse intenso como um recurso motivador e não apenas um obstáculo. Isso pode ser feito integrando o foco em atividades educativas, criativas ou sociais, permitindo que a pessoa explore e aprofunde seus conhecimentos enquanto pratica habilidades de interação e autorregulação. Estabelecer limites claros, usar cronogramas visuais e reforço positivo ajuda a organizar o tempo e equilibrar o interesse com outras demandas do dia a dia. Dessa forma, o hiperfoco passa a apoiar o aprendizado, a socialização e a autonomia, transformando-se em uma ferramenta para o desenvolvimento pessoal e social.
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